Coleção pessoal de SergioJunior79

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⁠AUTODENUNCIA

Por quê calar e humilhar o adversário derrotado?
Que glória há em fazê-lo sumir, se lutando com todo empenho, só valorizou a minha vitória?
E se ele é fraco, porque impor medo?
Ou estou evitando que descubram a "trapaça", pois estou consciente que de fato, não venci?

⁠⁠Ei você, homem nu, casa sem porta, coroa de pena.
Sabes que não querem seu bem, que o que te detém vem de um esquema?
Pois bem, já faz um tempinho, te empurram no ninho, que te fazem de escudo.
Aproveitam sua pouca instrução, dizem o que serão, te ensinando ser mudo.
Assim como os brancos chegaram, mostraram espelhos e roubaram-te tudo.
Agora, passas na TV, a atração é manter, os seus glúteos desnudos.
Você poderia ser rico, criar o seu filho e porque não seu nico.
Mas algo longe da floresta, destrói a sua festa desde o dia do fico.
Talvez sua vida pacata ai dentro da mata, te impeça o acesso.
Ao mundo em um outro sistema, internet e antena, educação e progresso.
Escuta honorável cacique, inerte não fique, nesse pau a pique.
Respeito seu posto, sua crença, sua experiência, sua meta, me explique.
Para que tanta mata e lama, sem sustento para tribo e para quem tu amas.
Essas terras, oh minha nobreza, de tanta beleza, pode ser Bahamas.
Procure se misturar com a gente, ser independente, venha prosperar.
Não seja mais alvo de ongs como ping pong de quem quer te explorar.
Não se deixe ser uma atração para outra nação, a floresta é o aquário.
Que guarda animais com flechas, em tem po de rifles, o povo Hilário.
Essa mania de cercear expressão, cultura de anão conto do vigário.
É a garantia da grana, de gente que mama, lucra com documentário.
Venha nos ensinar sua cura, que nós te ensinamos cultivar o café.
Embora não falamos a sua língua, queremos seus segredos e te ensinar nossa fé.
Também você, musculo de ferro, resistente ao sol, olhos de candura.
Já percebestes que insistem em inocular, em ti a insegurança por sua pele ser escura?
Pois bem, esse tema nefasto não pode ser lastro, nem escolher-te cadeira.
Não deixem que assim que te vejam, só falem de tranças e de capoeira.
Não que o assunto seja vergonha ou que o tema seja sempre pauta pejorativa.
É que a pele bronzeada é da peaozada e também da executiva.
O marinheiro que te deu duro trabalho, jogava baralho de cartas marcadas.
Porém o momento é outro, a dor se foi no esgoto, é a retomada.
Da força oriunda de uma terra, do vale, da serra, da força oculta.
Do seio que amamentou, sem saber se a criança se tornaria adulta.
Da falta do leite materno, calor do inferno, malária a matar.
Superou tanta dificuldade, chegou na cidade, atravessou o mar.
Porque deixar que os centavos te façam escravos e traga agonia?
Potencia, beleza e ironia, a dádiva da África chegou na Bahia.
E você branco maneiro, que no sol fica vermelho igual ao camarão.
Você, olho de Europeu, junta ele, tu e eu e sejamos irmãos.
Está na hora de se unir sem pinima, menino e menina e os indecisos também.
Que seja igreja católica, espírita ou retórica apenas do amém.
Quem constrói alguma coisa sozinho, sem falar com o vizinho, sem orientação?
Saiamos juntos agora, na nova aurora, todos pela Nação.
Que a divisão das capitanias, se findou já fazem dias, as tordesilhas se sucumbiu.
Agora somos pátria admirada, conhecida e invejada, somos nós o Brasil.

⁠É o apego não volátil a verdade, que refina o caráter e proporciona a ação social oriunda dele, mais efetiva e abrangente.

⁠Um totalitário, absolutista, não é poético ou idealista, ao ponto de nutrir preferências por pólos originários do poder e as consequências na prática. O único desejo dele é o poder.

⁠AS MÃOS DE MEU PAI

As mãos de meu pai possuem calos e visíveis veias.
Mãos que seguraram meus braços, mãos de quem guerreia.
Que doem com os machucados da enxada, da picareta, de capinar terrenos.
De orar por provisão, de chorar quando só Deus estava vendo.
A vizinha se desesperou, matou os filhos e se suicidou, todos tomaram veneno.
Há coisas que nunca me contou, mas muito sofrimento aquele olho já viu.
Corajosas, aquelas mãos construindo a casa, chegou o inverno e a casa caiu.
Frustradas outrora, quando nada tinha para tomar café.
Faltou pão, faltou água e até eletricidade, não faltou a fé.
Nadavam em direção ao barco, para buscar o sustento no mar.
Câimbras musculares, língua embolada tentando gritar.
Socorro! Um barco, dois jovens aparecem e acodem.
Lágrimas e risos de alegria pela vida poupada eclodem.
Aqueles calos acompanhando um olhar para baixo de insatisfação.
O palito de dente, partido em milhões de pedaços, esmagado na mão.
Potente, resistente e exemplar. Um guia, um líder, um norte para imitar.
Foi o resultado, o produto de um labor daquela mão a sangrar.
No remo, na pá, no tijolo e cimento, buraco cavado, é mais um pilar.
Agora não é só início de derrame, braços formigando, joelho a cambalear.
É a guerra dos anos, afetando a rótula, o sangue, mas nunca o sorriso.
Pronto, soldado, amigo, professor se for preciso.
Voa sentado, andando, em minha mente vem me abraçar correndo, assim como o cavalo galopa.
As mãos de meu pai, criaram gaivotas, que voaram do Brasil, tiveram filhotes na Europa.
Lá dói a saudade, onde beira o frio que congela o rio e embranquece a montanha.
Conto para todo mundo, que lá no norte tem sol e praia, boa comida e peixe assado na banha.
E também tenho amigos, parentes, gente feliz, adultos e crianças.
Mas as mãos de meu pai, que me fazem tanta falta, é a minha maior lembrança.

Sergio Junior

⁠VERDE OLIVA

É de fazer tremer, os lusíadas e a Ilíada, até mesmo "o banquete".
O conto que ouvi sobre um povo protegido, pela lei e por cadetes.
De uma terra fértil e longínqua, de léguas que não acabam mais.
Que fora invadida e saqueada, perturbaram a ordem, roubaram a paz.
Nuvem densa de insegurança, povo angustiado, mas destemido.
Se organizaram para expulsar o bandido, que dizia que o povo, já tinha perdido.
Um grupo seleto que em outro tempo, já havia derrubado, rebeldes e imorais.
Apelidados de onça, camuflados, coturno, boina, os generais.
Era a última esperança de resgate, dos princípios e valores.
Pois a terra estava minada, geraram métastases, os tumores.
E se mantinha assim aquela povo, com confiança e uma fé constante e muito viva.
Exigindo quimioterapia, gritando em alta voz: onde estais oh verde oliva?
Eu pergunto se nessa cidade, com tanta gente, que só de olhar já se fica tonto.
A cidade é real, há lei lá, o povo é protegido, ou tudo é mesmo um conto?

⁠PROCISSÃO DA GENTE

O encanto, a chatice, a companhia e o bom humor. A doideira, o grito, o susto, a santidade e o rancor.
Estão sempre no mesmo lugar, na cabeça ou na personalidade da gente.
Que fala, as vezes só pensa, que julga e fazendo ofensas, mente.
Que ajuda, conversa, faz digressão, relativiza e tergiversa.
Gente confusa, ora não quer, jura, reza, faz simpatia e paga promessa.
As riquezas do partilhar, também vem muito do não compreendido.
Do que se tenta ensinar ao coração, mas que não passou do ouvido.
Aceitando debilidades e rindo das maluquices, rindo de piadas sem graça, como se cócegas sentisse.
Evoluir como um ser, aprender a viver e a sentir, entender o pouco tempo que temos e evitar as tolices.
Assim, no estilo "miga sua louca", vamos passando mais um ano, rindo sem pôr a mão na boca.
Fazendo bizarrices, errando e acertando, chorando e dormindo de toca.
Acontece que, a gente, que é tida como doida, ou que não tem quem a mude.
É médico da mente e professor da vida, sabe cuidar bem da alma, tem no riso, a saúde.
Oxalá muitos outros, por aqui passassem buzinando, semeando tal proba semente.
Já teriam nos desempacotado, nos liberado e curado. E nós também, seríamos GENTE.
Sairíamos por aí mais leves, seja por Deus ou Allah, Cruz credo ou ave Maria
A fé viva, noite e dia, seríamos menos doentes, bem mais contentes, até o final dessa romaria.

⁠COMPORTAMENTO DE UM SOBREVIVENTE

Um homem que se doa para um propósito, investe toda a sua inteligência, capacidade e energia nisto.
Alguns insistem mesmo percebendo que ninguém ao redor o valoriza realmente. Outros, no entanto, mudam o comportamento, a atitude em relação ao dilema.
A mudança consiste em não mais se doar tanto, não desperdiçar energias. É como dirigir um carro na reserva, é necessário poupar combustível até o próximo posto.
Então o que se apresenta é um homem, que nega a sua própria identidade. Não porque se corrompeu, mas por perceber que quem com ele convive ou trabalha, não tem cognição suficiente para apreciar o valor dele.
É o método de sobrevivência.
Poucas palavras, frustração visível, falta de empenho e a esperança de um escape.
É fundamental que não se confunda temperamento melancólico com a decisão de não ser mais visto como marionete.
Por essa causa, homens maravilhosos desistem de suas famílias. Funcionários extraordinários deixam o emprego. Pastores brilhantes, abandonam as igrejas e líderes iluminados desistem de projetos.
Tudo se resume em: reconhecimento, incentivo, apoio e valorização do ser.
Às vezes, nosso ego exagerado assasina anjos.

Sérgio Júnior

⁠CORAÇÃO DE FOGO

Pessoas assim, constrangem a gente.
Aflige com duras verdades, sorrisos que mostram os dentes.
Sofrem com dores sinceras, fracos e impotentes.
E nós, mortais: fingindo estar sãos, somos fortes, doentes.
Sobre a falta de filtro, a segurança de expôr a fraqueza.
Lava a nossa alma envergonhada, sem coragem, sem destreza.
Estaríamos nós envenenados, se não tivéssemos eles, no jantar, na nossa mesa.
Nosso jantar do faz de contas, tudo é bom, pura beleza.
E os risos, são espontâneos, de admiração e de aceitação do contraditório.
A riqueza dos laços, tem lençóis sofridos, experimentos nada irrisórios.
Esses corações são fogueiras, chaminés no inverno, brilho e aquecimento.
E os sofrimentos? São lembrados, tratados, e discutidos. Se não nos ensinar nada, vai para o esquecimento.

Sergio Junior

⁠ESQUEÇA!
Sim, esse é o segredo.
Todas agruras, sem exceção, todas angústias, estão diretas ou indiretamente ligadas a memória. Algumas, conscientes, outras, nem tanto.
Você tem a maior capacidade cognitiva deste plano, mas o seu cérebro, sua cultura, seu caráter e sua personalidade, te destrói.
O mundo é tendencioso a dar muita atenção aos doentes, nobre. Contudo, essa atenção é apenas um ato de caridade, que não pode ser eterno. Por isso, você precisa tomar uma decisão: ESQUEÇA.
A arte de esquecer, é uma ação de guerra, de coragem e de resiliência.
Não é fácil, eu sei. Porém, há um horizonte de superação depois da neblina. Eu sou prova viva disto.
É claro que, em determinado momento a solidão vai bater. Alguns pensamentos deprimentes também se aproximarão, e inclusive, pessoas amargas chegarão para te desanimar.
O desafio, é se levantar, secar as lágrimas e encontrar forças. É duro, não vou te negar.
Em contrapartida, você vai encontrar gente maravilhosa, sincera e propositiva, sim, existe sim. Você só não vê porque ainda está infectado com lembranças sabotadoras.
Você é uma pessoa incrível, linda, vencedora. Eu sei que vai dar certo. Quer apostar?
Pare de se enxergar como vítima, mesmo que realmente tenhas sido uma.
A hora de se levantar chegou, esquece esse negócio de "anos de sofrimento", "tempo de humilhação", mágoas de alguém ou feridas que alguém te fez.
É sério, você não pode viver sua vida toda, carregando lixo que alguém te trouxe, está fedendo.
Vamos fazer o seguinte: tira essa cara deprimida das redes sociais, faça sua mente vibrar com alguma coisa nova, inclusive com essa mensagem.
Reaja! Chega! Basta!
Você é o resultado da ousadia e rapidez de um espermatozóide que encontrou o óvulo certo. Você conseguiu.
Não chegastes até aqui para desistir de tudo.
Pega tudo, tudo que te fez mal até agora e, ESQUEÇA!
SAIA DESSA PRISÃO!
Estou te esperando aqui fora.
Até mais.
Sergio Junior

⁠O RECADO
As páginas do calendário são trocadas, novos dias deixam para trás as noites escuras.
Etapas ultrapassadas, metas alcançadas, método entendido, refinado entendimento, mentalidade madura.
Se mostra no espelho, agora um pouco mais preparado, após dos olhos terem sido secados.
A caneta, a pena, a tinha, o papel, tudo estava sendo preparado. Você já tinha tudo guardado, eu era o seu resultado, a mensagem, o recado.
Hoje, a sua mensagem, que já foi traduzida e que fala em outros idiomas.
Sempre guarda com diligência, a receita, se há doença ou algum sintoma.
E segue, com cada informação que ao caminho se soma.
Sua altivez, sua coragem, seu grito, seu genoma.
Sua herança caminha aqui, do outro lado, mas sempre lembrando de ti, nas minhas andanças.
E hoje, nesse dia de alegria, trago minha gratidão, minha homenagem, minha lembrança.
Sergio Junior
Feliz

⁠"Quando tu necessitas fazer ressalvas a cada afirmação tua sobre um assunto, duas coisas podem estar acontecendo:
Ou tu não sabes do que falas e estás inseguro.
Ou existe um cruel cerceamento do "livre pensar" na sociedade em que vives e, tu temes represálias."
Sergio Junior

⁠PARADOXAL
A busca pelo ideário de mundo perfeito onde pessoas estão vivendo em plenitude social, é de fato, ausência de entendimento do que é o ser humano. Dotado de caráter proativo e desbravador, este, vê na inércia e na rotina hermética, uma fórmula de depressão e de tédio.
É natural que um renascentista, iluminista - romântico, acredite veementemente nesta tese e a persiga.
Também o pobre analisa a vida do rico e usa esse mesmo pressuposto.
Aliás, todos quando estão vivendo um dilema, também coadunam com essa opinião.
É que o ser humano é complexo e pueril, analisam a teodicéia e acham que poderia ser criada a panacéia, se esquecendo que, paradoxalmente, no local onde houve a primeira queda, a falha, a tragédia e a traição; era exatamente no paraíso.
No Jardim de Deus.
Sergio Junior

⁠A NUVEM DO MEDO
Haverá em breve lá fora, uma nuvem reincidente.
Querendo pôr no abrigo trancados, não deixando sair.
Dizendo que a nuvem pode matar toda a gente.
Fomentando sentimento de impotência, fazendo muitos desistir.
Alguns que falavam, já não discordam mais.
Agora brigam dentro de casa, todos na mesma mesa.
Parece ter acabado o tempo de sabedoria, de luz e de paz.
Alimentam-se de notícias de morte, de dor e de tristeza.
Se irritam facilmente com quem ousa discordar e sair sem "guarda-chuva."
Quem ignora o pavor imposto e a cínica exaltação dos malfeitores.
Gente que come queijo, toma vinho e planta uva.
Que não cede ao pânico, nem às notícias, nem aos temores.
Não vai chover, e mesmo que chova, é chuva passageira, é um teste.
É um experimento, para observar sua reação, uma nova onda, nova peste.
Doenças fabricadas, vírus fabricados e que precisam ser testados, coisas indizíveis.
Armas de guerra, sim, a crueldade não quer o estrago de mísseis.
A nuvem que quer voltar, já se forma no obscuro, no escondido, lá no fundo.
Almeja o momento em que consiga controlar o mundo, em milésimos de segundo:
Querem levantar o "vento" adequado, para soprar forte, trancar portas de mercados.
Precisando fazer todos ficarem em casa aterrorizados, assim o vento arranca o telhado.
Logo que o vento invade por cima e controla a mente, limita-se a sagacidade.
Ao ponto em que se acredita em tudo que se ouve e se lê, saiu na TV então é verdade.
Ninguém questiona nada, afinal, quem inquiriu, sentiu o peso do vento e a ameaça da nuvem.
Resta ainda a inteligência do respirar e esperar, a paciência de explorar o hiato.
De não se isolar como ilha, de se orientar em família, de brincar com o cão, beijar o filho e abraçar a filha.
Saber que a nuvem do medo esconde um segredo: que o queijo é a ruína do rato e a armadilha é o boato.
Que no fim, a nuvem invisível, acostumada a fazer muro no escuro, vai embora, pois o nascer do sol da verdade a humilha;
Pois a apreensão não faz a estação e, nuvem nunca brilha.
Sergio Junior

⁠PEDAÇOS
Parecem intactos, mas já não são, são feridos e sarados.
Não são perfeitos, apenas se levantaram, não quiseram ficar prostrados.
Alí, no lugar da miséria, da frustração e da derrota.
Decidiram tentar de novo, com outra estratégia, bater em outra porta.
Choram em secreto e se riem em público, para não fomentar depressão, tristeza, sepulcro.
Analisam que em meio a tanto tormento, pavores e incompreensão, viver é lucro.
Não são poucos os que prosperam, no real sentido do termo.
Nada pecuniário, nem moeda ou papel, espírito enfermo andando a ermo.
Mas de sucesso pessoal, social e familiar.
Do tipo difícil de deter, dissuadir ou manipular.
As fotos na academia, nas praças, nas praias e casamentos.
São respostas a si mesmo, exposição do desafio vencido, curativo no ferimento.
São sorrisos cobrindo prantos, novos horizontes, no lugar do desencanto.
É didático, terapêutico e extremamente inteligente, fé, luz, Deus, santo.
É preferível subir nesse barco que navegou em mar bravio e tempestuoso.
Que viveu tempos não herméticos, bando de cabeça dura, teimosos.
Esse povo que perde e que ganha, sabe atalhos, jeitos, falas e manhas.
Que outrora foi reduzido, esquecido, coisa tacanha.
Já venceram só por resistir e enfrentar, derrubar muros e destruir embaraços.
Por arrumar linha para completar a peça, para os sapatos, cadarços.
Por não negar conselhos, empatia, cortesias e abraços.
São esses inteiros antes arrebentados, que hoje animam, alegram e motivam, emendando vidas, doando pedaços.
Sergio Junior

⁠É a estrada se abrindo, a flor desabrochando.
O mal se esvaindo e o melhor da vida chegando.
É mais uma festa, um dia de gozo, depois de uma guerra, sempre há um repouso.
O tempo de espera, de meditação, uma nova era, nova emoção.
A fase de fruta madura, da oportunidade, de conhecer nas agruras, nova capacidade.
Assim seja sempre sua vida e sua graça singela.
Aproveita a navegação nesse seu barco a vela.
Nem a remo para não cansar em demasia, nem a motor para não ser rápido demais.
Que no mar do viver navegues, com sua alegria ilumine muita gente, com ternura e com paz

⁠"Eu sou um avião de chassi africano, cabine cristã, asas da determinação brasileira e turbinas da educação voando pelo mundo. "

Sergio Junior

SUBTERFÚGIO

Um dia, meus olhos estiveram fixos no mar, era fuga.
Via beleza, grandeza e perigos, mas também refúgio.
Era só, tímido e apaixonado, lágrima que o tempo enxuga.
Via as ondas, o vento e a poluição, na cadeira do bar fechado, subterfúgio.
Ao toque da sirene, fim de intervalo, caderno, rabisco, ninguém ouve se eu me calo.
A aula, contabilidade, indiferença e cálculos, saldo?
Desamor e desigualdade.
A sala refletia o mar brigando com o vento, só provocando ondas. Inequanime com barcos pequenos, favorecendo os grandes, maldade. Eram coisas que eu não podia mudar, independente de meu esforço, era só observação.
Assim foi com o céu, o vento e as estações do ano.
Até eu me interessar por pessoas, admirar o adestrado, criticar o inconsequente e entender a rebeldia do cavalo.
A possibilidade de equanimidade é ínfima, mas porque se pode mudar, eu não mais apenas escrevo.
Eu olho, aponto e falo.
Embora exista no povo, exatamente o mesmo que existe no mar e na aula de cálculos, o mar não tem ouvidos.
Eu parei de me importar por quem finge escutar .
Sergio Junior

⁠O QUE ACONTECEU COM A GENTE?
Eu, ainda estou estarrecido com a coragem dos homens atuais.
No oculto planejam suas estratégias de guerra e nas praças falam de paz.
Não conseguem conciliar a situação, a circunstância, com bondade e temperança.
Pelo contrário, só enxergam dor e pregam desesperança, mimados como criança.
Ávidos por aplausos, criam e potencializam casos, desrespeitam casas, inclusive as sem reboco.
Assuntos de cunho pessoal e opinião virando leis de talião, juiz tosco.
Na verdade, é tudo restrição, simplismo, reducionismo e obra de tédio.
Me pergunto se a este tempo, em que adultos já não vão às creches, ainda se consegue doar remédio?
Doentes são ou estão? Estão enfermos todas as etnias e ainda têm gente sã aguardando na fila.
É como se em um exercício de imaginação, se louvasse a sabedoria do pai e ao mesmo tempo falasse mal de sua família.
É só para destilar terceiras intenções, discordâncias e ataques intermitentes.
Aonde vamos parar, onde estão os felizes, crentes e contentes. Os conselheiros pacientes, o que aconteceu com a gente?
Sergio Junior

⁠AULA - É MENTIRA
Você parece estar aqui por acaso, e ingênuo, ainda não percebeu a trama, deixe-me te ajudar.
Está vendo esse set de filmagem?
Ouviu o comando: luz câmera, ação?
Então, os cenários, o enredo, as lágrimas, os gritos.
Espera, você acreditou?
Disfarça, mas é irreal.
É tudo para enganar você, mas a cena é falsa.
Faz você vibrar e se emocionar, mas te aliena quanto a realidade.
Sua inocência é o preço do bilhete.
Agora que descobriu, decida!
Saia ou fique aí fingindo acreditar.
O nome do filme ? "ESQUERDA".
A saída é, À direita.
Sergio Junior