Coleção pessoal de thiago_biscarde_nunes
Desencontros
A vida e suas esquinas!!!
Na rua do amor te procurei e não achei
Você, errante como o vento, levou de mim o seu semblante.
E, de repente meu coração ficou perdido
No sinal vermelho, foi deixado por ti meus carinhos
Talvez um dia, na próxima esquina, eu me ache com meu amor.
Transmitir em frias letras o que sente um coração eruptivo, é impossível.
Queria usá-lo como a pena, que embebido na tinta, traz à tona o que está vivo no pensamento.
Deixou me desenhar os seus contos dado à mim.
As estórias de amor que me enfeitiçou, eram frivolidades
Neste vai e vem de pensamentos, voei para lugares longe de meu coração.
Transitei em labirintos.
Negativo
Revirando meus arquivos, achei uma fotografia de seu silêncio.
Foi difícil olhar os momentos, rever cada frame desperdiçado por seu não amor.
O coração como câmera, perdeu o foco e em um clic, na velocidade luz você foi embora.
Não há marcas neste negativo, todas as poses foram queimadas.
Não houve abertura o suficiente de sua parte para que eu pudesse te melhor enquadrar, e assim, eu não pude clicar a mais bela fotografia.
Uma boa fotografia precisa de um tempo de exposição, mas você, com seu coração inquieto, não deixou.
A tristeza do beija-flor
Voando vai o pequeno beija-flor
Beijos, beija-flor que vai em busca de beijar a sua flor
Mas, onde está a sua flor que não o beija mais?
Em um galho sentou se; procurando estava sua flor, a flor que o fascina, o seu amor é a sua flor.
Onde estava as pétalas que o acariciava em seus voos? Triste bater de asas!!!
O céu se fecha, e cada gota de chuva, era uma lágrima do beija-flor… beija flor beija flor, onde está o seu amor?
Da rosa, sobrou lhe os espinhos.
Onde está o doce lábio da flor que o beijava?
Ah minha flor, diante de ti, eu parei para te beijar, em goles de amor que me enfeitiçou.
Saudades tenho, Ó minha flor, vivia de sua flor
Dos beijos doces
todo o amanhecer, com minhas asas secava o orvalho da noite
A luz do sol que refletia em ti, era o meu farol, que em meio ao jardim florido, era meu guia até você.
As noites, ansiava o raiar do sol, para ver a flor mais linda, infinita e bela flor.
Deixe me te tocar, para que lhe mostre meu amor Ó minha flor.
Ah! Minha saudosa flor, volte para seu beija-flor.
O que há de tão louco em cada um?
Vivem à margem do precipício
Uma "assepsia" humana incrível
O que os olhos estão enxergando?
Será mesmo que veem algo?
Estão com a síndrome de riley day
A dor, ou as dores, ou mesmo a sensibilidade foi se
E com isso, regridem na ordem natural da vida, pois o sentir dor, é o que nos leva a evoluir como humanos.
O pensar, foi deixado para trás, e hoje vivem apáticos, Insensíveis a qualquer tipo de relação.
Sentimentos ardilosos, são opulentos
Mentes que são desertos, e são aspergidos com a mais pura ilusão.
Buscam a si próprio, quando não obstante, tentam criar em outros, a si mesmo.
O que sobra para quem vive?
Quando se é profundo, não há quem entenda, pois são menos que rasos.
Um dia houve alguém nesta estrada, que apenas queria um afago, uma brisa, algo que ele pudesse receber. Não houve um, apenas uma pessoa que entendesse.
Neste deserto de pessoas secas, minhas lágrimas não caiu ao chão, pois a secura a volta é tanta, que mesmo se alguém visse esta lágrima, jamais compreenderia, ou mesmo veria não o tamanho dela, nem como ela se gerou.
Uma lágrima não é apenas uma lágrima
Houve todo um caminho silencioso, que, em meio a tanto barulho, não se acha um ouvido para ouvir.
São surdos dos olhos e cegos dos ouvidos.
Brindam com absinto, falando que é mel.
O que há de tão louco em cada um?
Reencontros
Deixe me abrir a porta de seu sorriso
Passear no caminho do seu amor
Venha, sente aqui, nesta sombra que é o meu amor
Venha se esconder em meus braços
Num abraço apertado, corações palpitantes, felizes por se encontrarem
Mãos se apertam, entrelaçam os dedos
Na certeza de que os sentimentos não fujam
Arrepia a alma, pois a sua parte perdida foi achada.
A solidão atormenta a alma dos que buscam a liberdade
A liberdade aprisiona a alma dos que buscam a solidão
Numa dualidade de sentimentos, vê se perdido em meio a tantos caminhos.
O que busca a liberdade na solidão, acaba por não ser compreendido por aquele que está preso na liberdade.
O amor é zombeteiro
Às vezes vestido de pierrot
Outras vezes rotundo
O coração em busca dos carnavais,
Acabou em blocos
Numa manhã, tão bela afinal
Manhã de carnaval!!!!
Tire sua armadura
Deixe transparecer sua alma
Prq te esconde de mim?
Cheguei pelos seus gritos
Trouxe a cura de muitos males
Mas, o maior dos males é você.
Seus olhos dão a direção
Seus lábios dizem os pormenores
E seu coração é o cemitério.
Quem se guiou por seus olhos, hoje jaz num vale, onde muitos estão.
Como esquecer o tempo?
Como podemos esquecer algo que está sempre nos regendo?
O tempo, ele acalma, liberta; mas, também aprisiona e enlouquece!
O relógio é o carrasco
Com seus ponteiros, ele nos açoita, nos mostrando como somos apenas um segundo em meio a eternidade do tempo.
O tempo é o nosso mestre!
O tempo é uma estrada onde o peso causticante de nossas escolhas, tiram minutos cruciais.
Do tempo nasce o siamês.
Vida e morte juntos, cada qual lutando para obter Vitória.
O tempo traz a vida, mas ao olhar, a morte está ao lado, lembrando da força esmagadora do tempo. Somos breves.
O mesmo tempo que te ensina, ele te açoita.
A musa que nenhum sábio se atreveu a descrever
Olhar penetrante como à mais aguda espada
Lábios de cor rubi
como a de um vinho puro, que, ao primeiro toque, torno me ébrio
De seu interior, flui o mistério de sua rara beleza
Como um mar bravio que arrebata os incautos marujos, atrevo me diariamente neste mar, diante do mapa, faço medições, pois sei que existe uma ilha onde está escondido o seu maior tesouro.
O ermitão
Neste oceano de nome amor, eu estava a remo
Com o passar dos dias, troquei por um pequeno barco a vela
E, o ar que soprava do seu amor, acabou!
Vi me perdido, em meio a este oceano
Tentei guiar me pelas estrelas
Mas seu sorriso estava envolto a nuvens
Tentei usar a bússola, mas findou se a sinergia
Tentei alimentar me nas águas que, antes eram boas, mas agora está inóspita a vida
Senti o frio dos dias e noites escuras
Pois o calor de seu amor já não existe mais
E, onde as águas eram calmas, hoje tornou-se em tempestades
E assim, foi se mais uma vida
Lutou em mar revolto
Alimentou se do que restava de amor
Sedento estava pelos beijos molhados
Mas, secou se a boca
Pois, onde era doce, tornou-se em amargor
E assim, mais um marujo foi tragado pelo mar do amor.
Tantos sorrisos vazios
Tantos abraços distante
Quantos olhos que ja não veem mais
Ouvidos que há muito não ouve os sussurros mais altos.
Bocas e línguas que não trazem mais palavras de cura, obstante disso, são agudas lâminas, que fatiam a carne da alma.
Se servem dos gritos silenciosos
E numa praça, exaltam se como benfeitores do amor.
A arte da perda
E passou parte da vida ante seus olhos
Ao sabor dos ventos, levou as folhas secas que estava amontoada em seu quintal
E com isso, viu os muitos buracos abertos, que ele próprio achava que estava fechado!!!
E agora, no espaço vazio, onde tinha flores, acabou.
Pois as flores que estavam lá, eram memórias não vividas
Viveu contemplando o nada
Esperando primaveras para que flores viessem a colorir, acabou vivendo de ilusões
Lhe resta tons de cinza, buracos abertos a serem fechados e a esperança de novos tempos.
Dos grandes sonhos é a menina
moça de olhos castanhos, que atrai ao mais desavisado
, que leva à caminhos floridos quem tem a sensibilidade de ver o prisma de cores,
que é exalado pelo rosto de menina mulher
do cabelo dourado
esperança interminável,
do coração enorme que, a sua beleza mais íntima vem dele.
Aquela que não se conquista fácil, mas ao que persiste.
A sua voz me guia, a sua pele encanta, e seu sorriso é a máxima obra divina.
De olhar puro e encantador, és a menina.
Roubaste
De maneira nefanda roubaste meus singelos sorrisos
Foi algoz de meus sentimentos
Como uma ave, levou minha semente, e a lançou em solo árido...
Na esperança de que o que você via como melhor em mim, nascesse em outro solo...
Aahh se soubesses, ou mesmo tivesse provado do fruto doce de meu amor, jamais teria lançado fora a semente que em ti, poderia ter nascido.
A flor nossa de cada dia
Pintada a óleo
Sobre a tela da vida, eis a flor
Com suas pétalas apontando para o céu
Trazê nos o frescor de cada manhã
A tulipa, flor majestosa, com seu esplendoroso corpo
Trazendo os cheiros mais íntimos do seu interior.
Queria eu ser a abelha que pousa graciosa sobre esta flor, para que eu também pudesse me embeber de seu mais doce mel.
Delicadas pétalas
Aparentemente simples,
Naturalmente belas
Singela, a raridade de uma jóia
Intensas e vibrantes
Incomparável beleza, a flor.
Tulipa, mon petite fleur.