Coleção pessoal de sometimes

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"Há coisas que não se pode fazer junto sem acabar gostando um do outro."

Não era meu dia. Não era minha semana. Não era meu mês. Não era meu ano. Não era a porra da minha vida.

Posso relaxar com os imprestáveis, porque sou um imprestável. Não gosto de leis, morais, religiões, regras. Não gosto de ser moldado pela sociedade.

Costumo levar coisas para ler, para que eu não tenha de olhar para as pessoas.

Não quero trocar ideias - ou almas.

Estar sozinho nunca me pareceu certo. Às vezes me senti bem, mas isso nunca me pareceu certo.

Sem ambição, sem talento, sem sorte. O que me mantinha fora da sarjeta era pura sorte, e a sorte jamais durava.

Minha ambição é prejudicada pela preguiça.

Posso viver sem a grande maioria das pessoas. Elas não me completam, me esvaziam.

Eu continuo me perguntando porque me preocupo quando ninguém mais se importa.

Quando a gente acha que chegou no fundo do poço, sempre descobre que pode ir ainda mais fundo. Que escrotidão.

Quanto mais o tempo passa, menos eu significo pras pessoas e menos elas significam pra mim.

Existem coisas piores que estar sozinho mas geralmente leva décadas para entender isso e quase sempre quando você entende é tarde demais. E não há nada pior que tarde demais.

Eu não tinha interesses. Eu não tinha interesse por nada. Não fazia a miníma idéia de como iria escapar. Os outros, ao menos, tinham algum gosto pela vida. Pareciam entender algo que me era inacessível. Talvez eu fosse retardado. Era possível. Frequentemente me sentia inferior. Queria apenas encontrar um jeito de me afastar de todo mundo. Mas não havia lugar para ir. Suicídio? Jesus Cristo, apenas mais trabalho. Sentia que o ideal era poder dormir por uns cinco anos, mas isso eles não permitiriam.

Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado, e obscuro pra viver a minha solidão; por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo, e não conseguia nada.

Me sinto bem em não participar de nada. Me alegra não estar apaixonado e não estar de bem com o mundo. Gosto de me sentir estranho a tudo...

Cheguei numa fase da minha vida que vejo que a única coisa que fiz até agora foi fugir, fugir de mim mesmo, do meu nada, e agora não tenho mais para onde ir, nem sei o que vou fazer, fui péssimo em tudo.

Não, eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto.

Nunca me senti só. Gosto de estar comigo mesmo. Sou a melhor forma de entretenimento que posso encontrar.

Sentia-me contente por não estar apaixonado, por não estar contente com o mundo. Gosto de estar em desacordo com tudo. As pessoas apaixonadas tornam-se muitas vezes susceptíveis, perigosas. Perdem o sentido da realidade. Perdem o sentido de humor. Tornam-se nervosas, psicóticas, chatas. Tornam-se, mesmo, assassinas.