Estou dum jeito que me afastei muito de tudo e ir até a esquina às vezes é uma aventura.
De repente ele começou a sambar bonito e veio vindo para mim. Me olhava nos olhos quase sorrindo.
Oh Deus, que faço desta felicidade ao meu redor que é eterna, eterna, eterna, e que passará daqui a um instante porque o corpo só nos ensina a ser mortal?
Não há mais porta, mas também não tenho mais vontade de entrar.
O nosso amor é tão bom. O horário é que nunca combina.
"Quem por amor se perdeu
Não chore, não tenha pena
Uma das santas do céu
- É Maria Madalena..."
Um dia, quando eu tiver mais vontade e se você ainda quiser, eu lhe falarei de como me mexo dentro de Deus.
O presente
Amor será dar de presente ao outro a própria solidão? Pois é a coisa mais última que se pode dar de si.
Quanta vaidade, quanto palavreado tolo, quanta culpa idiota.
Não adoro nem venero, mas gosto na medida sadia e humana em que uma pessoa pode gostar de outra. O resto é detalhe.
Pergunta tão rica precisava andar por aí mendigando respostas?
É difícil conversar quando a maioria das conversas é na base do “tente passar o que eu estou passando”.
Para cada bicho de sete cabeças, tem sete sem nenhuma.
Lugar onde todos têm razão, melhor não ter nenhuma.
O importante, o irreversível, o definitivo, o claro nessa história toda é que eu gosto muito de ti.
Com nada, já dá para começar.
Não gosto é quando pingam limão nas
minhas profundezas e fazem com que
eu me contorça toda.
Resistimos, aos trancos, já nem sei se foi escolha ou solavanco.
Quero a vibração do alegre. Quero a isenção de Mozart. Mas quero também a inconsequência. Liberdade? é o meu último refúgio, forcei-me à liberdade e aguento-a não como um dom mas com heroísmo: sou heroicamente livre. E quero o fluxo.