Coleção pessoal de tham
Desrespeitando os fracos, enganando os incautos, ofendendo a vida, explorando os outros, discriminando o índio, o negro, a mulher, não estarei ajudando meus filhos a ser sérios, justos e amorosos da vida e dos outros.
Para a concepção crítica, o analfabetismo nem é uma ‘chaga’, nem uma ‘erva daninha’ a ser erradicada (...), mas uma das expressões concretas de uma realidade social injusta.
O amor é uma intercomunicação íntima de duas consciências que se respeitam. Cada um tem o outro como sujeito de seu amor. Não se trata de apropriar-se do outro.
Não basta saber ler que 'Eva viu a uva'. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.
(...) mas um dia, você pode ter certeza, o desequilíbrio irá atrapalhar essa sua destreza. Interromper suas acrobacias. Seus truques. Manobras. Um dia, esse seu número chegará ao fim, de repente. Espetáculo encerrado, de uma hora para outra, pelas bolas coloridas espalhadas pelo chão. Um dia, enquanto estiver recolhendo uma por uma, entre tantas vaias, você irá se arrepender. Jurar nunca mais fazer malabarismos por tanto tempo com os sentimentos de quem já o aplaudiu.
De alguma forma, alguma coisa sempre acontece antes que a gente chegue no pior ponto. Eu tenho que lembrar sempre disto: o pior nunca acontece.
No palco, na praça, no circo, num banco de jardim, correndo no escuro, pichado no muro... Você vai saber de mim.
Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre.
Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás.
E te imagino em poses e sorrisos, voz grave e cabelos desgrenhados, preso nas minhas fantasias mais loucas e movimentadas.