Coleção pessoal de sharonkrv

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Estava nevoando. A pele da moça tão pálida quanto a neve. A luz natural de suas íris azuis platinados refletia no branco da névoa. Seu corpo tão frágil quanto seus sentimentos. O vento que insistia em levar seus cabelos de um lado para o outro, criando uma segunda bagunça em sua cabeça. A bagunça em si - nos seus cabelos, e a bagunça dentro de si. A névoa com seus milímetros pedacinhos caindo do céu em direção ao rosto da moça. Cada passo para àquela garota era como se pudesse conseguir ver uma colina, onde nela possivelmente estaria o retorno de sua inocência. A inocência de sua vida, seu corpo, seus pensamentos, sua forma de pensar. A alvura de seu rosto gélido e purpúreo que imploravam por agasalho. A monotonia daquele local térreo era visível, e o único que lá se ouvia, era os urros do vento e os murmúrios de sua aura suplicando o retorno. O retorno de tudo, do mais divo e divino em sua mente.
A névoa refletia em seus olhos azuis, e no reflexo, ela pôde enxergar o que ninguém mais hoje em dia enxerga: seu caráter.

Eu penso que quanto mais eu o vejo, mais distante estamos, mais inexplicável se torna o amor, mais inexistente fica a nossa paixão, o nosso calor humano, a nossa razão. Nossos desígnios ficam cada vez mais difíceis de se ultrapassarem. O mundo está de pernas para o ar, e não há chances de salvação. Todas as pesquisas, tudo o que fizemos, irá para o ralo. Para o mais escuro da humanidade. E novamente nos tornaremos um mistério para a nação futura.

Deixe-me ouvi-lo chorar apenas para mim,
deixe-me ouvi-lo gargalhar apenas para mim,
deixe-me ouvi-lo falando apenas para mim,
deixe-me vê-lo fazer decisões,
e deixe-me vê-lo amando a mim sem interrupção, sem medida, sem velocidade. Apenas nós dois na mínima velocidade, apenas deixe-me vê-lo nu, com toda sua inexperiência, esperando que eu o ensine, o ensine a amar-me. Quero vê-lo amar outra pessoa que não seja eu. Deixe-me ouvi-lo chorar apenas para mim... Deixe-me...

Querido amor-passageiro,
Talvez nas noites mais chuvosas eu veja você lá, acenando histericamente feliz por finalmente me ver, talvez nós nos vejamos por aí tão bem que nem nos importaremos com nosso passado e sim com nosso presente. O abraço que vem na hora da saudade, o beijo tão esperado finalmente acontece quando nossos lábios apenas se olham, não é necessário encostá-los para senti-los. É apenas olhar-te, amor, olhar-te para perceber o quanto me desejas. Seu desejo está se tornando aversão de ti mesmo. Sua fúria, seu calor, seu fervor. Tudo que faz-me lembrar-me de ti, querido, é tudo o que me completa todas às noites antes de dormir. Você faz-me sentir viva novamente, coisa que ultimamente acontece de menos. Esteja bem, longe ou perto de mim, esteja bem, por que seu coração confortado, aconchegado, me conforta também. Fique bem, por só assim eu estarei também.

Não pense em mim, amor, não pense. Por que eu farei questão de lembrá-lo o quanto eu fiz parte de sua vida. Nos piores e nos melhores momentos de sua vida, eu era o silêncio guardado em seu coração, sua dor reprimida e o seu ódio despejado para todo o mundo. Farei questão de lembrá-lo o quanto nos amamos cada segundo de nossos momentos juntos e quanto à nossa lonjura hoje, a culpa é tua, amor. A culpa é tua por que ninguém lhe obrigou a tornar as coisas tão mais difíceis para nós. Ninguém nunca lhe disse para me deixar. Foi você. Você e o teu temor, o teu medo de se perder em sua própria mente, de que o amor vire você do avesso, de que você tornasse o nosso amor em obsessão, em possessão. Eu farei questão de lembrá-lo o quanto você pensava em mim todas as noites de tua vida criando momentos especiais e que talvez nunca realizáveis. Vou fazer você lembrar até você morrer e você então perceber que nada na vida dura para sempre, apenas continuo viva em suas memórias, por que você não é capaz de torná-las reais.

E eu estou aqui, eu estou na tua mente, eu estou nas tuas melhores lembranças, eu estou nos teus piores pesadelos, eu estou na tua depressão contínua, eu estou na tua solidão, eu estou no teu silêncio. Eu sou o grito que você queria ouvir, mas num momento de necessidade, você ouvirá apenas o meu eco."

E é uma necessidade de escrever, de jogar tudo pra fora, como um vício inacabável, inabalável, impossível de parar, de controlar. É algo extremamente complexo, sensível. São apenas palavras escritas em papel, num bloco de notas, são só palavras. Palavras essas que salvam a noite mais fria e solitária de um ser. Palavras essas que sufocam o escritor, se guardadas. Elas - as palavras - são perfeitamente bem guardadas num papel quando não publicadas. Uma epilepsia toma conta do escritor quando os pequenos versos não são expostos pra fora de si, pra fora de seu coração. Não adianta guardar as mágoas, o rancor, o ódio... Jogue tudo pra fora. Não importa o seu vocabulário. Não importa sua experiência com palavras, ou até com as ações. Apenas importa que um dia você não morra sufocado com tais palavras amarguradas em sua garganta.

Ah, amor... As constelações se abrem tamanho meu amor por você quando o vejo. Talvez, talvez até o tamanho infinito, sabes? É como se... Eu não sei, definitivamente não sei te explicar como o meu amor é enorme por você. Meu coraçãozinho acelera incrivelmente forte quando te vê. O sangue de minhas veias chegam a parar, por um instante, de coagular. Fervem. A tal ponto de chegar a explodir.
De prazer,
de choque,
de amor,
de paixão. Por você,
por nós dois,
por mim.
É inexplicável, querido. Minha convicção ao vê-lo, desaparece em seguida. Meus anseios e devaneios surgem em minha deslumbrante memória com você me cercando. Você usando de sua anatomia para fazer a biologia entre nós dar certo. Para que nossos corpos se encaixassem em um só. Mas é como lei de física, era impossível fundir duas coisas numa só. Mas para nós não existe regras, amor... O impossível se torna possível quando estamos juntos.

Quem sabe amar
Quem sabe um dia
Quem sabe amanhã
Quem sabe fala
Quem sabe ama
Quem sabe cuida
Quem sabe, sabe, que
quando juntos estamos,
O mundo nada sabe.
— E eu sei que eu te amo.

Eu sou a tua saudade reprimida,
tua fonte de desejo,
tua segurança no meio de tantos pesadelos,
o teu sonho no meio de tantos devaneios.

Estranho isso,
de querer e não poder,
de amar e não ser amado,
de ter e não querer,
de poder e não valorizar.

Tento buscar nas palavras os sentimentos que em mim eu guardo, tento buscar no vento o oxigênio que necessito, tento buscar em você, todo o amor que tenho para dar.

Sinto tua falta e não sei o que fazer. O meu regozijo é através do seu encanto, seus olhos, seu sorriso, você. Seus toques são como magia espiritual, me trás a paz e a harmonia do momento. E quando estamos juntos, amor, não existe regalias, indecência, pessoas para interferir o suficiente para nos separar.

Tantos clichês na vida
que eu mesma reclamo do mesmo
e então percebo
que não há como fugir
o amor é um clichê.

Repita meu nome quantas vezes precisar, amor, repita meu nome todo o tempo, em todos os segundos, aproveite enquanto pode. Por que como você está, me desvalorizando, vai chegar o dia em que você vai me chamar, gritar por ajuda, mas a única coisa que você vai ouvir, será o eco do meu silêncio.

É incrível a capacidade das pessoas de entrar na sua vida e depois sair, não? Eu mesma fico incrédula com tamanha indecência.
Faz juras de amor, promessas jamais cumpridas e sorrisos amarelos que fazem com que você acredite nas palavras que não tinham fundamento algum, não tinham confiança por detrás das palavras. Não haviam sentimentos algum.
E hoje, por culpa da sociedade, sou assim.
Quieta, fechada e sem muitas palavras.
Pelo menos as palavras não da minha boca, apenas escrevo, para o meu bem e para que eu não me sinta sufocada.

Desapega.
Não faz bem olhar-te e ver-te sorrir
pra depois lembrar-me de que seu sorriso
nunca foi e nem será por mim.

Sou tua fonte de desejo,
sua harmonia,
seu extravaso,
sua amante,
sou tudo,
mas sou sua.

É normal isso?
Viver na esperança do que não há mais chances de acontecer.
Viver esperando o inesperado.
Viver amando o que já não serve mais para ser amado.
Cuidar o que já está sendo cuidado
e esquecer-se de si mesmo.
É normal amar por dois?

EU ACEITO
você por completo
apenas para mim
suspirando
arrepiando-me por inteira
da cabeça aos pés.
Faça-me sua, querido
faça-me ter regozijo através dos seus toques
seus beijos e seus afagos.
Eu aceito viver ao seu lado.
Eu te aceito, amor.