Coleção pessoal de SimoneTavares
NADA COMO O TEMPO
Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
Quando falar, cuide pra que as palavras sejam melhores do que o silêncio, e lembre-se que alto deve ser o valor das idéias e não o tom da voz.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto.
O mundo do poeta
O movimento das palavras
Num pequeno espaço a vagar,
O poeta tenta segurá-las,
Pegar a frase no ar
No ar de seu mundo,
O mundo da imaginação,
Que toca bem no profundo,
Lá dentro do coração
E, lá, há uma fonte
Onde ele deseja encontrar
A razão dos versos e a ponte
Para os pensamentos ligar
O poeta é um solitário viajante,
Um andarilho no túnel do tempo a entrar,
Em busca do vocábulo interessante
num mundo mágico do ar,
ou no mundo mágico do mar,
mar de idéias para entoar
Numa verdadeira busca incessante
procurando em diferente tempo e lugar
a poesia inspirada, para em melodia rimar
Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Nunca
Nunca ninguém sabe se estou louco para rir ou para chorar…
Por isso o meu verso tem
essa quase imperceptível tremor...
A vida é triste, o mundo é louco!
Nem vale a pena matar-se por isso.
Nem por ninguém.
Por nenhum amor…
A vida continua, indiferente!