Coleção pessoal de triciatanaka
Eu
Sou contente, condizente
Meio pacífico, meio insistente
Coligo. Explico.
E trago glória e satisfação junto à mim
Elejo memórias e então guardo-as
Felicidade trago à tona, de mim ela se apropria
E sorrio
É o doce fruto da minha própria alegria
Mas finjo-me feito de ferro
A prova de fogo
A prova de fago
Logo estou nos meus limites
E saboreio este sublime sufoco
Enquanto sinto o silêncio silibado
Semprexcedente
Poema de Resistência
Suma!
Me esqueça!
Evapore!
Desapareça!
Cansei de te confortar
Mal sabes conciliar
Tua vida, irregular
Por que então tendes a me sufocar?
Preciso de ti me livrar
Minh'alma desinfetar
Não desejo teu querer bem
Na ausência do fazer bem
Cansei de ceder
De você
De colher o consequente somado ao excedente
Tu não venhas ao meu lar
Nem te convides a entrar
Não suporto observar
Por um minuto o teu olhar
Não consegues perceber
Que recebeste um parecer
Em que a reciprocidade recorreu
A um recesso eterno
Cansei de tentar
De tentar me aproximar
De tentar agradar
A tudo o que houvera de gostar
Não vou me repreender
E assim te dizer
Algo que não vais responder:
Nunca mais quero te ver!