Coleção pessoal de tiagobelinha
Temos formado grandes pregadores. Grandes homens de púlpitos, mas pequenos homens de oração. Muitos tem grande talento com a palavra, mas pouco talento com o joelho no chão. A pregação e a oração caminham lado a lado. A oração é o combustível para o movimento da palavra. Para que o púlpito queime com o fogo de Deus, é necessário primeiro, que o coração do homem queime em oração.
Se é um culto não espere receber. Quando dizemos "vou ao culto receber" quebramos a ideia de cultuar, pois afinal, quem recebe? o homem ou Deus? Cultuar é entregar-se, se derramar, dar seu tudo à quem merece. Quando nossa intenção é de entregar, recebemos.
Libertação para todo o corpo que se chama Igreja! Existem frutos podres e azedos que são produzidos em um corpo convertido em partes. Os nossos lábios precisam de confissão e conversão. Os nossos olhos adulteram e contaminam nossa alma. Nossos pés se apressam para fazer o que é mal. Nossas mãos tocam o que é impuro e se contaminam com sangue inocente. Estes frutos são a evidência de um corpo deficiente que precisa ser curado por completo urgentemente!
Pessoas não pensam porque é mais fácil aderir a uma ideia formada do que sustentar suas próprias ideias.
Sempre foi um grande questionamento da Teologia a ordem de conversão. O que vem primeiro? a regeneração ou a crença? Supralapsarianismo, Infralapsarianismo ou Arminianismo? Pois bem, o que importa de fato é que a Graça sustenta qualquer teoria, e que os questionamentos da Teologia não são maiores do que as verdade de Deus. Não confunda Teologia com verdade. A verdade é o que está em João 3 -16. Creia, independente da circunstância, ele é fiel para te perdoar e te livrar de toda injustiça!
A Luz do Reino gera escândalo porque em tanta escuridão, em um mundo totalmente cego, que não enxerga um palmo em sua frente, a Luz que brilha forte é irreal e não condiz com a nossa realidade. A Luz (Jesus) não é miragem.
Devemos quebrar o pessimismo de olhos luciféricos e enxergar com olhos crísticos. Assim, vamos enxergar futuros pastores nos excluídos e maltrapilhos, futuras esposas nas "Madalenas", futuros "Paulos" em assassinos e corruptos, futuros "Pedros" em homens sem temperamento. Conseguiremos enxergar um real avivamento em meio a morte espiritual e cativeiro religioso que vivemos. Enxergando tudo isso, basta amor para reconstruí-los.
Igreja amante ou Igreja noiva? Qual tipo de Igreja temos sido?
A amante é egoísta e busca seu próprio prazer. Foge dos compromissos, vive em função do ego, viola os princípios do outro em busca da satisfação pessoal. Ela quer te usar, te fazer mais um. Não quer criar expectativas. Não quer amar, tão pouco ser amada.
A noiva vive em busca de uma união inseparável. O prazer dela é o prazer do noivo. Vive em função dele e nada pode tirar sua vontade de tê-lo. Deseja desesperadamente o dia em que o noivo colocará o anel em seu dedo e dirá:
-Enfim, eu sou teu e tu és minha.
Fico enojado com a tendência que temos criado no que diz respeito a vida congregacional. Enquanto houver sentimentos diabólicos como: inveja, guerra denominacional, falta de perdão, mentiras e conspirações contra os próprios irmãos, não experimentaremos um real avivamento. Quanto mais evidências de sentimentos como estes, maior será a falta de avivamento, falta de maturidade e a crescente ignorância em nosso meio.
Em meio a tantos escândalos envolvendo o ministério pastoral, ansiamos pela manifestação de pastores como Amós, que não negou o seu chamado profético dizendo "Não sou profeta por profissão; não ganho a vida profetizando. Sou pastor de ovelhas - Amós 7:14". Precisamos de pastores de ovelhas, chega de pastores de negócios, pastores de finanças, pastores da política, nossa geração precisa de pastores de almas!
Precisamos destruir os bezerros de ouro que a religião moderna construiu em nossos corações. Quando entendemos que a morte de Jesus não foi para garantir uma vida confortável, louvável, bem sucedida nesta terra, mas à verdadeira vida com Ele, conseguimos atingir o nível de entendimento que Paulo teve ao dizer "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. 1 Co 15.19". Miserável somos quando nos apoiamos em nossa espiritualidade para o nosso próprio prazer.
Precisamos sofrer um martírio em nosso orgulho, precisamos permitir a morte do que nos afasta da realidade do Evangelho. Permita o martírio de cada pulso que te leva à distância de um relacionamento com Ele. Seja martirizado por Ele por espontânea vontade, não por leviandade, mas por saber que a morte pode ser a fonte de vida em suas emoções.
Um dos pontos comuns na Igreja é o complexo de incapacidade perante um Deus totalmente santo e perfeito. A tendência é termos uma auto-projeção de que não somos capazes de continuar nossa jornada em um caminho que agrada a Deus, com isso pecamos e tentamos nos justificar em frases como: “Não consigo, não sou capaz, sou sujo demais” . Como Igreja temos que nos projetar como Deus nos projeta, temos que parar de limitar nossas próprias forças e reconhecer nossa imagem e capacidade por meio D’ele. Não estou fazendo apologia à “auto-canonização” ou dizendo que temos que ser ou parecer “Santarroões” demais, não é uma questão de propaganda, temos que ter consciência que somos à Igreja que o Senhor escolheu, e Ele nos capacitou a preço do próprio sangue. Deus não exige nossa perfeição, Ele exige nossa santidade.
Quando estiver diante de um púlpito ou portando a palavra de Deus em qualquer lugar que seja, lembre-se, fale menos, muito menos de você, fale de Cristo, muito mais de Cristo, o personagem principal é Ele e não você!
A vitalidade em Deus é o que consegue suprir toda falha de caráter, todos os traumas em sua personalidade, tudo o que acarreta uma série de atitudes que não tem explicações psicológicas. A vitalidade de Deus abrange todas as áreas, é o que faz a ponte entre o lado ético e científico, é o que cura toda falha temperamental, é o que consegue unir o lado “psique” = alma, e o lado “theos “ = divindade, trazendo assim a revelação da Psicoteologia, o ser como imagem e mente à semelhança de Deus.
Desenvolva sua intimidade com Deus, esqueça dos padrões, regras, pessoas. É sempre bom ter referências de pessoas de Deus, mas existe um momento que é você e Deus. Eu fico completamente frustrado quando vejo um Cristão sem identidade, uma pessoa que é “a cara da outra”, canta como a outra, adora como a outra, tem a mesma falácia que a outra. Crie suas próprias experiências com Ele. Exerça seu direito como filho (a), busque intimidade, busque sua identidade N’ele. Deus não criou “xerox”, Ele te fez deste jeito, e deste jeito vai te usar para transformar a realidade espiritual em que você vive.