Coleção pessoal de Shoto_2
"Medo" é a energia mais forte que existe no coração das pessoas. Para não sofrer as consequências dessa força é preciso "coragem", a única energia combatente do "medo". Para os covardes só resta todos os maiores medos na própria vida. Acredite em você mesmo, em qualquer desafio, tente pular a etapa em que seu coração sente medo. Tenha coragem e enfrente qualquer situação constrangedora com muita força.
Amigo, eu sinto muito em te dizer isso, eu sei que vai doer. Mas a verdade dói apenas uma vez, já a mentira dói cada vez que a gente lembra dela. Portanto eu prefiro ser sincero, e já adianto que estarei aqui para te consolar sempre que precisar. Antes de mais nada, eu quero te fazer um pedido: não desista do amor pelo que eu vou te dizer agora, tá bem? Entenda que nunca é idiota quem ama, mas aquele que não sabe amar. Eu percebo que você está amando, e isso é ótimo! Sempre vejo você tão dedicado, carinhoso e fazendo tantos planos… mas você entregou o seu coração para a pessoa errada. Me dói ver que ele não está nem perto de realizar todos os seus sonhos.
Não pense que você é muito exigente, não é nada disso! É ele que te dá apenas migalhas, e você está começando a se acostumar. Ele não te valoriza, sempre te deixa em segundo, terceiro plano. E você sabe, a gente não deve tratar como prioridade quem nos trata como opção. Eu já tentei dizer isso de outras formas, só que parece que você está na defensiva e sempre encontra uma desculpa para não me ouvir. Se eu te pergunto, você diz que está tudo bem. Mas eu te conheço, eu sei que você não está feliz. Eu sei também que ele te prende e não te deixa seguir em frente, mas você é mais forte que isso! Você vai superar, vamos correr no parque, ocupar a cabeça, vamos sair, viajar, e daqui um tempo estaremos dando risada de tudo isso! Amigo, você é lindo e seu sorriso conquista a todos à sua volta, o problema é todo dele se ele não é capaz de perceber que vai perder uma pessoa maravilhosa, muitos gostariam de ter a sorte que ele tem. Tenha a certeza que você vai se apaixonar novamente por alguém que te mereça, esta pessoa só está aguardando você deixar esta história que não te pertence para trás.
Não é fácil, eu sei. Se eu pudesse, eu tiraria a sua dor e passaria ela para mim. Mas já que eu não posso, eu quero que você saiba que você pode dividir esta angústia comigo. Eu não vou te julgar, nem dizer que você está errado. Você pode contar comigo, pode chorar, está tudo bem. Mas você precisa saber que ele não merece as suas lágrimas… Amigo, está na hora de você deixar de se contentar com tão pouco. Olhe-se no espelho e entenda de uma vez por todas: você merece muito mais!
Há três caminhos para o fracasso: não ensinar o que se sabe, não praticar o que se ensina, e não perguntar o que se ignora.
De um autor inglês do saudoso século XIX: O verdadeiro gentleman compra sempre três exemplares de cada livro: um para ler, outro para guardar na estante e o último para dar de presente.
Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis.
Os Três Mal-Amados
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
As três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo.
Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.
Tudo que acontece uma vez poderá nunca mais acontecer, mas tudo o que acontece duas vezes, certamente acontecerá uma terceira.