Coleção pessoal de THaugustto
Quantos anônimos já passaram na minha vida e fizeram o diferencial.
Quantos 'bom dia' para pessoas desconhecidas eu já dei.
Quantas inimizades criei.
Quantas boas e más impressões nós deixamos? Inúmeras, eu sei.
Ouço isso todos os dias: “deixa o tempo falar, o tempo irá dizer."
Mas, o ruim de se esperar pelo tempo, é que pode não haver mais tempo para aquilo que eu espero.
Eu me sinto livre assim:
longe de todo o mundo, inclusive de mim.
Aqui, na praia, só existe amigos silentes, que não falam mas sentem.
Sou eu, areia, vento, lua, luz artificial e mar.
O barulho das ondas, emitem vozes, querendo se comunicar.
- Sobrenome autonomia, codinome liberdade
Quero viver pelos próximos cem anos assim:
longe de todo o mundo, inclusive de mim.
Eu não preciso de muito, estou feliz assim.
Vivendo o futuro e o presente.
O sim e o não simultaneamente.
Eis um coração em conflito com a mente.
Era a paz que eu pretendia.
Poder gritar e ouvir essa palavra todos os dias.
Na verdade, eu a escuto, mas nunca a vi pelas ruas.
Por onde ela anda, será que se perdeu?
Ou será um conto de fadas, que só existe para quem um dia leu?
- Meu dia a dia e os amigos que nunca tive
Tenho que achar essa vida engraçada.
Eu tenho vários amigos. E os que mais me chamam atenção são os amigos que eu não conheço.
Estou falando dos Anônimos que passam em meu cotidiano e, de alguma forma ou outra, deixam suas marcas.
Quantos anônimos já passaram na minha vida e fizeram o diferencial.
Quantos 'bom dia' para pessoas desconhecidas eu já dei.
Quantas inimizades criei.
Quantas boas e más impressões nós deixamos? Inúmeras, eu sei.
Interessante são aqueles amigos de um dia. Eu, sinceramente, sonho um dia reencontrá-los.
Sempre tem aquela pessoa que você encontrou apenas uma vez e bastou os trinta minutos de conversa para você, um dia, sentir saudades dela.
Se tudo na vida tem um propósito, gostaria que me explicassem o propósito desses “anônimos” que passaram em minha vida e não deixaram, sequer, seus nomes.
E quantas vezes eu também não fui um anônimo...
- Inteligência demais assusta!
Parecia um dia normal.
Eu andava pelas ruas da solidão na companhia de minha única amiga. Minha sombra.
Não sei se era mais uma loucura minha, mas - entre passos vagarosos - trocava ideias com ela.
Perguntava e recebia respostas sobre várias situações.
Foi alugando o ouvido de minha sombra que percebi que inteligência demais assusta.
Mas, como assim? - Ela me perguntou.
Eu não me sentia normal entre as demais pessoas.
Acabei me tornando um amigo sem voz.
Ignorado por tudo que eu dizia.
Aquele dom que eu recebi me desespera.
As coisas que falo simplesmente não são compreendidas.
Eles não me escutam.
Do que adianta ter tudo e não ter nada?
Tive que abrir mão de muitas coisas.
Inclusive de minha vida.
Tive que viver segundo os planos de outra pessoa, que não fosse o ser inteligente.
A normalidade não existia para mim.
A inteligência e o pensar comum não combinam.
Eu era um ser estranho. Indecifrável.
Por muito tempo entendi mais dos outros do que a mim mesmo.
Pelo mesmo tempo, eu não suportei ter a sabedoria dentro de mim e não poder passa-la.
Queria gritar ao mundo um pouco sobre o futuro da humanidade.
Queria falar aos ouvidos surdos que a liberdade pode sim existir.
Eu queria muita coisa, inclusive, ser normal.
Do que adianta ter tudo e não ter nada?
- Vivendo meu sonho
Boa noite! Essas foram minhas últimas palavras antes de dormir.
Chegou a hora do descanso físico - não mental.
É a hora da viagem grátis ao mundo surreal.
O local onde tudo pode ser (quase) perfeito.
Num mundo de uma certeza: mesmo sem saber o personagem que vou vestir, sei que terei um papel destaque.
No mínimo, um figurante de luxo.
Ah, gostei! O sonho de hoje parece ser interessante.
Estou num pátio, sentado ao lado de uma pessoa, diante de uma maravilhosa vista.
Não estamos só. Estamos arrodeados por outras pessoas agitadas, que dançam, pulam, brincam, vivem!
Observamos tudo. Todos!
Alguns rostos conhecidos dentre eles.
A alegria é contagiante.
Talvez eu e você sejamos os únicos que não estamos aproveitando com eles.
E o que eu ainda faço por aqui? E você?
Quero ir, mas não sei pra onde ir.
Nem mesmo sei o que olhar. A quem olhar.
Prefiro ficar.
Encontrei o tal mundo ideal.
A vida devia ser assim.
O tempo passa.
E assim, ainda dentro do meu sonho, apaixonado por mais uma viagem, eu pareço estar consciente de toda a situação.
Ainda na cama, me vem a percepção de que fui mais uma vem muito longe nos meus sonhos.
Esse mundo no qual eu estava, não se passou de mais um lindo sonho que vivi.
Foi trágico acordar.
Quero uma passagem de ida, sem volta, para viajar nos meus sonhos. Por favor!
Em pleno dia das mães.
Era um dia como o hoje. Acordei com um sol forte no rosto. A janela do quarto estava aberta. Um convite pro mundo. Levantei. Fui em direção ao seu quarto. Lá estava você, me esperando. Sorrindo. Pronta para me fazer ouvir as primeiras palavras do dia: ‘’bom dia, meu filho’’. Era o dito repetido todos os dias. Nunca me cansei de ouvir.
Por muitos anos, esse foi o meu maior sustento. E mesmo depois daquele 05 de janeiro de 2013, ele continua sendo. Sinto muito a sua falta. Mas, olho para meu lado e sei que estás aqui perto. Hoje, nesse 13 de maio, estou comemorando meu primeiro Dia das Mães com sua presença de forma diferente.
Hoje, assim que acordei, senti uma voz sussurrar nos meus ouvidos. Ela dizia repetidamente “Bom dia, meu filho”. Me arrepiei. Chorei. E lhe dei mais um abraço. Mãe, você existe em mim!
Ass, o órfão.
Eu também tenho medo de amar. Amar pouco. Amar pela metade. Amar sozinho. Mas, mesmo assim, eu não deixo de amar!