Coleção pessoal de Thibor
E assim sigo criando nuvens...
Te trago em brasa
Desviando das névoas que surgem.
Transbordo em lágrimas
Esperando cair suas gotas pesadas
Deixando que nos inundem
Me leve em sua brisa levada
De leve a quebrada
Suaviza sua alma
Deus nos ajude! Thibor
Mãezinha
Me lembro sempre do seu sorriso
Ao ensinar as coisas simples da vida
Orientando sempre a seguir o caminho certo.
Infelizmente pra contrariar quem vc amava
Segui o caminho inverso.
Entre linhas e escritas,
As lembranças surgem nos meus versos.
Ao som de Paulo Sérgio, vc sempre me disse.
"QUERO VER VOCÊ FELIZ !!!"
Sim!!!
Você sempre fez de tudo pra que isso fosse possível.
Apesar das desventuras e desgostos que a vida nos ofereceu.
Seguiu sempre com a cabeça erguida
Em companhia de sua fé
E sua esperança inabalável.
Recordações de nossas danças ouvindo "RadioGaga" e "Crazy Little Thing Called Love" do QUEEN.
(Minha mãe amava o Freedie Mercury)
Mesmo sem saber a letra, cantávamos limpando a casa se divertindo, todos domingos antes do pai chegar.
Quando ele chegava, ia assistir o futebol e dormir no sofá.
A Rô sempre trazia alguma novidade e historias divertidas, as vezes trazia um álbum de música pra gente ouvir ou comprinhas que ela fazia.
(Eu e você adoravamos quando ela trazia Donut's rsrsrs).
Geralmente no final da tarde íamos pro quarto rir e se divertir assistindo Silvio Santos.
E ficar esperando os números da Tele Sena
Na esperança de ganharmos um casa e mudar o rumo da nossa história.
Foi a melhor fase das nossas vidas .
Te amo tanto minha mãe. !!!
Vou seguir sempre seus os ensinamentos para uma vida próspera e ser feliz.
Se pudesse voltar ao passado
Sabendo o que seria do futuro
Teria te incentivado a ser mais livre
Tenho certeza que seu sorriso lindo seria marca estampada sobre as tristezas
Vc que sempre sonhou em viagens e festas
Conhecer Paris, viajar de avião, morar em uma casa maravilhosa em algum paraiso desse mundão.
Me lembro do seu chaveiro com a torre Eifel que a senhora vislumbrava em pura emoção.
Que pena, minha mãe...
Essa vida foi muito injusta com você.
Você tinha tantos sonhos ainda para viver.
Me arrependo de ter vencido alguns conflitos
Que me levaram a me perder nas luxurias do mundo
Perdi feio a batalha
E você sempre venceu a guerra por mim.
Carrego sempre uma medalha de honra em meu peito.
O orgulho de ser filho de
Maria de Fátima Lima Pinheiro.
A Paraibana mais linda que eu já vi
Aquela que me apaixonei ao abrir meus olhos a primeira vez
Quem me chamou de filho e me ensinou tudo o que sei.
Ela, que lutou bravamente como uma guerreira pra que não faltasse o pão na mesa ao amanhecer.
Que desafiava os brutamontes no metrô lotado, quando me carregava recém nascido em seu colo pra disputar uma vaga de assento adequado.
E foi assim até o fim da minha infância.
Ela sempre acertando meu despertador, e preparando meu café, pra eu não perder a hora da escola e não ficar com fome durante o dia.
A pessoa que escondia moedinhas na minha mochila pra eu sempre ter um trocado.
Ela que mesmo não sabendo o conteúdo da matéria, estudava pra me ajudar a tirar notas boas.
Quem me incentivava nos meus sonhos mesmo sendo contra alguns deles.
Que me presenteava aleatoriamente sem datas especiais.
Porque para ela, o importante era ser feliz.
Lembro que vivia dizendo:
"Não me apareça com criança em casa, que nem quero ver nem pintada de ouro!!!"
Mas tratou todos os netos como seu legítimo tesouro.
Sinto tanta falta das broncas sem sentido que você me dava.
As vezes brigava comigo, só pq tinha imaginado que eu poderia fazer algo errado.
E ficava brava demais quando eu não me alimentava.
Ah minha mãe!!!
Quanto orgulho tenho de você.
Só você, sabe o quão duro foi suas batalhas.
E o tanto que lutou para vencer.
Obrigado, por todo amor que compartilhou.
Saudades véinha... beijos do seu filho, com muito amor.
Thibor
*Copo de veneno*
La em cima do piano
Havia um copo de veneno
Quem bebeu, não morreu
Sentiu o doce na boca...
... se corrompeu
E o culpado?!!
O culpado...
Claro!!!
Fui eu!
Pois ninguém ... ninguem
rouba pão na casa do João ..
A não ser que o Zé
Tenha aberto o portão
Por isso
Não confie em palavras bonitas
Pois
Muitos tem açúcar na boca
E veneno no coração
Abre as portas da casa
Mas te tranca no porão
Não, não, não
Não!! é não !!
Na terra do "quem pode manda"
Quem não pode "abaixa a orelha"
O "não" se tornou ilusão .
Nessa de faça o bem, sem olhar a quem
O mal me quer... bem mal, meu bem.
Vigiando seus passos
Todas as câmeras estão em você.
Se não te valorizam
Vai encher bolsa de valores, pra quem?
Para os que se contaminam
Com cartelas de intrigas
Ou os que se afogam
nas garrafas da fofoca
A diferença entre remédio e veneno
é apenas a dosagem
Uma gota de amor
Duas de ódio
E três só de ruindade ...
Thibor
Muito prazer me apresento...
Thiago Lima Pinheiro!
Poeta, escritor, músico, grafiteiro,
Trabalhor, pai de família
Carrego peso o dia inteiro
Nasci com o dom , tenho talento
Mas só me chamam de maconheiro...
Enrolo a seda e boto fogo
Em todo o seu preconceito
Na sua visão, vilão dos sonhos
Caminho em seus pesadelos.
Trafico rima em poesias
Acusado ou suspeito???
De libertar a minha Alma
Aprisionada sem contexto
Pra quem esperou minha queda
Se contente com um tropeço
Na ponta da minha lingua
Afiado é os argumentos
No doce dos seus labios
Senti o gosto do veneno
Se não me mata... me engorda!!!
Deu pra notar meu sobre-peso?!
Sobre o peso das palavras
Se minhas letras são pesadas
Eu vou juntando varias frases
Pra pesar uma tonelada
Quero ver quem que aguenta
Pelo menos uma estrofe
E se for com um verso só
É cla-ssi-fi-cado monóstico
Que seja dístico, terceto, quadra ou quintilha...
Quem tem versos isométricos
Versa na mesma medida
E sangra as linhas ....Da minhas rimas,
Essas feridas ....não cicatrizam
Que seja internas ou emparelhadas
As vezes oposta ...Muito alternadas
Chora o poeta... Sonoridade
No seu olhar.... musicalidade
Quando escreve ... embala o ritmo
Pra decifrar o meu algoritmo
Olhar perplexo de ser ambiguo
Que seja dito e sempre escrito
O seu soneto tá narrativo
Recite a trova se põe a prova
Nos rodapés estão escondidos
Meus pensamentos dissertativos
Nosso haicai é mais que literário
Momento épico que seja lírico
Antes que o nada fosse poético
O nosso tudo será profético
E assim apresento meu universo
Multisilabico e sempre eclético .
Thibor
(Thiago Lima Pinheiro)