Coleção pessoal de toshiakisaito
O pobre não consegue ser um pouco mais rico, porque, os ricos que são poucos, não conseguem se um pouco mais pobre!
NAS ONDAS...
Silencio,
Inundando a madrugada,
Quase se afogando
No calor infernal!
O meu eu no entanto,
Emergiu da solidão
Do tempo, em tempo,
Flutua nas ondas,
Agrestes do mundo,
Moribundo,
Ancorou nos cais,
De um amor seguro,
Tão seguro, juro,
Sem ondas, que você´
É a caravela do tempo
Que me conduz veloz,
Ao xangrilá do amor!
FÉRIAS
Guarda-sóis
Biquinis multi coloridos!
Peles brancas,
Morenas,
Tostadas,
Bronzeadas
Dos corpos
Requebrando
Ao batuque do mar,
Desfilam
Num vai e vem
Os "bum-buns"
A luz do sol,
As garotas de verão!
O governo constrói ponte Rio-Niterói, a Transamazônica, Itaipú, Angra dos Reis, edifícios públicos pomposos, e ao lado de todas estas grandezas, campeia o flagelo do povo brasileiro!
LIBERTANDO...
Seios escondidos,
Atrás das grades
Da vergonha
Da própria nudez!
Seios à mostra,
Ao mar infinito,
Respiram pela primeira vez,
O ar livre,
Da sua própria liberdade!
E os seios descobertos,
De olhos arregalados,
Percebeu que o mundo é belo,
Quando, se banha no oceano do amor!
O MAR
Mar,
Imensidão
De ondas
Que se quebram,
Imagens que somem,
No horizonte infinito.
Medo que invade o ser,
Pelo horror do desconhecido!
OS RIOS
Rios,
Águas correntes,
As margens,
Fazem lições de vida:-
Nascemos tênue
Como um fio,
Eternizamos-nos
Como as pororocas!
Os governantes que mais pregam contenção de verbas, são os que mais gastam com a comunicação social, para camuflar o falso procedimento!
EM TEMPO...
Ouço chuva
Na vidraça molhando,
Ouço vento,
Molhado,
Se batendo,
Ouço chuva
Nas calhas morrendo,
Ouço vento
Silenciando o tempo,
Ouço chuva,
Clareando o tempo,
E agora,
Ouço o vento
E a chuva invisível
Afogando o meu ser,
Na tempestade do amor!
Se as almas dos mortos em guerras sangrentas ou nos campos de concentração, dos assaltos, sequestros, estupros, atropelamentos, vinganças, pudessem comparecer sempre num tribunal de justiça do mundo, para depor contra os carrascos, bandidos, criminosos, espalhados no mundo, que ainda andam impunes da justiça, creio, todos seriam condenados!
TROVOADAS...
Acordei de madrugada,
Sentindo em mim,
Noites de trovoadas...
Horas passando,
Trovoadas estourando
Na tempestade do meu ser!
Esperei que as chuvas caíssem,
Me lavassem, que as correntezas
Me levassem, que os ventos passassem...
De repente
Um raio fulminante
Desabou sobre o meu ser!
Estático - mudo,
Perplexo - surdo,
Atônito - cego,
Consegui desafogar-me
Das chuvas de lágrimas!
Um raio de amor,
Havia fulminado o meu ser!
Como é fácil pedir desculpas, quando nesta atitude não existe esforço e sinceridade para não repetir os mesmos erros!