Tenho um dever com a chama que me foi passada, enquanto houver alvorecer, não me faltará estrada.
Não transforme um trauma num salvo-conduto para se destruir.
Eu a compus, dei-lhe tudo que me faltava, é uma personagem, só que real; agora o que lhe dei faz-me falta.
Erramos o tempo todo, mas o erro fica superdimensionado quando coincide com uma ruptura.
A vida deixa as pontas soltas – para ela, tanto faz.
Ela nem me deu a chance de consertar a mentira.
As próximas gerações nada decidiram, mas pagarão a fatura.
Toda vida tem sua tragédia particular.
Se alguém crê numa ideia, outra perde prestígio e quer se vingar – e as crenças nos controlam.
A vida dele foi longa e solitária, embora ele a considerasse breve e animada – viveu na ilusão de ser feliz.
O tempo deixou Uruk para trás, mas tudo que você fizer estará conectado a vidas anônimas, convertidas em areia.
Quantas ambições ficaram retidas nas camadas de barro? A vida nos usa e nos descarta.
O indivíduo deve renunciar a uma parcela de liberdade para viver em grupo.
Esferas concêntricas de ilusão enjaulam a mente, quem supera um nível fica preso em outro.
A marca de mão na caverna foi a primeira tentativa de enganar a morte.
Se está infeliz, não culpe a vida, troque de ilusão, não custa nada.
Buscamos o absoluto, algo que permaneça imutável entre tanta desordem.
Imagine a aflição de um furacão que quer controlar a atmosfera e, apesar disso, precisa viver.
Nossa mente quer controlar o mundo, mas a vida é instável; a angústia vem dessa contradição.