Coleção pessoal de SusannaAlmeida

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Tudo o que nos toca o coração nos eleva a um passo do céu...

Impossível confundir essência com ego quase estourando. A essência é sutil; o ego grita!

Precisamos de tão pouco...
Por que pedimos muito, então?!

Sou filha de Vênus, por isso estou assim; sempre sangrando...

Ao somar, vi que obtive muito com o pouco que tinha; caminhei longe, com as cordas que a vida me deu.

Somos estranhos... Cultuamos a lua em seu fenômeno - natural e previsível - que está 'tão tão distante', e destruímos tudo o que está ao nosso redor...

Aquele que procura - com determinação - sempre encontra. Se a sua busca ainda não chegou ao fim é porque não desprendeu de ti a energia necessária...

Não exalte a beleza física. Ela passa uma chuva de verão em ti. Exalte a capacidade de pensar, esta sim, te mantém vivo neste vale de provações.

Somos livres para fazer o que quisermos... Contanto que haja discernimento e moderação. Fanatismo torna a alma cega.

Para alguém com muitos iguais, difícil será compreender meus infinitos diferentes...

Seja quem é, sem tirar nem por...
Assim, não terá que pagar tributos dos quais não é devedor...

Vesti-me de pétalas,
caminhei com botas enfeitadas de flores!
Entre sombras de gentis cavalheiros
e mãos entrelaçadas,
segui minha estrada
de versáteis camaleões.
E por várias vezes e razões,
também mudei minhas cores...

Se não queremos ver fumaça, não devemos alimentar a fogueira. Devemos apagar nossos tições...

Nós nos vemos através do outro. Os pormenores aos quais nele não apreciamos, pior se nos apresentam. É como o efeito dolorido de uma bofetada, que vem nos acordar para o uso da razão.

E o povo, cansado
das notas,
das rotas,
das botas,
caminha sem rumo...

Pessoas vão... Pessoas vêm...
Assim somos nós, passageiros...
Itinerantes!
Rompantes!
Um cometa!
Uns com cauda, outros sem glamour algum.
Uns brilhantes como flashes em noite escura...
Outros se perdendo em opacidade,
pequenez e amargura...
Irrequietos, todos, quase sempre!
Ora, estamos aqui e ali...
E, de repente, nos perdemos...
De igual, temos a jornada [imprecisa]!
Talvez, lá adiante, tornemos a nos encontrar
Para falar...
Dos feitos que não fizemos,
[ou ficou a desejar]...

...e, há aquele momento que você acha que entende tudo, mas não entende nada. Você é apenas um floco de neve que caiu em lugar errado... Vai derreter ao primeiro raio de sol...

Que dom tem o poeta de transformar!

Em seu grau maior eleva o amor...

Empodera as pedras, o vento

que empodera as nuvens e as árvores

e, embeleza - mais ainda - a flor...

Minimiza, de todas as formas de morte,

a dor...

Que poder tem o poeta,

em seu dom transformador...!

Precisamos observar e abaixar sempre o nosso facho. Nosso ego não deve jamais ser maior que o perímetro que ocupamos...

Estamos sujeitos a recaídas constantes. Assim seguimos, redirecionamos nossos passos involuntariamente. Assim são nossas ações como em um jogo de trilhas. Avançando casas e retrocedendo, embora, nem sempre na mesma proporção. Ora um passo avante, ora muito lá atrás quase a zerar tudo. Somos feitos assim, de inconstância e fragilidade...