Coleção pessoal de Susatel
As massas reclamam sobre a postura tomada pelos seus governantes mas, se esquecem que estão no governo graças a elas
A Grécia deve um ajuste de contas com o Kemet no tangente à história e ao surgimento da filosofia, a peneira não mais suporta a intensidade do Sol, temos que parar de fingir que ela tem o poder de tampar o grandioso Sol.
In, Machado pesado
Em tempos antigos, em eras passadas,
Onde a bravura e honra eram celebradas,
Na vastidão da terra, de castelos cercada,
Ecos de histórias de coragem ecoavam na estrada.
No torneio, cavaleiros erguiam suas lanças,
Em duelos valentes, provavam suas façanhas,
Os bardos entoavam canções de amor e dor,
Em festas e banquetes, nobres se reuniam com fervor.
A ética cavalheiresca guiava suas ações,
Valores nobres e virtudes, em seus corações,
Defendiam a justiça, a verdade e o bem,
Em um mundo em que o destino era o desdém.
Sob o manto da noite, a escuridão da alma pairava,
Mas a luz da esperança sempre se propagava,
No seio da natureza, mistérios desvendados,
O elo entre o homem e o divino, revelado.
No universo medieval, intemporal e mágico,
O desejo de aventura era o combustível épico,
Em meio a batalhas, castelos e lendas a se contar,
O espírito medieval jamais deixará de encantar.
In, Uma visita às memórias
Era uma tarde ensolarada, o céu azul se estendia infinitamente sobre a cidade. Os ruídos do cotidiano preenchiam o ar, misturando-se ao burburinho das conversas e aos passos apressados dos transeuntes. Era nesse cenário que se desenrolavam as histórias, as pequenas crônicas do dia a dia.
Nas ruas movimentadas, as pessoas seguiam seus trajetos, cada uma com seus pensamentos e preocupações. Havia aqueles que pareciam perdidos em seus próprios mundos, absortos em seus problemas e questões pessoais. Outros compartilhavam risos e sorrisos, espalhando alegria por onde passavam.
No meio dessa agitação, um olhar atento poderia perceber os detalhes, as nuances que compunham essa crônica urbana. Nas esquinas, artistas de rua encantavam com sua música e suas performances. Nas cafeterias, os aromas do café fresco se misturavam ao som das conversas animadas.
Em meio ao caos da cidade, havia também momentos de calma e contemplação. Nos parques, as árvores se erguiam majestosas, testemunhando o vai e vem das estações. Pessoas se sentavam nos bancos, entregando-se ao prazer de ler um livro ou simplesmente observar a vida passar.
No coração da crônica urbana, estavam as relações humanas. Amores que nasciam e se desvaneciam, amizades que se fortaleciam, encontros e desencontros que marcavam os destinos das pessoas. Cada interação, por menor que fosse, tecia a teia da vida na cidade.
E assim, no ritmo frenético da metrópole, a crônica se desdobrava. A cada esquina, uma história se desenrolava, personagens cruzavam caminhos, sentimentos se entrelaçavam. E mesmo diante da correria do dia a dia, havia momentos de pausa, de reflexão, em que a vida se revelava em sua plenitude.
Essa crônica urbana, como a própria vida, era uma mistura de caos e ordem, de encontros e despedidas, de sonhos e desafios. Era uma dança complexa, em que cada passo dado deixava uma marca, uma lembrança na memória coletiva da cidade.
E assim, nesse emaranhado de histórias e emoções, a crônica seguia seu curso. O tempo passava, levando consigo os momentos vividos, mas deixando a essência de cada pessoa, cada experiência, impregnada nas ruas, nas esquinas, nos corações.
In, O divino entre os tendões da vida
Na masmorra da razão, na escuridão profunda,
A dualidade se revela, a mente se afunda.
Entre o empirismo dominante e a crítica pura,
Desponta a lucidez ácida, uma voz que perdura.
Explorando a energia cósmica, além do visível,
O poeta mergulha nas camadas mais sensíveis.
Questiona o domínio do empirismo estreito,
Buscando a verdade além do mero preconceito.
Na dualidade do pensamento, a luz e a sombra se entrelaçam,
A lucidez ácida em cada verso se desfaçam.
Enxerga além das amarras do racionalismo comum,
Desvendando mistérios que a razão não assume.
Na masmorra da mente, a crítica se debate,
Entre o empirismo dominante e a razão que abate.
A energia cósmica pulsa, invisível aos olhos,
E o poeta desbrava caminhos, voa em seus voos.
A lucidez ácida o guia nessa jornada,
Explorando horizontes além da empiria adotada.
No cerne das trevas, encontra a faísca de luz,
E revela verdades que desafiam a cruz.
Que o poeta, com sua voz ácida e ardente,
Rompa as amarras da razão, ouse ir além da mente.
Que a dualidade se dissipe na energia cósmica,
E que sua poesia transcenda qualquer lógica.
In, A sombra sobre o véu
Na vastidão do espaço-tempo, onde a luz se mistura,
A matéria escura dança, misteriosa e obscura.
Elétrons e partículas, num jogo quântico sem fim,
Revelam segredos cósmicos, que fascinam até o confim.
No emaranhado dos átomos, o bosson de Higgs se revela,
Uma partícula de massa, essencial e singela.
E nas notas de Beethoven, a música se expande,
Encontrando a harmonia que o universo demande.
No horizonte de um buraco negro, uma força intensa,
Ondas gravitacionais tecem histórias de imensa vivência.
E na sequência de Fibonacci, uma ordem perfeita se revela,
A matemática divina que a natureza revela.
E entre versos e estrofes, nas palavras que se entrelaçam,
A voz de Chiziane ecoa, trazendo a sabedoria que abraça.
Na poesia, no amor, na luta pela igualdade,
A voz feminina se ergue, desafiando a realidade.
Entrelaçando ciência e arte, o conhecimento se expande,
Revelando mistérios, desafiando a mente.
E assim, nos versos desse poema, a magia se entrelaça,
Unindo as palavras, em uma dança que não se embaraça.
In, O tempo senhor dos eventos
No vasto espaço-tempo, onde o universo flui,
Há um poeta chamado Marti, que a poesia constrói.
Entre quarks e bosons, ele tece versos no ar,
Revelando os segredos que ninguém pode alcançar.
Ele é o ceifador de palavras, colhendo o que há de belo,
E em cada estrofe, o doador de sonhos singelos.
Com seu dom único, ele desvenda mistérios,
No vácuo do verso, ele cria cenários sérios.
Em um barraco negro de emoções e sentimentos,
Noêmia de Sousa surge, poetisa de tantos talentos.
Seu canto atravessa o espaço sideral,
Como uma aurora boreal, brilhante e celestial.
E Chiziane, com sua voz corajosa e intensa,
Traça versos de luta, revelando a essência.
No encontro dessas vozes, a poesia se completa,
Uma sinfonia de palavras que ninguém se arrebata.
Então, nesse universo vasto e infinito,
O poeta Marti, entre estrelas, descreve o infinito.
Com sua pena mágica, ele cria arte divinal,
Revelando a poesia que habita o celestial.
In, Susatel - pedaço de mundo
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Sou da opinião de que os grandes escritores deviam lapidar os novos, assim, nunca ficaremos sem bons escritores. Quando um novato lhe procura para análise de seu trabalho literário, em caso de ter que fazer uma crítica, que a crítica seja emprol do progresso deste novo mestre que algum dia comoverá o mundo com a sua arte, e não para cortar as suas asas para que nunca voe...
In, Brilha Machado pesado
Quantas saudades do nosso ídolo!
Madladlalate, filho de Ndumana e Mevasse
Esse rapaz de Uhembje ka mati ya xivengô,
Largou ka Matlombe e rumou pra a capital pisoteando as pegadas dos seu mentor, Bava Novidade
Viu a mocidade engolida servindo os patrões como Mainato
Depois aprendiz de sapateiro
Insatisfeito, singrou pra Videni
Lutando do lado do colono
Disso ganhou reveses numa gaiola em Xefina
Se tornou um piriquito solitário
Mas uma vez a portinhola se encancarou
E o piriquito bateu nas asas e atravessou o mar pra o outro lado de cá
Deixou pra trás o distintivo, as botas e a espingarda
Voltou pra o seu ninho, pra sua Ntefassi e os petizes
Seu Mercedes Benz preto o tempo o levou
Sua pocilga dizimada, mas...
Relutante...se reergueu...se reinventou...
Ficou Cheauffer,
Não mais voltou à Ukalanga para rever os seus, nem por um pio ele se atreveu
Pois a sua prometida era comprometida...
Agora bebia vinho tinto com bacalhau e fumava Havana
Por vezes lhe compravámos tabaco no Carimbo e envolvia com mortalha de cartucho
Todos os dias eram de festa e celebrava liberdade
Uma panela de cem litros chorava ao fogo cozinhando um porco
Trinta dias o fogo ia timidamente aquecendo a panela cheia de carne à fartura
O sobrinho-primo é testemunha, o neto do Djossia
Nosso cheauffer de Isuzu azul caixa aberta nos passeou pra KaMavota,
Tio Adolfo e Saquila sabem disso...
Mas nosso Cheauffer nunca mais voltou à terra natal... já deflagrada pelo troar das metralhadoras
Persistiu aqui deste lado, pois agora só queria viver na tranquilidade, harmonia...
Mas o Secretário lhe chamou lacaio...ficou enfurecido com o sistema e nada podia fazer, o miliciano era chefe e só queria ver povo, numa mão com cacetete e noutra "espera-pouco"
Mas ignorou e continuou firme, seguindo em frente
Madladlalate não mais voltou pra rever os seus na terra que lhe viu crescer
Certeza tenho de que agora descansa em paz com os seus ancestrais, esses outros deuses
Junto com Ndumana e Mevasse, Novidade, Djossia, Eliasse, Salomão...
Ele também já é nosso deus...
Xissunguêyôooo! - Hlatxwaio!
In, Celebrando Ernesto Samissone Matlabe
Se o africano não escreve a sua história ancestral, o europeu e o americano a irão escrever à favor de si e dos seus, resultado, são as inúmeras asneiras escritas nos atuais livros de história.
Ao que parece, ainda não se quer despertar da sonolência;
In, Brilha Machado pesado
Estamos em um mundo que reina o parasitismo, que as pessoas aparecem nas telas e dizem "eu não sou rascista" e toda gente crê nisso até estar de frente com as acções desumanas das mesmas, infelizmente a fala não justifica a acção.
In, Machado pesado
Na vastidão da alma, a metafísica se insinua,
Entrelaçando-se à matemática divina,
No cosmos infinito, a sabedoria flutua,
Entre dor e esperança, a filosofia caminha.
Na astronomia dos sentimentos, estrelas brilham,
Desvendando segredos ocultos do universo,
A alma, cativa do mistério que a acolhe e atordoa,
Busca respostas na reflexão do verso.
A dor, qual equação complexa e profunda,
É desvendada pela razão e pelo coração,
A filosofia conduz a busca que inunda,
Ensinando-nos a transcender a ilusão.
Nessa dança cósmica, a sabedoria guia,
A alma em busca de sua própria essência,
E na intersecção da matemática e filosofia,
Descobrimos a verdadeira transcendência.
In, Gatilho Poético I
.... SAGRADA LEITURA...
...21:21:09...
<<SE ME VÃO LER QUE SEJA EM SILÊNCIO>>
Há quem diga já se foram os bons tempos;
Quiçá, na inocência o diga;
Há quem diga que esquecer o passado, lho tem servido de aspirina para as suas dolentes dores, ainda que elas resultem das constantes buscas que à mente faz involuntariamente;
Facilmente somos fraudulentos com nós mesmos ao tentar tapar com um adesivo um buraco irremediável;
Na lealdade destacam-se os lobos, e não os Homens, pois, pouco antes a si próprios são fieis, um pacto sagrado.
As insatisfações se vão proliferando, tal que se tem andado de mãos dadas com as precoces amarguras na alma e no espírito;
Se tem mal entendido sobre a grandeza, tal que os pequenos de espírito pisoteam-se uns aos outros, para então receberem algum destaque;
Se fixaram as pontes do conhecimento desordenado, e já se tem notado o calcanhar de Aquiles nas diferentes sociedades, a temível incompetência intelectual;
Ainda que com altas e avançadas tecnologias, à mente dos Homens ainda rasteja para desenvolver altos níveis de bondade;
A politiquice de taberna é a máxima dos Homens póstumos em enganações;
Se se entender a essência da teoria dos jogos, os grupos ou as nações entenderiam significativamente que realmente é a semente do progresso;
Há quem diga, que esta é uma geração sortuda por presenciar os <<progressos tecnológicos, e as inúmeras coisas prodigiosas, nunca antes vistas>>.
Por outro lado há quem afirma que esta é a mais perturbada das gerações, raivosa, autodestrutiva, feroz e altamente distraída. Com muito que a tecnologia tenha avançado, tão próxima não chegar-se-á da que foi num passado distante usada para erguer as pirâmides no Kemet...o berço de todo conhecimento... Acrescenta-se;
Há quem diga que a religião veio para estabelecer a paz, e plantar a rectidão de espírito nos Homens(...)
Por outro lado os que defendem, que a mesma veio para tocar terror no mundo dos Homens, destruir todo o belo e enchê-los de fantasias e promessas de um suposto paraiso;
Nesta colisão de ideias diferentes, surgem aqueles que afirmam, que há sempre tolos para alguma coisa, e o principal alvo são sempre as camadas pensantes engajadas de pouco conhecimento e sabedoria;
Continua...
In, A besta entre os Homens
A luz do sol desponta sobre os campos de algodão,
Onde um passado sombrio deixou sua marca, uma nação.
Na cenzala, os negros sofriam na dor da escravidão,
Mas suas almas, fortes e resilientes, buscavam redenção.
Na vastidão do cosmos, a ancestralidade se revela,
As estrelas testemunhas da luta pela liberdade tão bela.
Negros valentes, com suas raízes profundas,
Carregam consigo a herança que os conduz.
Era um tempo em que o sonho de liberdade ecoava,
E os tambores ressoavam, a resistência se mostrava.
De mãos calejadas e corações incansáveis,
Negros almejavam o fim da opressão inaceitável.
A alma negra, erguida em busca da igualdade,
Encontrava na solidariedade a sua maior verdade.
De um negro que quebrou as correntes da opressão,
A voz da memória e da luta,
Cronista da esperança que jamais se abjura.
Que essas palavras sejam lembrança viva,
Da história que não pode ser esquecida.
Que a força dos negros, ancestral e presente,
Inspire a busca por um mundo mais justo e consciente.
In, Machado Pesado levanta
No universo vasto, além do visível,
A metafísica desvela mistérios,
Em sintonia com o amor indizível,
Na fusão de químicas, versos sérios.
O desejo, chama ardente e intensa,
Que permeia a alma da mulher divina,
Desperta paixões, semeia crença,
No âmago da existência, fonte genuína.
Na dança das estrelas, o cosmo em euforia,
O beijo se revela, êxtase profundo,
União de corpos em plena harmonia,
O encontro de almas, destino fecundo.
Nesse poema clássico, agora escrito,
Versos imortais que ao tempo desafiam,
A poesia se une ao eterno infinito,
E a essência do amor jamais se esvazia.
In, gatilho poético I