Coleção pessoal de tham

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A gente tem sede de infinito e de permanência, então, esse ser que assegura a permanência das coisas, é que eu chamo de Deus. É o absoluto.

Aqui é dor, aqui é amor, aqui é amor e dor:
onde um homem projeta seu perfil e pergunta atônito:
em que direção se vai?

Eu quero depois, quando viver de novo, a ressurreição e a vida escamoteando o tempo dividido, eu quero o tempo inteiro.

Quero você na minha frente, extático, (...) e eu para todo o sempre olhando, olhando, olhando...

Preciso mentir um pouco para que o ritmo aconteça e eu própria entenda o discurso.

Eu mesma não entendo minha enormíssima paciência de ficar à toa, só pensando, pensando e sentindo.

Um corpo quer outro corpo, uma alma quer outra alma e seu corpo. Este excesso de realidade me confunde.

Breve é a loucura, longo o arrependimento.

Tanto tempo depois que Ana me deixou, e eu sobrevivi, que o mundo foi-se tornando aos poucos um enorme leque escancarado de mil possibilidades.

Nem é você que eu espero, já te falei. Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar.

Pois há um tempo de rosas, outro de melões, e não comereis morangos senão na época de morangos.

Aos olhos nus, não passava de um chuva repentina, mas aqui dentro soava como uma tempestade.

Ai que te amo e amo tanto que te morro.

Num ouvido, escrito: ENTRADA, noutro ouvido, escrito: SAÍDA.

A vida, esta vida que inapelavelmente, pétala a pétala,
vai desfolhando o tempo, parece, nestes meus dias,
ter parado no bem-me-quer …

Somos todos culpados, se quisermos! Somos todos felizes, se deixarmos!

E lá ficaram, mas não tão entregues como durante a noite. Ela buscava algo e ele buscava algo, ambos furiosos, fazendo caretas; enterrando a cabeça um no peito do outro eles se buscavam e seus abraços e seus corpos arqueados não os faziam esquecer, mas lembrar-se da obrigação de continuar buscando; como os cães raspam desesperadamente o chão, eles raspavam os seus corpos e, desamparados, decepcionados, para alcançar ainda uma última felicidade, eles às vezes passavam à larga língua sobre o roso do outro. Só o cansaço os acalmava e os tornava mutuamente gratos.

Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Se for falar mal de mim me chame, sei coisas terríveis a meu respeito.

"Falo coisas q as vezes não faço, sou boneca, sou paçhaço, ponto de interrogação..."