Coleção pessoal de usuario101109

81 - 100 do total de 1704 pensamentos na coleção de usuario101109

entre uma estrela
e um vagalume
o sol se põe.

Amigo grilo
Sua vida foi curta.
Minha noite vai ser longa.

Neve ou não neve
onde há amigos
a vida é leve

janela que se abre
o gato não sabe
se vai ou voa

Vê se me esquece
Já que você não aparece,
venho por meio desta
devolver teu faroeste,
o teu papel de seda,
a tua meia bege,
tome também teu book,
leve teu ultraleve
carteira de saúde,
tua receita de quibe,
de quiabo, de quibebe,
do diabo que te carregue,
te carregue, te carregue
teu truque sujo, teu hálito,
teu flerte, tua prancha de surf,
tua idéia sem verve,
que nada disso me serve
Já que você não merece,
devolva minhas preces,
meu canto, meu amor,
meu tempo, por favor,
e minha alegria que,
naquele dia,
só te emprestei por uns dias
e é tudo que lhe pertence

PS: Já que você foi embora por que não desaparece?"

Já estou daquele jeito
que não tem mais conserto
ou levo voce para cama
ou desperto.

Atenção: Essa vida contém cenas explícitas de tédio. Nos intervalos da emoção.

Socorro, alguém me dê um coração, que esse já não bate nem apanha.

Eu sinto que você é a pessoa mais parecida comigo que eu conheço, só que do lado do avesso.

Que viagem
assim que você chega
a abóbora vira carruagem

quem ri quando goza
é poesia
até quando é prosa

voltando com amigos
o mesmo caminho
é mais curto

o menino me ensina
como um velho sábio
o quanto sou menina

A gaveta da alegria
já está cheia
de ficar vazia

Não ando na rua.
Ando no mundo da lua,
falando às estrelas.

Pintou estrelas no muro
e teve o céu
ao alcance das mãos.

tão longa a jornada!
e a gente cai, de repente,
no abismo do nada

arco-íris no céu.
está sorrindo o menino
que há pouco chorou

PROFISSÃO DE FEBRE

quando chove,
eu chovo,
faz sol,
eu faço,
de noite,
anoiteço,
tem deus,
eu rezo,
não tem,
esqueço,
chove de novo,
de novo, chovo,
assobio no vento,
daqui me vejo,
lá vou eu,
gesto no movimento

pelos caminhos que ando
um dia vai ser
só não sei quando

Pergunte ao pó
Cresce a vida
Cresce o tempo
Cresce tudo
E vira sempre
Esse momento
Cresce o ponto
Bem no meio
Do amor seu centro
Assim como
O que a gente sente
E não diz
Cresce dentro
Razão de Ser
Escrevo.
E pronto.
Escrevo porque preciso,
Preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Retrato de lado
retrato de frente
de mim me faça
ficar diferente
Segundo consta
O mundo acabando,
Podem ficar tranquilos.
Acaba voltando
Tudo aquilo.
Reconstruam tudo
Segundo a planta dos meus versos.
Vento, eu disse como.
Nuvem, eu disse quando.
Sol, casa, rua,
Reinos, ruínas, anos,
Disse como éramos.
Amor, eu disse como.
E como era mesmo?
Sem Budismo
Poema que é bom
acaba zero a zero.
Acaba com.
Não como eu quero.
Começa sem.
Com, digamos, certo verso,

veneno de letra,
bolero, Ou menos.
Tira daqui, bota dali,
um lugar, não caminho.
Prossegue de si.
Seguro morreu de velho,
e sozinho.