Coleção pessoal de twoanyr

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O vento leva e traz. Coisas boas e coisas más. Leva o que foi dito e faz esquecer. Leva os problemas e te faz viver… Leva os pensamentos ruins e traz as coisas novas. O vento também traz as lembranças, todos os tipos existentes dela; aquela que nos faz sorrir ou aquela que nos faz chorar de saudade. Aquelas que você estava desejando encontrar ou aquelas que um dia você fez questão de esquecer… O vento; leve vento; doce vento… Alguns dizem que é forte e que seu gosto é amargo, mas isso vai de opinião. Aliás, vento não tem gosto, simplesmente realçam o gosto da saudade que sinto de ti.

E aos poucos o tempo foi me escutando. Aos poucos ele foi satisfazendo os meus pedidos de todas as noites, acho que como eu, ele também cansou das minhas lágrimas noturnas. Não que elas não escorressem de dia, mas a noite era diferente. À noite o silencio sempre fazia questão de ser o protagonista; a noite meus pensamentos sempre estavam vazios… E às vezes, do nada escorria uma pequena lágrima do meu olho. O esquerdo. Era sempre ele o Judas da história. Era sempre ele que encorajava os restantes das lágrimas a saírem. Dizem que quando isso acontece, as gotículas representam o estado do seu coração: pura calamidade; abandono; tristeza; e tudo de vil por aí. Então o tempo resolveu me dar uma mão amiga… Resolveu passar mais rápido, fazendo-me esquecer as coisas. Obrigando-me a mudar e acompanha-lo. Eu mudei. Fui obrigada. Mudei tudo o que podia e deveria ser mudado; mudei meus sentimentos, pensamentos e meu coração. Até mudei o meu nome, e é ele que reflete o preço que paguei por ter mudado assim. Meu nome agora é vazio, pois foi isso o que eu me tornei.

Serie tolice achar que te causo alguma reação. Seja alegria, dor, tristeza ou qualquer outra coisa. Pois eu sei que não. Sei que minha presença ou minha ausência são coisas insignificantes para ti. Você diz que não, diz que se importa e que se preocupas comigo, mas não é a verdade. Seria tolice acreditar… Então abraço a minha tristeza em não te ter e me escondo em qualquer buraco vazio ou em qualquer sombra sozinha e opaca e vou saindo de mansinho pelos cantos, mas você não percebe. Vou me afastando para que doa menos, mas acaba doendo mais. A verdade é que a distancia não influencia no modo como eu me importo com você… E mesmo doendo, mesmo tocando nas minhas feridas, eu continuo te amando. Continuo por perto, mesmo que pareça longe. Continuo pedindo para que um dia você me note, mas me note de verdade… Pedindo para que um dia você sinta a minha falta e me peça para ficar. Pois por ti eu fico.

Tenho que admitir que já doeu mais. Muito mais. Até que hoje dói menos, mas continua doendo. Já não sei que escolha fazer. Não sei se volto a provar do amor ou se continuo nessa dor que o desamor tem me causado. É muito vazio, muito nada, muito choro seco… Cansei. […] Esses dias olhei para minhas lágrimas secas no chão, olhei para os textos que nunca tive coragem de lhe enviar e senti falta. Senti falta de quando escrevia chorando, de quando te sentia em mim mesmo longe, mesmo não me amando, mesmo não me querendo… Eu te sentia. Era real. Era forte. Era… Sinto falta do que era. Do foi um dia. Do que passou… Do que não sinto mais. Sinto falta de sentir. Sentir qualquer coisa que possa me fazer sorrir ou chorar, que possa me fazer feliz ou até mesmo triste. Eu sei, é estranho, é desvario, mas é o que eu preciso. Amar. Sem esperar ser amada. Só amar. Sentir… Mas sentir no fundo. No âmago!

Pode vir sem avisar. Eu não ligo. Na verdade eu adoraria te encontrar na minha porta qualquer dia desses… Mas não me bagunça ta? Só cuida de mim.

A falta de sono me fez querer falar de você, mas falar para o papel. Porque além dele, eu não falaria para mais ninguém. Não é por falta de perguntas. Porque definitivamente sempre me perguntam de ti. É por falta de coragem mesmo. Ela sempre vai embora quando o assunto é você. Faz questão de sumir. E por quê? Porque falar de ti é complicado, longo e doloroso. Porque só de ouvir seu nome meu coração já dói. É como um chute ou um beliscão… Na verdade é como um aviso de que não devemos prosseguir. Devemos parar ali, seu nome já é tortura demais, porque ele nunca vem sozinho. Vem ele e um pacotinho grátis de lembranças. Com direito a bônus de vez em quando; hora ouvir sua voz, hora sentir seu cheiro...

O céu esta chorando hoje meu amor. E como tudo, ele me fez lembrar de você, me fez chorar junto com ele… Suas lágrimas são frias, elas encharcam a areia da praia, enchem as ruas e realçam a falta que você me faz. Fazem-me lembrar de quando erámos ‘nós’, de quando dizíamos que nunca iriamos nos separar, se lembra? Eu nunca esqueço. Diz pra mim o que aconteceu com todo o nosso amor, diz pra mim o porque de estarmos tão longe um do outro. Diz pra mim meu amor, por que quando te vejo do outro lado da rua tenho que me segurar? Tenho que prender meu choro? Por que não pular em você? Abraçar você, amar você… Por quê?

Com o tempo aprendi a sorrir para a tristeza, aprendi a engana-la, aprendi a enganar a todos. Menos a mim. O que é uma pena, pois às vezes um sorriso dói muito mais do que uma lágrima. Mas o que fazer quando as lágrimas se cansam de escorrer? O que fazer quando vida te faz seca e fria? O que fazer quando todos a sua volta se afastam de você? Responde-me vida, o que fazer com você? Para onde vamos, o que faremos? Que caminhos iremos seguir? Por favor, escolha o mais curto, o menos tortuoso, pois cansei de andar e tropeçar. Cansei de buscar por algo que vive se escondendo de mim. Vida, o que fizeste comigo? Mude o curso dos seus ventos, pois eles estão me trazendo pessoas erradas e levando as certas. Estão me levando para o lugar errado. Estão me matando aos poucos. Vida, me presenteastes com um sorriso falso e um coração duro, mas esqueceu do manual de instruções. Agora me perdi dentro de mim mesma. Agora não sei mais quem sou.

E o que dói é saber que nunca irá me olhar como te olho, que nunca irá sentir por mim o que sinto por ti, que nunca irá me amar como te amo… Dói ter que cair a cada palavra sua, dói ter que carregar o peso delas. Porque sim, elas pesam e muito, mesmo estando vazias. Pesam pois estão cheias de mentiras acumuladas. Aquelas mentiras que você diz em forma de ‘eu te amo’, em forma de ‘sinto sua falta’. São só palavras, não é mesmo? Palavras ocas, sem fundo, sem verdades… Que quando jogadas ao vento procuram um coração bobo para se refugiarem, então elas encontram a mim. Eu e a minha estupida mania de acreditar em tudo que falam e até o que não falam e então eu acredito em você… Estupida mania de acreditar em você.

Esta doendo, mas o que eu posso fazer se nem essa dor me fez parar de desejar você!

Eu estou precisando de você hoje. Na verdade eu preciso de você todos os dias, horas, minutos e segundos. Mas hoje eu preciso mais. Hoje eu estou carente, estou chorando aparentemente sem motivo. Hoje eu descobri que minha respiração chama o seu nome e que minhas lágrimas refletem o seu rosto meu amor… Hoje eu descobri que preciso de você. Preciso de você perto de mim, não longe, nem distante, mas perto em todos os sentidos. Descobri que sem você sou uma alma perdida no mundo dos vivos, uma alma dilacerada, aprisionada pela sua triste rotina. Uma rotina sem você, sem sua voz e seu sorriso. Por favor, solte-me hoje, livre-me dessa prisão que vivo ou se prenda junta a mim.

Hoje chorei de saudade. Chorei quando te vi passeando pela rua desta vez sem mim… Desta vez seguravas a mão de outra que nem fiz questão de ver quem era… Chorei quando senti teu cheiro. Aquele de sempre, que ficava na minha blusa, no meu travesseiro, na minha mente… Aquele que nunca esqueci, nem quando eu quis esquecer. Já tentei encontrar ele em outros, mas esse cheiro só a ti pertence, não é mesmo? Já o procurei em tantos lugares, em cada esquina, em cada bar, em qualquer boate que eu frequentava por aí, mas não o encontrei. Pelo contrário, percebi que ele esta a milhas distantes de mim. Percebi que a cada dia que passa o cheiro vai se perdendo no ar, mas só cheiro, pois o meu amor por ti não se perde, pelo contrário eu o encontro todos os dias. O encontro em cada sorriso e cada choro. O encontro no cinema ou em uma mesa de bar. O encontro nos livros, nos versos, nas flores ou nas nuvens. O encontro no sereno da noite, quanto ele molha o vidro dos carros e eu rabisco a minha inicial e a sua na esperança de que volte para mim.

Cuida-te, meu bem. Onde estiveres te cuida. Porque me dói saber que estas a risco, que estas a mira da dor. Sei que não posso estar aí, do seu lado, cuidando de ti, mas estou aqui. Estou cuidando de ti de longe mesmo, mas estou aqui, a te observar. Saibas que a cada passo que dares eu estou a tua frente. Estou a teu comando, mesmo sem saberes. Estou retirando cada pedra que te impeça de prosseguir… Estou ouvindo seus sussurros aleatórios e impedindo que aquela pequena lágrima intrusa se dilate no chão. Tenho tentado impedir que elas saiam dos seus olhos também. Esta sendo difícil. Tens me dado muito trabalho, viu? Mas acho que nunca gostei tanto de trabalhar. Sei que não recebo nada no final do dia, sei que a minha recompensa é ver-te bem… Então, fique bem, meu amor. Guarda teu coração e sorria, pois seu sorriso move o mundo. Move meu mundo…

Ele bate na porta.
Ela atende.
Ele: Eu sei que fiz muito errado em vir até aqui, mas só me escuta. Pode fechar a porta na minha cara depois, me bater ou me xingar. Mas gora só peço que me escute, pois ando falando sozinho todos os dias, ando falando com a parede e imaginando você, porque tudo que sinto aqui dentro não aguenta mais ficar preso. Esta doendo tanto que me pergunto se dói em você também. Talvez não — sei que não. Enfim… Minha dor, ela que me trouxe aqui, se é isso que você esta querendo saber. Trouxe-me para dizer-te que ainda me lembro de tudo que passamos, de todas as risadas, de todas as brigas, de todas as vezes que você roubava a minha camisa ou dormia com meu casaco, se lembra? Lembro-me de que seu cheiro insistia em grudar nele. A vontade que tinha era de não lava-lo nunca mais. Eu sinto falta, sabia? Sinto muito falta. Desde que se foi… Eu sei que não disse nada, sei que nem se quer te impedi de ires embora… Sei que fui burro e tolo, pois devia ter te puxado pelo braço e ter dito que não queria o nosso fim. […] Hoje vivemos tão separados, que quando passas por mim sou obrigado a fingir que não a vejo. Tenho vergonha de que me rejeites. Mas agora eu estou aqui, fiz questão de jogar fora toda a minha vergonha e por mais que eu esteja tremendo, é de medo. Medo de que não me entenda. Enfim meu amor, sei que enrolei, mas só quero te dizer que ainda te amo. Que por mais que tenhamos vivido um ‘eu’ e ‘você’ separados, eu ainda penso em um ‘nós’. Ainda penso em sermos um ‘nós’ de novo. E se ainda esta me escutando quero pedir-te uma coisa: Volta pra mim? Sei que isto é totalmente louco, mas minha pequena, quando penso em você perco toda minha sanidade. Volta pra mim?
Ela o beija. Respondendo da forma mais simples que o quer de volta.

E todas as noites, debaixo do seu cobertor, ela pegava seu celular e ia direto até a caixa de entrada… Seu remédio, talvez. Ou só mais um dos seus venenos. Mas ali, com os olhos inchados de tanto chorar, ela lia algumas de suas mensagens. Envidas por ele. Mensagens da qual ela não tinha coragem de apagar, por nada, por ninguém, nem por ela. Porque só a mesma sabia o quanto elas a faziam bem. — e mal. “É claro que não!” — Ela insistia em se enganar, mesmo com uma imensidão de lágrimas rolando sobre seu rosto. Mas no fundo, no fundo sabia o quão árduo era recordar aquelas lembranças, mas sempre que o dia acabava e a noite vinha, ela fazia questão de re-acorda-las. Fazia questão de chorar mais um pouquinho. — só mais um quarto do que havia chorado o dia inteiro. Ela sentia falta de tudo e um pouco mais do que havia vivido com ele. Sorria que nem uma boba ao ler as mensagens, mas logo depois chorava feito uma boba também. Acho que a realidade estava voltando a pesar… […] “És muito nova para viver de lembranças.” E era isso que a afligia, não o fato de ser ‘muito nova’, mas sim o de ter quer viver de lembranças ao invés de criar mais algumas para mais tarde… Ela queria momentos! Mas os únicos que vivia eram tristes e dolorosos e bem… Não são momentos para se guardar, não é mesmo? Nem para se viver, oras. Mas nada a impedia de imergir-se em seus pensamentos sós. Ou então de afogar-se em suas próprias lágrimas… Ou se perder em seu cobertor, que parecia tão grande para a mesma. — ali encolhida em seus próprios braços.

Porque entrastes na vida como se entras em um parque de diversão. Entrou só para brincar comigo e com meus sentimentos. Divertiu-se e saiu. Fez meu coração de tapete. Deixou-me desolada, perdida e sem animo. Deixou-me uma ferida que de segundo em segundo me causa uma tremenda dor. Tão forte, tão má, tão fatal… Passei a ser só uma alma perdida no mundo dos vivos. Perdi meu sorriso, perdi meu coração e qualquer vestígio de humanidade.

E o amor entra assim mesmo. Sem bater na porta, sem avisar… Causa transtornos, acaba com a sua sanidade, te invade depressa e te faz senti-lo a força. Na marra. E depois e ele vai embora deixando sua porta aberta para a dor. Que, por sua vez, se aproveita da sua fraqueza e destrói a sua moral… E nesse caso, não relute, não lute e nem tente a mandar embora. Use-a... Faça do seu sofrimento a sua vitória.

Não diga que não sentes mais nada por mim, porque eu sei que ainda sentes. Nem que seja pena, ódio ou só saudade. Ou tudo isso junto. Então te peço meu amor, faça como eu. Esqueça tudo o que passamos e o que dizemos um ao outro. Esqueça seu orgulho… Esqueça tudo. Pois eu estou esquecendo também. Vamos começar de novo. Tentar de novo. Porque dói te ver tão distante de mim. Dói ficar nesse jogo do qual resolvemos jogar. Ficar nesse vai e vem, nesse fala ou não fala. Volte para mim, meu bem. Ou então me guarde em uma caixinha, pois eu cansei de brincar.

Se for me culpar de algo, me culpe por te amar demais. Culpe-me porque não querer sentir o amor e mesmo assim senti-lo com tanta intensidade. Culpe-me por te desejar todos os dias e noites. Culpe-me por me preocupar mais com você, do que comigo… Realmente errei. Mereço prisão perpetua. Como pude? Como pude te amar mais, ao ponto de me amar menos? Como pude fazer do meu remédio o meu veneno e da minha dor a minha anestesia?

E quando as pessoas falam do amor, eu involuntariamente vasculho minha mente inteira, vasculho todos os meus registros, procuro por todas as vezes em que sorri e chorei ao mesmo tempo. Então eu acho você… Acho você e aquele seu sorriso estupido que insiste em me conquistar instantaneamente, aquele sorriso que só aparece para anestesiar a minha raiva de você e me fazer querer-te cada vez mais. Cada vez com mais intensidade, com mais amor, com mais raiva, com mais vigor… Com toda as sensações juntas. Com todos os sentimentos sentidos de uma vez só. E sabe…. Me vem uma vontade enorme de falar de você, de tocar no seu nome e dizer todas aquelas suas características que um dia me impressionaram. Que um dia me fizeram amar-te. Mas eu tenho medo de que as pessoas se impressionem também, tenho medo de que elas te amem, assim como eu. Mas quer saber o meu maior medo? É de que alguma delas te conquiste, te fisgue e te roube. De que alguma delas consiga o que eu sempre tentei e continuo tentando. O seu amor, meu bem