Coleção pessoal de sofialeal

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Ouve, ouve minha árvore, aquela árvore onde se levantam as folhas cor-de-rosa que decoram a floresta e os Nossos olhos.

Tenho insetos gigantes no interior do sangue, eles são os instrumentos que rodam à volta dos órgãos principais e os tornam letais.

Adiciono dois pensamentos: a vida é passada a ferro para não ter tantas rugas, as rugas desaparecem para nós sermos sempre juventude.

Há mar e mar, os Nossos mares remexem as areias fundas, descobrem os nomes dos peixes e surripiam a cor mansa do céu.

Imã meu vai buscar as ovelhas, elas demoram-se, precisam de ir dormir e sonhar com a manta quente das estrelas.

Existe no meu estômago uma coleção de efeitos visuais, as cores correm estômago acima, estômago abaixo e a plateia canta de aplausos pois enlouquece com as cores flasharem tanto.

Uma questão de sabor a chá verde queimou-se com o chá, entornou-se, molhou tudo em volta e descobri um tesouro.

Vida minha doce docinha aparece com uma sobremesa-pudim-jocoso, anima as festas todas, recheia-te de tudo aquilo que fizer sorrir.

Não me vou livrar disso - dessa mentira envenenada dos venenos que podem aniquilar-nos - queria estar na minha Primavera e o céu ser apenas azul claro.

O teu horizonte em forma de furacão apanha-me com a sua cana de pesca e transformo-me num peixe verde teu.

Perfeito jogo de damas entre uma rena desvairada e um Pai Natal voador dançante: as peças quase não caminham de tão desnorteadas.

Atormentada vou fazendo todas as questões, sou artista que até pergunta sobre a cor das framboesas, pergunto: porque são tão saborosas?

Uma voz feita de um turbilhão só meu que se une ao calor e faz funcionar os vulcões.

Existe um amor que é um vale verdejante onde nós dois damos as mãos dentro de um barco de madeira, a madeira arde com a nossa união.

As mudanças são escadas rolantes a caminho de algo diferente.

A magia da sorte é fácil de concretizar: cozinham-se meia dúzia de feijões e depois costuram-se os feijões uns aos outros até a sorte ficar do nosso lado.