Coleção pessoal de sebaloco
Se esforçando para ser cada vez mais escroto e fosco,
seguiu em sua caminhada chata e sem emoção,
olhou ao redor e viu que já estava despercebido,
sentou-se em meio ao público, num canto escuro,
um cigarro e uma dose de surros,
colocou o mundo no mudo,
e se fez uma questão: Onde irei chegar?
Não segue tabelas nem regras,
alias se diverte com elas,
assistindo a todos passar,
de lá pra cá e cá pra lá,
gargalhou e pensou: Não vão levar nada!
Corrida insana, tempo e grana,
trabalho e descaso.
Quantos corpos sem alma,
apenas seguindo a estrada,
passaram por lá e nem viram a paisagem,
esperando somente o fim da viagem.
Chegaram lá e perceberam,
que todo aquele desespero,
por fama e dinheiro,
os tomaram toda a magia e vida
que Deus proporcionara.
Quer saber o que penso?
Regras são para idiotas, que não sabem se comportar,
não digo mal comportamento por mal costume,
sim por quando estão sozinhos, ficam sem sentido,
sem ninguém a seguir, acostumados com a tabela de ditados que já nos pregaram,
esqueceram da voz do coração,
aquela que diz 'vai e faça!',
mas por medo das vozes alheias,
preferem calar a voz do coração e seguir o destino.
Maldito destino, tão injusto,
já foi escrito. Não acredito,
então por que estamos aqui?
Trabalhar e produzir?
Sofrer, comer, ocupar, comer,
a vida é mais que isso.
Morrer sem ser feliz,
nunca fez o que quis,
deixou se levar.
Amigo a vida é uma.
Prazer em sentir o cheiro da rosa,
seja delicado, qualquer aperto e ela chora,
um belo sorriso e eu te dou meu coração,
cuidado por que ela tem seus espinhos,
mas não te machucará se você oferecer o seu carinho,
suave e bela, guarda o segredo universo
em seu olhar assassino.
Este rumo que não muda,
remando contra o vento,
direção estado mental,
normal ou anormal,
deixei de lado toda a parada,
origem e destino,
pensando somente onde finquei as estacas,
passado é lixo, já não volta e nem voltará,
futuro, ilusão doce e perdida de onde queria estar.
O presente, este sim é a realidade,
isto é o que me interessa,
sempre o mesmo, nunca o mesmo,
cada vez mais rápido e ligeiro,
treinei minha esquiva,
para escapar do que não presta e me amarra,
a vida é uma só!
Não dormirei na minha jornada,
apreciando cada paisagem que o tempo mostra,
todo prato e tempero,
todo amor e respeito.
A guerra não acaba nunca,
e mesmo debaixo da terra,
voltarei para lutar.
O tempo mostra tudo,
recolhe o lenço que cobre a cama,
se está errado, pode ter certeza,
um dia ela vai chegar!
Vem bem devagar,
pra não assustar,
não adianta correr,
tampouco se esconder,
ela vai encontrar!
Todo o dinheiro no bolso é pouco,
não veio atraz disso,
só quer você.
Realmente achou que os seus atos sairiam barato?
Tolo você,
maldade pós maldade,
se alimentando de desgraça,
no ódio encontra graça,
uma hora tinha que párar.
Chegou, chegou!
Chorou e chorou,
se lamentou, e apontou o mundo.
O Mundo é teu espelho,
o que você fez volta pra você.
Eu quero dormir bem,
tantas tarefas, corrida intensa,
o são ficou louco,
a ganancia se confundiu com ambição,
e não quero seguir por essa linha!
Quando o santo é forte,
ele pesa por estarmos seguindo errado,
produção a milhão,
sustentando filhos de deputados,
assaltos sem armas,
tudo muito bem registrado,
porém não perceptido.
O instinto animal, cadê o nosso faro?
Lindo, garboso e fino com uma roupa de etiqueta,
feio, chato e escroto sem uma roupa de etiqueta,
sou o que tenho, não o que sou.
Fácil falar de que não precisa de dinheiro quando a carteira tá cheia,
há quem diz ter muitos amigos,
não sabem quem os rodeia,
puxa-saquismo de primeira.
Onde você vai?
Todos querem saber,
assistem friamente sua frustação,
uma nova piada que você não acha graça,
você é a piada!
Fecho meu olhos sem conseguir dormir,
me revirando por toda madrugada,
quando é que você volta pra casa?
Me procurei por continentes e oceanos,
olhei debaixo do tapete,
só encontrei a sujeira que deixei,
como posso ter me perdido?
Promessas e compromissos,
não cumpridos,
nunca vai mudar!
Alegria na embriagues,
no bar você é freguês,
me ensina como faço pra destilar uma boa cachaça.
Poder de ver atraves de universos,
a um palmo do nariz não consegue enxergar,
com faca eo queijo na mão,
demorou tanto que deixou o queijo estragar,
não vai mudar,
seguirei meu rumo,
uma bússola quebrada,
uma garrafa, sacola de roupas sujas,
não, não encontrei meu lugar.
Homem robô, você fará o que quer?
Ou o que esperam de você?
Será que o que você quer é o que mostraram a você?
Amor e ódio caminham de mãos dadas.
Homem robô, não se esqueça de bater seu ponto,
tome seu café e então produza,
veja uma mulher que te seduza,
mas você nunca vai a ter.
Homem robô, não chore, não mate e não roube,
coma, beba, fume e durma,
não se esqueça de obedecer a programação.
Homem robô, impostos são bons e gente do bem paga,
não se preocupe com as trágedias diárias,
os dias iram melhorar (ou não).
Homem robô, quem tem dinheiro merece respeito,
não importa o que tenha feito,
a liberdade é algo que se pode comprar.
Você já fez sua poupança?
Vai herdar alguma herança?
Ganhou na loteria?
Me desculpe, homem robô, não há vagas para você,
volte outro dia.
Tristeza bateu em meu coração,
notícia ruim vem a jato,
ainda não deu nada errado,
mas pelo caminho é possível notar onde vai chegar.
Vendeu os seus dias por ilusões do mundo,
com uma bússula quebrada,
a mente cada vez mais fraca,
dando sorte ao azar.
Díficil é só assistir a cena,
o dragão engole o herói,
isso me dói,
mas foi o trilha que ele quis seguir.
O mesmo sol que brilha em mim,
brilha em ti,
aproveite-o, agradeça e se faça sentir,
o que é teu, chegará a ti,
só não vai te encontrar,
se você estiver em outro lugar.
Fique bem!
Vi algo novo em uma antiguadade,
tinha um gato brincando com uma lã,
são coisas corriqueiras que a olhos acostumados passam despebecididos.
Um novo sentido pra minha vida.
Um nó tão bem dado, soltou facilmente,
e eu percebi que a vida tem que ser vividada
como uma música sem refrão,
os dias são iguais, ou talvez não.
Você riu do tropeço que eu dei,
fiquei sem graça mas nem liguei,
errar é parte do aprendizado,
não vou ficar trancado no meu quarto.
Sinta a positivadade na atmosfera,
no lixão o sol brilha, assim como na Inglaterra.
Pensar na oportunidades que você perdeu é desanimador.
Ficar pra baixo também é chato,
o que passou ficou no passado,
o futuro se constrói no presente,
por isso sinta-se contente,
a cada dia é uma nova história que você escreve.
Nota de um louco sem saber seu caminho na terra!
Não sei o que me espera, nem o porque de caminhar descalço sobre pedras,
só quero encontrar meu lugar no mundo!
Alguém um dia me disse, mas minha intolerancia me deixou surdo, vivo sonhando acordado.
Sei lá, talves até pareça desesperado, já estou cansado,
trabalho, trabalho e mais trabalho, trabalho tanto que não consigo olhar pro lado, só faço aquilo para que fui doutrinado, as vezes acho que a vida tem outro sentido!
Amizades sem amor, homem sem valor, onde será que eu estou?
Perdido no mundo, em meio a vários absurdos, só não dá pra viver calado.
Dizem que a vida é só começo mas se já comecei errado, qual será o resultado? Eu também não sei, entre erros e acertos eu faço a minha parte, só sigo devagar, cada pé em seu lugar, sem aumentar muitos os passos pra não cair e tropeçar. E se isso acontecer, não irei me aborrecer, não dá pra subir quando se está no topo, mas se estiver no chão levante e comece denovo.
Que nem alma penada vagando pelas ruas,
escrevendo notas sobre coisas que ninguém escuta.
Morrendo a cada trago ou gole,
andando sozinho para que não me roubem a sorte,
de sozinho estar.
A cada palavra escrita é um demônio que se aquieta,
buracos e pedras, não tenho com quem reclamar,
me deixe sozinho ou me traga um taça de vinho e poderemos conversar.
Dedos sujos, vocabulário imundo,
vista grossa ao mundo, me deixe por cá,
não me juntarei ao grupo,
o dragão no escuro, só sai para se alimentar.
O vento leva, o vento traz,
segundos somam dias,
e ela me dizia,
que eu deveria me cuidar.
O que pensar?
Amigos desaparecem,
o copo esvaziou,
sozinho aqui estou e
sozinho irei ficar.