Coleção pessoal de Tirnaill
Segundo o teísmo, se um universo tem alguma probabilidade de existir, essa probabilidade depende das crenças, desejos e atos criativos de Deus. Mas a probabilidade de Hartle-Hawking não é dependente de qualquer consideração sobrenatural; Hartle e Hawking não somam nada de sobrenatural em sua derivação integral do caminho da amplitude de probabilidade.
A tese de que o universo tem uma causa divina originária é logicamente inconsistente com todas as definições existentes de causalidade e com um requisito lógico sobre essas e todas as possíveis definições válidas ou teorias de causalidade.
Então, como os teístas respondem a argumentos como esse? [Argumento do Mal] Eles dizem que há uma razão para o mal, mas é um mistério. Bem, deixe-me dizer-lhe isto: tenho na verdade cem pés de altura, embora pareça ter apenas um metro e oitenta de altura. Você me pede uma prova disso. Eu tenho uma resposta simples: é um mistério. Apenas aceite minha palavra em fé. E essa é apenas a lógica que os teístas usam em suas discussões sobre o mal.
[Este mundo] existe de forma desnecessária, improvável e sem causa. Existe por absolutamente nenhuma razão. É inexplicavelmente e incrivelmente atual. . . O impacto desta realização cativada em mim é esmagadora. Estou completamente atordoado. Eu dou alguns passos confusos no prado escuro e caio entre as flores. Eu fico estupefato, girando sem compreensão neste mundo através de inumeráveis mundos além deste.
“Onde estão os filhos dos deuses que amaram as filhas dos homens? Onde estão as ninfas, as deusas dos ventos e das águas? Onde estão os duendes que costumavam pregar peças nos mortais? Onde estão as fadas que podiam gorar ou abençoar o coração humano? Onde estão os fantasmas que assombravam esse globo? Onde estão as bruxas que voavam pelos lares dos homens? Onde está o diabo que uma vez errou pela terra? Onde estão eles? Se foram juntamente com a ignorância que acreditou neles.”
Nascemos em um mundo já pensado onde toda a nossa vida já está pré-ordenada e estipulada. Não é preciso fazer nada além de viver conforme o que está pronto: 1/3 da vida você dorme, 1/3 da vida você trabalha e 1/3 da vida você se diverte com toda forma de entretenimento que lhe é fornecido, lê algo, assiste um filme, sai com amigos, faz um curso, estuda e etc..
Devemos nos concentrar em nós e não nos outros. Se cada um pensar em mudar a si mesmo, na soma de várias mudanças, no conjunto, isto fará o mundo mudar.
O ser humano que aprende por repetição, que absorve como verdade aquilo que lê e ouve cria o seu mundo muito mais pela forma com que este mundo a ele se apresenta e é apresentado, e assim interpreta, do que como realmente é. Coisas que o homem apenas repete sem ponderar e recebe e repassa como verdade. O mundo que nasce pronto e que precisa ser apenas copiado; pensamentos dos outros e emoções dos outros. O homem vive por aquilo que veio dos outros e por aquilo que lhe deram como verdade.
Quando for dar algo a alguém não pense no que você sentiria se recebesse aquilo, mas no que ela sentiria. O presente é para ela, não para você.
É preciso ser fiel ao que se sente. Se uma pessoa não gostou do presente que recebeu não deve martirizar-se e sentir-se a pior pessoa na face da Terra por isso. Além do que, ninguém é obrigado a usar o presente horrível que ganhou. Isto de que presente dado não se desfaz é mera moral. Se a pessoa não gosta do presente que recebeu é melhor dar a alguém, que goste e use, do que guardar em casa só de enfeite.
A pessoa está feliz com sua religião, com sua filosofia de vida, resolveu o seu problema com Deus e consigo mesma, está bem, mas a outra pessoa não vê isso, só enxerga a sua verdade e acha que esta pessoa precisa urgentemente disto, então ela compra qualquer material de doutrina para esta pessoa, mesmo que esta doutrina seja repudiada pelo que esta pessoa segue ou acredita.
O homem nasce e vive para querer. O querer move o mundo. O homem quer aquilo que sabe que quer e até mesmo aquilo que não sabe se quer.
A pessoa que não se ama, que não ama o seu nome, seu corpo, seu trabalho, sua terra, o que tem, o que é e que não ama a sua vida não conseguirá amar mais ninguém e conhecimento algum adiantará se não souber amar.
Independentemente do que qualquer um faça, toda função é necessária à sociedade e por isso ninguém precisa envergonhar-se do que faz.
Nascendo no fim do mundo, ao invés de aproveitarem esta vida que têm no fim do mundo ficam achando que ainda vivem em outros continentes tidos como mais bacanas. Trancam-se no quarto, fantasiam paisagens e adotam posturas de quem vive em outros países, ao invés de explorarem o local onde nasceram e adquirirem novas experiências.