Coleção pessoal de thuliojardim
Iço velas de solidão, / Haja vento cortante! / Para me levar prá escuridão / para me empurrar para longe…
Minha tristeza é uma arma de raiva precípite. E o tempo é o que aperta o gatilho, impulsionando a bala que voa, no vento, enquanto pipite.
Amor, minha lindinha, algumas vezes eu acho que você esqueceu seu encéfalo no útero da sua mãe. Outras vezes, tenho certeza.
Dizem que sou radical e mal. Digo sou realista. Só falo alto para ser escutado, ponto final. Não pretendo ser legal nem prezado, meu caro amigo.
Eu prefiro ser absenteísta a ser sedentário. Eu prefiro ser estigmatizado de modo errôneo, a ser estimado pelo ecômio. Eu prefiro ser antagônico a hierarquia a ser efeito sinergístico da tirania. Eu prefiro ser um jovem rebelde a um adulto submisso.
Eu toco as notas mais sombrias. É como se eu cortasse o ar para contar minha agonia. Quando minha voz desvanece.
Vivia sempre pelas beiradas, existia sempre pela metade. Até o dia em que conheceu uma beldade, até o dia em que se apaixonara.
Tenho saudades do que eu já fui. Falta-me, jussivamente, eu. Daí, doeu. Injustamente massivamente. Passei passivamente. Sem mim.
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago… Ressentimentos, não trago. Inimizades não maltrato, reciclo. E sigo outra estrada.
Um sabor de um beijo passa. Um amor acaba. Uma raiva mata! Uma decepção enlouquece. Uma paixão que nunca floreje, esquece! Não vale nada.
Com um sorriso, se tornou inesquecível, exclusão do meu tédio soporífero, verdadeiro delírio de amor.
Eu te olho sim profundamente, eu sou sim indecifrável, e o seu enigma mais ardente e o seu pensamento diário.