Coleção pessoal de teretavares22

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⁠Homenagem a Drummond
No meio do caminho tinha... meio caminho andado.
Depois de todo um caminho andado, ainda há caminho.

⁠Só os olhos da alma compreendem da suprema beleza que miram.

⁠Saudade

Morte ou metamorfose?
Que sabemos sobre esta outra forma de sonho?

⁠Descrer

quero algo que me arrebate dos veios da lucidez
quero algo que me resgate da nascente dos meus olhos
quero algo que me indenize o deslize juvenil
quero perder-me até que eu possa falar diferente
o meu sorrir moribundo.

A grande dúvida humana será sempre nada saber do começo tampouco do fim: ambos coexistem.

⁠O que pretender onde não há nada exceto o desmorrer puro e límpido
de algo cujo fim é findar - como todo homem - um dia?

⁠Ainda que te pareçam incisivas as coisas à tua volta e a tua visão se turve escuta o que te sopra a colheita do chá, acalma o desassossego no sono morno como se noite.

Meiguice. Os teus olhos me dizem que estás perdida
naqueles olhos que ainda não viste, que ainda não te vestem
com olhares de te haverem visto.


⁠Repousa. Um estrangeiro acordará tua alegria minuciosa
nas lógicas inusitadas da equidade.

⁠Torna-te célebre, nunca pelo que dás, sempre pelo que doas.

⁠Eu creio que as árvores têm sentimentos. Sempre tive essa impressão, talvez porque vivo tão próxima das árvores, sinto-as como extensões de alma, de natureza mesma, embora diversa.Elas me sentem, me compreendem, me energizam e me curam

⁠A ficção nada mais é do que um naufrágio salvador.

⁠Escrevo, antes de tudo, por amor, mas também como uma necessidade incansável de ressignificar os pensamentos, a realidade, a vida, o meu estar no mundo.

⁠Existem motivos suficientemente maiores que o fracasso para quem anseia prosseguir.

⁠Sempre há um resquício de vazio: ora mais, ora menos.
Prefiro acreditar nos intervalos.

⁠Não sou a luz que se esvai, mas a que pousa para que respires.

⁠Minhas escolhas nascem do que descubro, do que me fecunda.

⁠Há tanto entre nascer e partir. Tu sabes, sentes quando te falam pela segurança da memória e te ignoram no sentido da visão e do sentir, tu sabes desse equilíbrio sóbrio que ronda o teu ventre.

⁠A vida é dedicar-se a algo, a alguém, a nada, mas é um dedicar-se incondicional.

⁠Hoje avistei os meus pássaros longínquos e ouvi deles a alforria adocicada dos frutos, então, eu soube do silêncio maduro que me tragava, e a ti, presença de suspensão à fala dos olhos.