Coleção pessoal de segredoproibido

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Blair: você parece um namorado ciumento.
Chuck: tá certo, você bem que gostaria.
Blair: não, você gostaria.
Chuck: por favor, não se esqueça com quem você está falando.
Blair nem você. você... gosta de mim?
Chuck: defina gostar.
Blair: você deve estar brincando! eu não acredito nisso.
Chuck: como você acha que eu me sinto? não dormi, me sinto enjoado, como se estivesse algo no meu estômago.. agitando.
Blair: borboletas? não, isso não está acontecendo.
Chuck: Ninguém está mais surpreso ou envergonhado do que eu.

Continuo rezando todas as noites por você e, sem perceber, estou dizendo: "Deus, protege o meu amor", como por instinto. Porque você é o bem que eu quero que nenhum mal atinja. E amanhã ou depois, se sorte eu tiver, serei tua de novo.

Eu quero ser o teu problema
Eu quero ser o teu problema. Nada de amor heroico, bonito e comovente. Deixo as filosofias otimistas para quem acredita nelas. Eu quero ser a tua insegurança, o teu objeto de desejo que te faz achar que você só tem defeitos- e certamente que não me merece. Eu quero ser o amor intruso, entrão, inconveniente; invadir o teu pensamento quando um amor menos complicado teimar em se aproximar. Eu quero ser quem te faz procurar terapias; quero ser relatado a um psicólogo. Nada de rendas brancas, vestidos de noiva, taças cruzadas.
Eu quero ser quem te faz sair dos lugares comuns, abandonar jantares importantes e festas com seus melhores amigos. Eu quero ser a ligação às três da madrugada e te confundir inteira quando você achar que já não quer tanto assim. Também quero ser o telefone que não toca no dia seguinte. Eu quero ser tuas unhas roídas, tua mania constante de mexer no cabelo, tua síndrome das pernas inquietas. Eu quero ser a resposta monossilábica para tua declaração. Eu quero marcar um encontro, uma conversa, um café e, de última hora, desmarcar- e no próximo possível encontro, você vai me esperar outra vez. Nada de fotos, flores, músicas de nós dois.
Eu quero ser o teu eterno caso, a lembrança que você lamenta. Eu quero deixar explícito o meu descaso e te ver, ainda assim, se importando comigo. Eu quero te desfilar como um troféu perante aqueles que um dia te quiseram e, em casa, te colocar no lugar mais ignóbil de minha estante. Eu quero ser as cartas que você não consegue jogar fora; a mentira que você não se cansa de acreditar; a saudade que emudece.
Eu quero ser os textos que você escreve de madrugada, tua tentativa desesperada de não enlouquecer. Quero ser a tua insônia, a tua insanidade. Teu susto, teu único assunto. Você Julieta, eu Romeu que não morreu. Eu quero rir da hipótese de um futuro nosso e ver você me odiar por um minuto- e depois continuar me amando, porque isso é imutável. Eu quero ser as perguntas que você evita se fazer. Quero ser o seu medo de não aguentar.

Eu quero ser o teu problema, garota. Não por capricho, não por um motivo pífio. Eu quero ser o teu problema desde que você se tornou o meu.