Coleção pessoal de tainacrz
Eu sentia, sabe? Aquele aperto no coração e as borboletas no estômago de quem sabe que está se apaixonando outra vez.
Não tenho medo de errar ou até ser vaiada, pois eu já errei e fui vaiada. Eu tenho medo é de não tentar novamente.
Todas as coisas dessa vida acontecem por uma razão. Consequência ou destino? Quem sabe! O importante é que acontecem e nos ensinam grandes lições das quais carregaremos para o resto de nossas vidas. É clichê, eu sei, mas é sempre bom relembrar que 2015 teve muito o que ensinar e que em 2016 iremos colocar nossos aprendizados em prática. Fazer um ano incrível, não por ser um ano diferente, mas por sermos pessoas diferentes, não por ser um começo de novo ano, mas por ser um recomeço em nossas vidas.
Dizem que felicidade é difícil de se encontrar. Engraçado, olho pra natureza e sinto-me infinitamente feliz.
Confesso que não sei o que está acontecendo comigo, mas sinto a sua falta. Falta de conversar e rir, sorrir e trocar aqueles olhares que pareciam durar horas e, ao mesmo tempo, segundos.
É difícil sabe?
Tudo dói. Tudo. Cada célula do meu corpo dói. Cada fio de cabelo. Cada gota de sangue. Tudo parece se desmanchar como se eu fosse feita de plástico e estivesse exposta ao fogo. Eu não sei explicar. Não é por sentir demais, não é por gostar demais ou triste demais. Não é por isso. É por não sentir. Simplesmente. O mundo poderia acabar e eu não sentiria nada. É uma grande mistura de tanto faz, tanto fez. Não me importo. Cansei de me importar ou só achei que me importava.
Ela tinha a pele com a maciez de uma pétala. As defesas dos espinhos. A beleza do conjunto e a delicadeza de toda flor.
Ela sempre gostou de ser sozinha. Comer sozinha, passear sozinha, viver sozinha. Mas tudo mudou. Passear sozinha já não lhe parecia tão interessante.
Acordo assustada! Tive um pesadelo horrível. Toda uma multidão ria de mim por um comentário infeliz que uma tia fez. Abraço o travesseiro e fecho os olhos. Fico na posição fetal por alguns minutos. Sinto uma coisa horrível dentro de mim. Abro os olhos. Preciso fazer alguma coisa. Delicadamente levanto-me, pego o celular e fico olhando as redes sociais em busca de alívio e distração. Vejo uma foto sua. Ontem, dormi com intenção de sonhar com você. Hoje, não consigo sentir nada. Olho a foto e nenhuma reação vêm a mim. Acho que, finalmente, superei!
Era sexta. Todos haviam saído. Senti meu coração doer um pouquinho. Ataque cardíaco ou saudade? Esperei para ver. Peguei uma foto sua e uma lágrima percorreu o meu rosto e caiu no chão. A dor passou, melhor dizendo, foi transferida para as lágrimas. Desejei um último abraço, não deu. Ainda me pergunto o motivo. Desisto. É uma pergunta sem resposta.
Abri os olhos, tudo girava. Não comia nada há um bom tempo. Pensei em levantar, mas sabia que era melhor ficar ali. Virei para o outro lado e me indaguei: "como tudo mudou tão rápido?". Olhei para o teto, era branco assim como o da casa dos meus pais. Lembrei da infância. "Aquela garotinha teria orgulho de mim?", resmunguei. Provável, eu acho.
Existem as pessoas que não se identificam com a natureza, outras que estão em constante harmonia com ela e outras que tentam dominá-la. Seja o tipo de pessoa que está em harmonia, pois você é a natureza e a natureza é você!