Identidade é um fluxo imprevisível de causa e efeito.
Não entendo o que fiz nem sei o que farei.
Sem o risco de punição, quem se importa de ser bom?
Eu entraria em conflito com todos os eus do passado e do futuro se nós habitássemos o mesmo tempo.
A dor, indivisível, nos isola.
Quem diz coisas razoáveis não tem seguidores.
Povo que não se modera se destrói.
Um deus solitário não lida com remorso, crítica, punição; faltam-lhe outros que regulem seu comportamento.
Há o tempo de lutar e o de render-se, aceite seu destino.
Toda pessoa despreza a época em que vive.
Eu pensava que toda morte fosse igual, mas a minha não faz sentido.
O medo é a lente que amplia o obstáculo.
O estoque de sanidade do cérebro é limitado.
Robôs financiariam nossa inutilidade em troca do Paraíso? Não, eles não cairiam nessa.
Vida é turbulência; equilíbrio, morte.
Tudo que é abundante perde o valor, inclusive a vida.
Ninguém sabia o que fazia, mas todos achavam que alguém sabia.
Existir é um verbo traiçoeiro.
Lamentar a morte é queixar-se da sorte, pois só morre quem viveu.
Percorremos a mesma jornada, uns se iludem mais que os outros, mas a morte nos lembra de que somos iguais – é seu dever.