Coleção pessoal de SelfCareAgain

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Nos primeiros anos de minha juventude, só me seduziam as bibliotecas e os bordéis.

Enquanto preparavam a cicuta, aprendia Sócrates uma canção na flauta. “Para que te servirás? lhe perguntaram.” “Para sabê-la antes de morrer.” Ouso recordar esta resposta que os manuais banalizaram, pois que ela me parece a única justificação séria da vontade de conhecer, que se dá até mesmo às portas da morte ou em outro momento qualquer.

Impossível chegar à verdade através de opiniões, pois toda opinião não passa de um ponto de vista louco, sobre a realidade.

Só vivo porque posso morrer quando quiser: sem a ideia do suicídio já teria me matado há muito tempo.

Esperar é desmentir o futuro.

Só tem convicções aquele que não aprofundou nada.

A timidez, inesgotável origem de tantas infelicidades na vida prática, é a causa direta, mesmo única, de toda a riqueza interior.

Existo onde não penso

Brincadeiras não existem.

Todo prazer é erótico.

A crença em Deus subsiste devido ao desejo de um pai protetor e imortalidade, ou como um ópio contra a miséria e sofrimento da existência humana.

Quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, se convence que os mortais não podem ocultar nenhum segredo.
Aquele que não fala com os lábios, fala com as pontas dos dedos: nós nos traímos por todos os poros.

Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.

Existem infinitamente mais homens que aceitam a civilização como hipócritas do que homens verdadeiramente e realmente civilizados, e é lícito até perguntarmo-nos se um certo grau de hipocrisia não será necessário à manutenção e à conservação da civilização, dado o reduzido número de homens nos quais a tendência para a vida civilizada se tornou uma propriedade orgânica.

Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos

A sede de conhecimento parece ser inseparável da curiosidade sexual.

O homem enérgico e que é bem-sucedido é o que consegue transformar em realidades as fantasias do desejo.

É quase impossível conciliar as exigências do instinto sexual com as da civilização.

A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos.

A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da civilização humana.