Coleção pessoal de SELDA28

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E agora José ?
Se este é o paraíso, ainda não sei
Encantei-me e já me adentrei
Nesta chuva já me molhei
Dei e me lambuzei
Gostei, pedi bis
Está-se certo ou errado
Fui eu que assim quis.

E agora José ?
Surge assim do nada e encanta-me!
Com um sete um convincente, leva-me
De mansinho aos meus ouvidos, estremece-me
Tira-me do sério, entrego-me

REFLEXAO

O abraço é o irmão mais próximo do amor em união
Quando incondicional, é confiável aos nossos corações.
Sem fianças, sem taxas e sem cobranças entre si.

REFLEXÃO DA VIDA

O olhar tem a ousadia do desvendar segredos
É tão sábio quanto presente em afirmações
Dispensando palavras soltas sem conexões

REFLEXÃO DA VIDA

O susto às vezes declinam nossos corações
Desequilibram-nos ou nos trazem emoções
Somos parte de um todo com virtudes e defeitos
Quando assustados somos deveras indefesos

REFLEXÃO

O tropeço faz parte de nosso aprendizado
Abrilhantam-nos quando de fato aprendemos
Errar é uma escola dos consertos aos acertos
Que nos enaltecem quando subentendemos

O PODER DAS PALAVRAS

Certamente boca calada não entra mosca
E quando entra destrói todo o organismo
Bendito é aquele que bem sabe escutar!
E que aterrissa suas bocas sem retrucar

O PODER DAS PALAVRAS

O poder das palavras pode ressuscitar,
quando ditas ao vento sem interrupções
E uma praga que pode bendizer ou maldizer,
qualquer um nestas errôneas interpretações

CRUZ

Solidão me maltrata nesta conjunção errada
Tira de mim o abraço do amor desejado
Coroa minha cabeça num presente tão amargo
Deitam-me em leito por mim renegado

ATITUDE

Estamos vivendo num mundo dos sentidos
Sentidos pelos sentimentos e pelas conquistas do mesmo querer
Atitudes faz parceria à evolução humana de forma firme, ativa e concreta.

ATITUDES

Sem sentido não se vai a lugar algum
Sem coragem o mundo te rejeita
Os bêbados caem pela falta do existir
Os sóbrios alargam-se pela vontade de subir

ATITUDES

Nem um rumo se toma sem atitudes
As ruas são retas, sem esquinas da vida
Os morros esquentam a cada subida
E as descidas são apedrejadas pelo vento

POBRES MORTAIS

Em tempo limitado... Bateu a sua porta!
Cobrou-lhe todas as dívidas
Que só a morte lucrou

POBRES MORTAIS

Somos nós, seres humanos!
Pobres mortais que o acaso fez nascer...
E caminhou contigo em vida.

PRAZER

Sem forças me entrego ao seu abrigo
Fecho os olhos ,me deleito com seu riso
Amor bendito que me deixa sem sentido
Espairece minha mente neste paraíso.

PRAZER

Esta voz que chega devagar
Para me atentar , me enlouquecer
De mansinho chegam aos meus ouvidos
Diz coisas que me deixam em perigo

SAUDADES

Olho o tempo sem espaço para nós
Entristeço-me pelo abandono sofrido
Meu coração cansado e desfalecido
Isolou-se neste estupefato interdito

MINHA VIDA EM VERSOS

Nas minhas andanças de tempo criança
Da vida extinta sem abraço e sem afago
Solta no mundo vivendo o perigo dos náufragos

MINHA VIDA EM VERSOS

Como ondas do mar às vezes sem lugar
Destravada e com trejeito rezo meu terço
Vim do sertão e dos matagais sem berço
De bem com meu canto, credo e tradições

MINHA VIDA EM VERSOS

Nas minhas genéticas obscuras sem conexão
De professor adotei a vida informal
Através dos cantos e das almas sofridas
Dos louvores e das labutas de vida.