Coleção pessoal de Sioux
Eu admiro aqueles que conseguem sorrir com os problemas, reunir forças na angústia e ganhar coragem na reflexão. É coisa de pequenas mentes encolher-se, mas aquele cujo coração é firme e cuja consciência aprova sua conduta, perseguirá seus princípios até a morte.
Uma pessoa continua a trabalhar porque o trabalho é uma forma de diversão. Mas temos de ter cuidado para não deixarmos a diversão tornar-se demasiado penosa.
Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho.
Aqueles que têm um grande autocontrole ou que estão totalmente absortos no trabalho falam pouco. Palavra e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio.
A religião pode ser comparada a alguém que pega um cego pela mão e o guia, pois este é incapaz de enxergar por si próprio, tendo como preocupação chegar ao seu destino, não olhar tudo pelo caminho.
Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.
E a filosofia, como dizia o mestre Platão, nasce do espanto. Quem perde o espanto pelas coisas, perde a vida em grande parte. Se mantenho o gosto pela vida, apesar de não ser uma pessoa de temperamento alegre, é porque nunca perdi o espanto pela vida. E o espanto é o irmão gêmeo do encantamento.
Se a esquerda fala tanto da ditadura militar no Brasil é porque ela está, ainda, mentalmente e politicamente, naquele lugar.
Os ruídos, as contradições, os fracassos, os momentos de desespero e de derrota nos ensinam mais do que o sucesso.
As ciências sociais nunca tocarão o coração da realidade, porque não olham para a humilhação do homem cotidiano.
Somos seres cada vez mais ilhados e com carência, não só de vínculos, mas de desejo de vínculos, o que é muito pior.
O ressentimento é nossa fúria para com a mortalidade que nos define e torna quase todas as nossas qualidades irrelevantes.