Coleção pessoal de thaisfalleiros
Quando pedimos, de maneira sincera, uma resposta para Deus, ela vem. Mas poucos estão realmente dispostos a ouvir!
Hoje só quero agradecer a Deus pela vida! Ela está perfeita? Não! Mas a felicidade, a esperança e a gratidão habitam o coração.
Prosa Poética: “O caipira João”
Thaís Falleiros 21-06-2013
Era uma vez um caipira, bem caipira sô
Humilde e tímido
Mas como diria minha avó, bem afeiçoado
Era Bicho-do-mato. Neguinho calado
Mas de um coração que não cabia no peito
Peito esse que nunca ficava gelado
Graças ao coração
Até que um dia o menino envergonhado
Viu-se por uma rapariga muito da metida
Apaixonado.
Ah, a paixão e suas armadilhas!
É perigosa e inimiga numero um da razão.
O menino que sempre gostara de flores
Tirou uma, a mais bonita, do jardim,
Colocou-a num vazo de barro
Pequeno e nada vistoso
Estufou os pulmões e foi lá declarar
O amor que já não cabia no coração.
A moça muito da arrogante
Menina da cidade, estudada e viajada
Achou uma indignação.
Moço pobre me dando uma rosa inda em botão?
E num vazo, de barro, sujo e manchado?
Não podia não.
O moço ficou com as maças do rosto vermelhas
Como essas que vem lá das bandas da Argentina
Lugar longe e frio, onde todo mundo fala enrolado.
E a moça achou engraçado.
Desembestou a rir, até chorar. Não parava mais.
Ah, isso não se faz não moça. O Destino há de me vingar.
O moço foi-se embora com o vazo na mão.
Entrou na sua caminhonete velha que era na verdade de seu avô.
E foi embora para o sítio, lá no meio do mato, com as vacas e os cavalos.
Pois lá ninguém ria de suas fuças. Era seu lugar no mundo.
A moça, poxa, não fez por mal não. Apesar da sua estica
Do seu porte de moça rica, bem vestida e de joias na mão
Ela também havia de ter um coração.
E não é que no meio da noite a danada da inconsciência
Vinha lhe trazer em sonho, o moço caipira, bonitão?
E no dia, cada rosto parecia que era o tal João.
O tempo passou e essa doença não passou não
Nem na moça, nem no João
E a doença era nada mais nada menos, que paixão!
A moça muito da atirada, percebeu logo a sensação
Não perdeu tempo e foi no mato atrás de seu amado
Pedir-lhe desculpas e lhe dar uma explicação.
Mas no meio do caminho, quase chegando no portão
A moça que vinha em seu carro importado
Teve um piripaque e adivinha quem apareceu?
O Jão!
Estava sujo de terra, com cheiro de esterco de porco
Mas não teve tempo de pensar nessas besteiras
Pegou-a no colo com muito cuidado
Levou-a para a sala que estava desarrumada
E lhe fez respiração
Boca-a boca é claro, e a família toda viu
E todo mundo ficou calado.
A moça acordou já no meio da respiração
Que nessas alturas já era na verdade
Só o boca-a-boca. E a paixão virou amor
E o amor virou um casal
A Maria e o João Junior, o Juninho
Que ficou caipira igual ao pai
E ela ficou dondoca igual à mãe.
Mas não faz mal
Tudo terminou como tinha que ser
A moça rica com o homem pobre
Que lhe tratou como rainha do sertão.
Graças ao destino, que vingou o moço
E lhe emprestou a sua mão.
Deixa-me ser leve
E que a vida me leve
Como um vento suave
Como pássaro que voa
Na leveza de uma vida
Vivida de suave maneira
Deixa-me ser leve
Que o vento agora leve
Tudo o que aqui pesa
Deixa-me voar
Alma leve, coração leve
Sentimentos leves
E que a leveza venha
E preencha o meu ser!
A vida às vezes é tão pesada...
Deixa-me ser leve!
Que a leveza nos invada e se faça presente
Que possamos rir e levar a vida levemente
Que os pensamentos pesados sejam ausentes
Que a respiração seja tranquila, o coração calmo
Que saibamos que tudo se desfaz com o tempo
Os bons e também os maus acontecimentos...
Só não podemos deixar se desfazer
O que trazemos de bom por dentro!
Ando sem rumo
Perdi minhas plumas
Minhas asas cortadas
Meu caminho escuro
Minhas mãos atadas
Ando perdido no nada
Vem e me socorre?
Dá-me um abraço forte
Tira a tristeza que corrói
Traz o amor que constrói
Faz mais leve a jornada.
Ah! Doce Primavera!
Vem e floresce em meu ser
Leva tudo o que aqui pesa
E faz a esperança renascer!
Colore com suas lindas cores
Os velhos e já gastos amores
Traz às vidas mais sabores
Faz mais feliz o amanhecer!
Ah! Doce Primavera!
Tempo de renovação da alma
Antes tão pesada de rancores
Agora novamente se acalma!
Vem, Primavera! E Fecha as feridas
Planta árvores de Alegria no lugar!
Vem, ó bela! Faz esquecer as partidas
E junta os corações num só amar!
A essência é tão bonita
Que até parece o significado da vida!
A essência não é a aparência,
É simplicidade, é transcendência!
É a beleza que os olhos não conseguem ver!
É a paz que é transmitida ao ser
Através do sorriso, da palavra bem dita,
Da oração! A Essência é coração!
É alma, é sentimento. Não pensamento
Não concepções e rótulos
A essência é a verdade, a pureza
A delicadeza da natureza
É o Amor!
O que realmente é em vão
É passar toda uma vida
Atrás de uma parede escondida
Invisível e rígida
E não se deixar banhar
pela chuva da emoção.
Saber quem tu és te levará a um caminho duro, mas compensador! Os alienados de si mesmo são fadados à felicidade ilusória e irreal...
{Se tem uma coisa que me orgulho é a sinceridade que eu tenho comigo... As pessoas geralmente não se conhecem.. Eu me conheço inteiramente e a cada dia descubro mais de mim mesma....}
Quero para mim uma Arte poética... Arte do bem, do belo, do prazer, da alegria, da reflexão! Arte do Coração!