Coleção pessoal de Tayrinefidelis

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As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.

Tão bom morrer de amor! E continuar vivendo...

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Não quero adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.

Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.

Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo.

O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade.

Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho.

A arte do reencontro conforta a alma.

"O amor só acontece quando alguém te encontra...
te encanta… te reencontra… te reencanta e recomeça
tudo como se fosse a primeira vez...!

Vou procurar um amor bom para mim - no qual me reconheço e me reencontro, me refaço e me amplio, me exploro, me descubro - se minha imagem interior me levar a isso. O amor mais que tudo nos revela: manifesta nossas tendências, o que preferimos e escolhemos para nós.

Li outro dia que amar é igual brincar de Amarelinha. Entre o Céu e o Inferno existem apenas alguns passos.

Ela passaria a noite a rezar, a olhar para o céu escuro, a velar por alguém.

...Minha alma me parecia tão vasta e pura quanto a cúpula do céu que me envolvia.

O céu não ajuda a quem não quer se mexer.

Morre jovem quem é estimado pelo céu.

Chamamos céu
àquele azul, depois
do primeiro beijo

Quem faz grandes coisas, e delas não se envaidece, esse realiza o céu em si mesmo.

Estávamos ali com o céu em nós. As mãos, unindo os nervos, faziam das duas criaturas uma só, mas uma só criatura seráfica. Os olhos continuaram a dizer coisas infinitas, as palavras de boca é que nem tentavam sair, tornavam ao coração caladas como vinham...

Satélite

Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira.

Muito cosmograficamente
Satélite.

Desmetaforizada,
Desmitificada,

Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e enamorados,
Mas tão somente
Satélite.

Ah! Lua deste fim de tarde,
Desmissionária de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!

Fatigado de mais-valia,
gosto de ti, assim:
Coisa em si,
-Satélite.