Coleção pessoal de silvairjunior
As melhores pessoas que conheço foram, sem dúvida, aquelas de quem menos esperei e que mais me surpreenderam, que hoje amo muito.
'Fazer a diferença' de repente se tornou uma expressão vazia. Não se tem o mesmo ânimo pra modificar o que precisa ser modificado. Não se tem mais vivacidade para enfrentar quem ou o quê precisa ser enfrentado. Como dizia a canção, 'ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais.'
Faço dos meus amigos uma projeção do que há de mais belo no meu coração. Assim, na presença deles, vejo. Na ausência, sinto. Faço dos meus amigos, inevitavelmente, meus irmãos.
Nos momentos de clausura, penso, repenso, dispenso, sou intenso ou tenso. Nos momentos de clausura, sou quem não sou, sou quem não conhecem. Sou eu, só. Nos momentos de clausura, penso como deve ser o dia lá fora. Como será que é... estar lá fora? Tudo parece tão mais pleno de lá. Num momento de clausura, a caneta risca o papel. Ou seria o papel a riscar a caneta? Tudo é relativo. Estou enclausurado ou a clausura sou eu?
O que a vida tem de boa, tem de efêmera. Passa-se muito rápido por ela, mas com certeza, não se passa sem deixar nada. Portanto, resta a certeza de que o amor que damos é pra sempre e fica pra sempre. Apesar de tudo. Apesar do que der e vier.
A morte não mais é que uma ladra de calor, de vida, de amor. Sem anúncio ou prenúncio, leva. Simplesmente leva.
Praticar a tolerância representa a diferença entre o mundo no qual vivemos e o mundo no qual poderíamos estar vivendo. Para bom entendedor, enxergar basta.
Exigir demais de si mesmo nem sempre leva à superação dos seus limites. Pode sim, desviá-lo do caminho certo.
Fico à espera. À espera do dia que dias serão dias e não tormentos. À espera de que lamentos tornem-se calmaria, quase sou capaz de ver esse dia. Meu dia! Um dia em que nada será tão importante quanto não se importar. Um dia que até mesmo respirar será ato secundário. Ser feliz reconhecerá ser o primário. Enquanto isso, passo noites gélidas à deriva, gritando por dentro: 'Ei! Viva!', à espera deste dia, que não tardará a chegar.
Não tenho hora para aflorar e nem hora para me recolher.
Quem decide isso é você mesmo, disse o ódio ao ser humano, capaz de odiar.
Não encare um amor acabado apenas como uma fatalidade. Encare o fato de que o amor não se acaba, se transforma. Enquanto vivo, é o cotidiano, a vida plena, quando passado, representa um rito de passagem. Amor é sempre amor. O tempo passa, você passa. O amor fica.
Baseio a vida em fatos e artefatos. Transformo os fatos da vida em artefatos que guardarei eternamente. Até agora, o artefato mais valioso, de fato, é o amor por mim dispensado.