Coleção pessoal de simeaocurralo
A falta é, para a Psicanálise, psíquica e essencialmente, estruturante na constituição do sujeito. A falta nos permite, enquanto sujeito-faltante-desejoso/objeto-desejado, a possibilidade de, através do outro, amarmos e sermos amados. Mas, lembremos, mesmo a falta sendo fundamental ao amor isso não significa que - ao contrário do que muito se diz e se pensa - esse amor seja pleno, não. A falta enquanto parte do nosso psiquismo e do nosso inconsciente, é, essencialmente, estruturante.
A inveja é a junção do atrair e do trair: atrai para si a pessoa invejada e trai tanto o sujeito invejado quanto o invejoso.
Somos o reflexo especular de um outro quando amamos. Sofremos pois criamos uma imagem do ser amado segundo nosso desejo e quando este não é satisfeito, plena ou parcialmente, perdemos essa imagem de forma brutal. Portanto não é pelo ser amado que sofremos quando o perdemos - ou por separação ou por morte - mas, justamente, pela perda dessa imagem super investida de afeto, de amor que na verdade mais é um amor a nós mesmos do que um amar ao outro.
Alguns sonhos se tornam verdadeiros. Enquanto que muitas verdades não são mais do que sonhos não realizáveis.
O essencial da dor não é apenas vencê-la, mas, igualmente importante, é o quanto de uma dor se pode aguentar.
Nem sempre falar é sinal de sabedoria. Às vezes o silêncio e o segredo são as companhias mais seguras.
Na maior parte do tempo não é a verdade que importa para as pessoas, mas, sim, o que elas desejam enxergar como tal.