Coleção pessoal de TiagoScheimann
Nunca fui e nem quero ser a referencia de ninguém, ao contrário, tente levar uma boa vida e seja contra á tudo que passei nessa vida!
Não sei o que houve, hoje acordei mais chato, só queria que todo mundo me deixasse no meu canto, eu e os pensamentos negativos.
As músicas clássicas acalmam, são confortantes, ao mesmo tempo que trazem a melancolia que preciso, parece que elas desabafam por mim.
Meu pensamento com certeza é confuso de entender, eu mesmo muito não entendo. Guardo muitas mágoas, imagino as coisas de uma maneira diferente, que na minha cabeça, faz todo o sentido, apenas na minha.
Assim como corda de piano, me golpeiam os martelos, com dor, me forçam a sonar tons, de sofrimento e assim continua perdurando minha vida. Ao contrário do piano, que cordas e martelos formam linda canções, eu continuo a sofrer a cada martelada que a vida me dá.
Rangidos e assovios, ecoavam pelo caminho, estou olhando para o vazio e vou conversando sozinho. Eu inquieto me alimento pouco, mas caminho a noite inteira, as noites são vazias, me sinto um móvel velho, emudecido em um canto.
Deus sempre foi e será meu descanso, é onde posso me ajoelhar e chorar, sem medo, sem vergonha de demonstrar o que estou sentindo. Como um bom pai, sempre está de braços abertos, sem julgamentos, sem rancores.
Assim como uma árvore, me sinto preso, nesse meu mundo de dores. Vou me retorcendo, criando raízes que me prendem mais e mais de onde só quero sair. Aves se alimentam de minhas folhas, sofro cada vez que tenho uma arrancada, como no inferno de Dante Alighieri, vou aceitar meu destino.
Não quero entrar para a história, não tenho, nunca quis ter esse pensamento. Queria apenas que minha existência fosse, aos poucos, ao longo dos anos e vagarosamente esquecida.
Como um barco à deriva, na imensidão do mar, ou em uma floresta escura e fria, assim me movo, não sei se estou certo, mas continuo cantando os Salmos, com esperança em um amanhã melhor.
As dores crônicas são minhas amigas, nunca me abandonam, seja bem ou mau, me acompanham ao longo dos dias e ao deitar também. Hoje aceito que não tem como nos separarmos, mas até hoje, não me acostumei com a presença delas.
Sempre tive que lutar muito pelos meus objetivos, com a introdução da depressão na minha vida, as lutas que realizei no passado, agora são apenas vagas lembranças que ainda me resta.
Muitos pacientes psiquiátricos relatam em vozes, vultos e não ocorre isso comigo. Faço uma viagem, por um lugar abandonado, com várias estátuas largadas, manchadas com marcas do tempo. A sensação não é ruim, mas tenho um déficit de sensação boa, em meio a neblina, caminhando sem saber para onde ir.