Coleção pessoal de siomarareisteixeira

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Chove lá fora
Vejo poças de ilusão
Lágrimas de chuva,
Folhas de paixão
Na face da saudade,
Escorrem pelo chão.

♥...♥



O ABRAÇO


Abrace seu irmão, abrace seu amigo,
abrace seu vizinho, seu colega de profissão.
Abrace até mesmo aquele, "inimigo”...
Não paga nada é de graça, é indolor.

Enfeite suas horas com muita luz e muita cor;
Acredite, a vida é um sopro e nem mesmo
o troco da falta de tempo,
na displicência para com estes momentos
será levada para o outro lado.

O que ficará, o que estará,
o que o acompanhará serão apenas os grandes,
indissolúveis e honrosos sentimentos.
Lembre então que nada, além da essência, é eterno...

Demonstre sempre, afeto, carinho, amizade.
A união do calor humano e do calor fraterno.
São as nossas vidas abrindo espaço
aos divinos poderes do abraço!

Se poesia é amor
Mais poemas, por favor!

A Espreitar

A espreitar esta imensidão,
Vejo que os mundos em paralelo
Numa forja ótica de ilusão,
Quase reconstroem um castelo
Em magnetismo e sedução.
E nem assusta a colisão.
São planetas tão distantes,
Com sentimentos pulsantes.
Mas revigora sim, a emoção
Em forças que tenho em mim,
E continuo eternamente assim...
A espreitar o infinito...

VIDA DELIRANTE

A vida grita coisas delirantes,
Partindo em espaços descontínuos,
Entristecida e só!
Só pelas rudes campinas do luar...
Choram as víboras desesperadas,
Querendo sangrar a alma, querendo matar o dia!
Não tendo porquê, histórias repletas
De cantos difusos e fatos inúteis
Que lembram desgastes de velhas lembranças
Do fruto maduro, apodrecido pelo tempo, inútil!
Enlaçando os coros de uivos rebentos,
Morrendo nos dias, fugindo das horas...

Dê-me Teu Sangue, Senhor

De-me agora senhor meu Deus
Apenas uma gota do teu sangue
Este sangue que é o pulsar da vida
A vida serena e assustadoramente, morena...
Porque meu ser tão maltratado, tão esquecido
Aniquilado na presença íngrime deste abandono ,
Nada mais deseja do que uma gota de sangue
Do teu sangue...
Nesta vida íngrime...Torpe...
Teu sangue e nada mais.

Sublimação

Lágrima que agora chora
Sem conotação "amorosa".
Não imposta, absorvida...
Explode, emana, molha
É ode, celebração a vida.
A tua vida!
Importância bendita!
Em tuas faces,
Rios sombrios?
Decepção ?
Engano!
Diáfana integração
Amor próprio,
Na sublimação!

Tecia em pensamentos um rendado luzidio como as estrelas do céu
enrubescia a pálida face emblemática e vazia
suspirando por amores idos, por amores tidos, por amores falidos
Dizia-se superior a mágica instituição do criador
Amargava a dor, da euforia ao desamor
Chorava calada, escrevia mais nada
e calada, calou para o universo dos versos
preterindo-os apática e esquiva,
por sua eterna insensatez

Inerte a ti, a mim, a nós
Duros nós em desalinho ultrajando a consciência
Ultrapassando a paciência
Machucando a inspiração
Dura rota pertinaz
A revel do amor
A revel do sonho
Eis o circo
O abandono
A bifurcação
Move, remói, destrói em profusão
Estou farta de ti,
Estou farta de mim,
Estou farta de nós!

DESEJOS D'ALMA


Quero partir da premissa
De que o mundo é muito maior
Que o medo em relação à vida.

Dissociar o pensamento,
Libertando anseios e projetando sonhos.
E que estes não sejam inócuos e ilusórios.

Libertos do cárcere
Que impetramos a nós mesmos
Da não felicidade.

Que sejam a mais pura
E perfeita tradução
Dos desejos profundos d’alma.

AGORA SEI

Hoje saí a tua procura
Desci as escadas e na relva caminhei
Ar de outono, envolto em candura,
Olhando para o céu, não te encontrei.

Percebi raios brilhantes de doçura
Que rompiam as nuvens escuras, que avistei.
Um calor intenso, repleto de ternura
E teu corpo inteiro em mim, eu desejei.

Carícias intensas incitando a loucura
Do dia em que em teus braços, estarei
E olhando nos teus olhos, te direi: - Sou tua!

Tu estás em mim, e agora sei
Que o equilíbrio do amor é a formosura
E tua alma o perfume da paz, que aspirei.

RANCOR



Quanto tempo pode durar uma magoa?
alguns dias, uma semana, um ano talvez?
mas se durar tanto tempo, esse sentimento
não será magoa, mas sim, rancorosa estupidez

Ele diz não guardar raiva ou ressentimentos
mas seu temperamento denota a insensatez
manda embora, não deseja entendimento
ignora quem dizia amar com embriaguez

O tempo não passou arrematado em espinhos
foram os sonhos que passaram pois não existiram
libidos devassas movimentavam-lhe o moinho

Falava de amor, coração, emoção e mesma estrada
como consegue ter paz, atrás de atos que mentiam?
Atitudes frias e vão-se os dias...Não resta mais nada!

Conta-gotas...

Compasso de espera

Neste interím,

Tua estratégia esmera

O Amor Por Mim


Talvez quando esta tarde acabar
Eu já não tenha mais a quem amar.
Pois a fascinação do outro em mim
De tanto bater, de tanto girar
Como as turbulentas ondas do mar
Tornou-se enfim, após duro penar
O verdadeiro amor que sinto por mim!

ENTREGA


Apenas venha, não sinta receios
traga nos teus versos a leveza
mas prenda-me logo, sem volteios
sacie nossas fomes e incertezas

Faça do meu corpo o teu esteio
com teu toque de fúria e aspereza
revire nossas vidas, ache um meio,
do sonho, transformar-se em certeza

Na entrega, na luxuria, não terei defesas
gema em meus ouvidos, sacie meus anseios
Atrevido, esqueça o galanteio e a delicadeza

Ao mundo lá fora estaremos alheios
vem e, com teus dedos, abuse da rudeza
p’ra depois, repousar cansado, em meus seios

DUALIDADE


Não acredite em meus versos mentirosos
Usualmente escrevo o que me convém
Arte de palavras em jogos de vai e vem
Moldam fácil, pensamentos enganosos

Se é dos fatos que todas as idéias provêm
Os sentimentos profundos e carinhosos
Podem resultar de mil gestos ardilosos
Que só o egocentrismo dos poetas contém

Sim, sou feita de vários compostos
E componho ouvindo vozes do além
Inventando amores volúveis e melosos

Agora, ao ler, assimile e julgue; porém
Sem esquecer dos meus atos amorosos
Lembre que sei amar intensamente, também!

AUTOESTIMA


Seja presente ou ausente teu aperto de mão
Não importando se abre ou fecha a porta
Sigo adiante guiada pela intuição
Penso somente no que minha alma suporta

Hoje valorização é o nome da minha emoção
O resto deixo pra trás, o muito, pouco importa
Cuido com carinho de um maltratado coração
E evito veemente mais dor que só corta

Elevo em mim a lucidez do ato e da ação
Com toda a transparência que meu ser comporta
Agora sei que propicio o julgo, em errônea dedução

Mas ágil, a mente consciente, ao outrora reporta
Dizendo que o que mais vale é se amar com paixão
Se na troca o valor inexiste, a realidade, exorta

TEU ENCANTO


Por toda parte

Um cintilar

Que arde

Sou chama

Emoção

Brilho intenso

Da tua luz

Ardo

Me desfaço

E aos pedaços,

Encantada

Me refaço

É teu canto...

Magnífico,

Encanto!

TEUS SABORES


E me quero em ti e te quer em mim
Vem com odores, perfume de flores
Não sei se de rosas ou jasmins
Talvez o perfume de outros amores

Nada promete e só te quero, assim
Promessas, são lanças que traçam dores
Suposto imaginário...Ilusão, enfim
Cruel corsário; o mestre dos rancores

Mas teu corpo...Ah, poema sem fim
Loucura espelhada dos versos em cores
Enfeitando o meu corpo, como belo jardim

Encantada, abro mão dos valores
Tatuo em minha pele a palavra, sim
Sentindo na boca os teus vários sabores

BLEFES


Mas se destes bem mais do que supunhas dar
Destes também a saudade em equivalência
Fez da dor, avalanche gélida p’ra inundar
Os negros buracos da existência

Triste e bela, se imaginava em teu olhar
Tola e sem par, sob o toque da carência
Dominada por um barato conquistar
Girou, indo ao encontro da fluência

Hoje, só, tem mil sonhos p’ra sonhar
Mas, não sonha, rechaça a inconsciência
Ilusões do ego que só vem p’ra maltratar

Novamente, recorre à luz da consciência
Recua mil passos, no cansaço de observar
Que amar é blefe sórdido, aliado à inconsistência