Coleção pessoal de Umamineira

ando ⁠completamente perdida em mim.
assim ninguém mais se perde no vazio dos meus olhos.

⁠acho que você notou. na maior parte do tempo eu nem estava ali. e eu sei que cê procurou bem lá no fundo dos meus olhos.

⁠nada apagava
tudo ardia
dentro dela.
ela era tudo,
era uma,
era nós
quando era ela?

⁠bebi sim
bebo das noites,
destilo a escuridão
em palavras que ardem

De que me adianta ter o mundo ao alcance dos dedos quando você vive fora de alcance?

⁠acumular
novos começos
esquecer
os pontos finais

⁠Novos horizontes se abrem mas nossos passos hesitam.

⁠Certamente
Somos pontes
Atravessando
Interligando
Sempre ali
Conectando
Queria saber
Quem preserva
O que sustenta

Queria saber
Quem sustenta
O que não vai

⁠Na solidão
encontrar
sem sinal
desconexão forte
desce dúbia
doce e amarga

vazios inteiros
navegam em ondas
por bits e bytes
ser mulher
ser inteira
mesmo só
seu poder
não precisa
de rede
conexão
é o que se faz
dentro do peito

há quem grita
mas eu sussurro
meu valor
é eterno
e seguimos
desconectadas
conectadas
encontrando-nos

⁠dia qualquer
Fecha as cortinas
Pra tapar os erros
Não tão tímidos
dia de sol
Cerra a cortina
Pra impedir que o sol
Desbote o que ficou