Coleção pessoal de schmorantz
Quem gosta de escrever é um viciado
não consegue mais deixar,
se lhe falta o papel
falta-lhe o chão,
se lhe falta a letra,
falta-lhe o ar...
Errado ou certo
importa que quando
sua alma ria ou chore
haja sempre uma
caneta por perto....
Mãos dadas
Quando nossas mãos se tocam
Ao caminhar na beira-mar, vem
Logo um gosto de casa, de calor
Das coisas feitas com amor...
Quando nossas mãos se encontram
Há luz no caminho que percorremos
Céu e mar ganham tons de rosa
E o coração fica em paz....
Quando nossas mãos se entrelaçam
O universo conspira em silêncio
Protegendo-nos de todo o mal,
Guardando este amor para sempre...
De mãos dadas você é meu guia,
É uma alma que abraça outra alma,
Para amar e ser amada,
É tarde cinza de inverno
Que se ilumina na beira mar....
Sinto o vento do mar soprar em meu rosto
Fecho os olhos para senti-lo tocar minha pele.
Seria este vento invisível a mão de Deus?
Acho que sim...
Todas as grandes mudanças na minha vida
Foram precedidas por um vento vindo não sei de onde,
Como quem sopra as velas de um barco
Que precisa ir mais longe...
Seria o vento o destino?
Levando este barco para novos lugares?
Talvez eu seja o próprio vento,
Porque nem todos vêem o vento
Assim como não vêem a mim,
Mas me alcançam pelas palavras,
nesta busca infinita
De mim mesma...
Talvez o vento venha para juntar meus retalhos,
Para depois contar histórias de vida,
De vidas tantas que suavizam o cansaço, e
Que me protegem feito manta colorida,
Embalando sempre meus sonhos.
Não sei bem falar de amor, mas
Hoje quero dizer que valeu a pena
Conhecer você...
Valeu a pena deixar que o destino
Tramasse este encontro e que
Valeu a pena ter correspondido ao
Primeiro impulso...
Valeu a pena ultrapassar minhas barreiras
Não ter acreditado em besteiras e
Ser tua nova parceira na vida...
Quero a cada despertar
Te ver me abraçar...
Para te amar a cada dia que nasce,
A cada noite que chega, pois
Em ti descobri minha essência,
E te amar tem sido
Minha melhor experiência....
Senta-te ao lado do meu silêncio.
Não me abraça agora, mas
Escuta as ondas e o meu silêncio...
Senta-te comigo,
Sente o cheiro da maresia e olha
Mar e céu fundidos nesse intenso azul.
Deixe que eu respire o perfume do mar
Pressentindo o calor da tua pele
Sem ainda te tocar...
Deixa que eu perceba o bater do teu coração
Misturando-se ao vai e vem das ondas...
Deixa-me voar em pensamentos
Sem tirar os olhos do mar,
Espera o vento cálido chegar
Para então dizer que me ama...
Ate lá me deixa ficar só assim,
Sentindo a tua presença e o mar
Depois falaremos de amor e mais nada....
Um dia nossos corações se cruzaram
e já era possível pressentir essa sensação de felicidade,
pois sentimentos são como a bruma de uma cachoeira
Fluindo em uma vida inteira..
Sentimentos são liberdade, o cantar de uma paixão,
Uma pontada de felicidade, num cantinho do coração..
Sentimentos são luzes contentes,
Carregadas de um brilho diferente
A face de um lindo sol poente...
Cinco meses juntos... e se reduzir fosse possível
As palavras em uma canção, sentimentos seriam algo plausível
Alem de pura emoção...
Eduardo:
Eu te amo
Em todos os ventos que cantam,
Em todas as sombras que choram,
Na extensão infinita do tempo
Até a região onde os silêncios moram.
Com todo carinho do mundo mando-lhe estas flores,
pedindo a Deus que por todo tempo ilumine os nossos sentimentos
para que nesta vida sejamos eternos namorados...
Estendida e silenciosa dorme a noite,
Serenidade outonal que paira sobre o mar.
Noite que abraça a terra em singelo amor,
Lentamente na aragem fresca dos dias...
Serena e descalça, percorro os olhos na noite
E ate que se faça o frio, falo com as estrelas.
O olhar vai sendo acariciado, seduzido,
Iluminado pela mansidão desse negro manto.
Noites serenas, sem vento, sem frio, sem calor.
Noites suspensas numa pausa mágica, celeste,
Vozes que se fazem murmúrios na brisa que vem do mar...
Noites serenas de sonhos e canção,
E ate que um novo dia rasgue esta serena solidão,
Quero ficar recostada em plácido silencio,
Perdida em sonhos nesta noite de outono...
Se alguém me perguntar o que ainda me faz feliz,
vou somente responder:
Sentir o calor do sol no meu rosto.
Escutar de olhos fechados os sorrisos
e as vozes das pessoas que se aproximam,
Olhar o mar pela janela do ônibus,
Viajar nas páginas de um livro.
Conhecer o amor na força de um beijo.
Saborear um café bem quente.
Acreditar em Deus e enfrentar a vida,
Mesmo que sem esperanças às vezes...
Relaxar num banho quente.
Sentir o perfume de lençóis recém lavados.
Contemplar o pôr-do-sol da sacada.
Passear de mãos dadas.
Namorar o Eduardo.
Um sorriso de paz.
Hoje ao acordar senti tua falta,
senti que sem você aqui, nada parece inteiro,
pois faltam os teus olhos cuidando do meu dia,
O teu sorriso, refletindo o meu sorrir.
O teu carinho, saciando minhas vontades.
A tua presença, completando tudo em mim.
Você entrou no meu coração de repente,
e em tão pouco tempo, entrou por inteiro,
Transformando tudo em silêncio,
Sem nada pedir, sem nada avisar,
sem medo da minha recusa.
Acomodou-se em meu coração de um jeito sereno,
e quando percebi, já estava te amando...
Por isso tudo
Sinto saudades de você ao acordar,
e esta saudade se arrasta o dia todo,
porque é você quem me devolve a vida a cada manhã...
É ouvir a tua voz, sentir os teus lábios e o teu colo aconchegante,
É estar no areal junto ao mar e observar a lua em noites de frio.
É olhar o céu e saber que cada estrela é um beijo teu
Segurar as tuas lágrimas de doce sal com o meu coração.
É ler contigo os poemas de todos os poetas.
Andar numa noite de Inverno pelas ruas desertas de volta para casa.
É dizer na mesa de um café as palavras certas
Transformar esse local nas nossas rimas de amor.
Amar…
É tocar estrelas sem sair do chão,
Tocar na essência do tempo, entre o certo e o incerto,
Entre o dar e o receber...
Fechar os olhos e aprender a voar...
Amar é envelhecer querendo te abraçar.
Nas tardes de Maio as horas circulam pela nossa vida como o vento circula pelas montanhas, arremessando coisas, suavizando outras, às vezes refrescando o dia, denunciando temores ou realçando a beleza, tudo sem que se veja, mas sentindo-se plenamente.
As horas passam pela nossa vida e difícil mesmo é colher delas a verdadeira dimensão, saber o quanto são únicas.
As tardes de maio morrem devagar sobre o olhar sereno, como deveriam ser todas as mortes.
Na doçura da tarde, os pássaros de inverno bordam as direções do olhar, dispersando
aqui e ali as melhores intenções sobre o que deverá ser a felicidade ou a liberdade servida ao ritmo natural das estações.
Como num tecido muito artesanal, as tardes de maio bordam o dia no coração,
na esperança de ter algo melhor para ser ou oferecer ao instante seguinte,
nesse maravilhoso mistério da vida.
Adormeço nesse oceano que me cerca
E suave como um crepúsculo a solidão arrebata minha alma.
Então escrevo...
Escrevo para quebrar a solidão dos meus dias
Abraçada neste mar de estrelas que entra pela janela.
Escrevo sem rimas, sem cuidado, sem nada...apenas escrevo
Buscando acalmar a solidão da alma ...
Escrevo para provar o sabor do vento, para ser chama,
Para encontrar a calma, mesmo que distante.
São devaneios noturnos, coisas loucas que se sente,
Então escrevo...
Palavras para uma carta, na garrafa a ser lançada no mar,
Uma mensagem deixada a própria sorte
Para atravessar o mar...
Este mar de solidão...
Dia de meditação, sentimentos misturados,
Saudade, amor, ternura...
Vazios de alguns dias, plenitude de outros.
Lembrei de conversas bobas,
Dos sorrisos cúmplices,
Do ato de compartilhar...
Tentei sorrir como em outros dias
Mas não consegui parar de pensar...
Longe e perto ao mesmo tempo,
são dos momentos simples que mais sinto falta.
Vou reaprender a conviver com a realidade,
Fazer desta saudade uma arte...
A arte de sentir a brisa, de sentir o sol de inverno,
De ouvir a chuva cair sem que estejas aqui,
De olhar o céu e fazer amor por telepatia
Com as lembranças que tenho de ti...
Não ligue, não se importe, porque te amo
Isso tudo é porque hoje
Meu coração está na mão da saudade...
Escrevo-te, para quebrar a solidão dos meus dias,
para espantar a solidão das minhas noites,
abraçada nesse mar de estrelas que entra pela janela.
Escrevo-te na busca da perfeição,
na onda distante que a alma agita,
como um poema sem rima.
Escrevo-te porque hoje me deixaste só,
sem a luz que ilumina a minha alma ainda triste,
a companhia que na distância procuro.
Escrevo-te, embora te sintas magoado comigo,
escrevo-te simplesmente por instinto,
pelo sabor que provo no vento, pois tem teu gosto quando que me toca.
Escrevo-te para que saiba que, mesmo em silêncio,
desenho-te sabendo-te de cor,
como se ainda não tivesse desistido de mim.
Desistido de me entender e de me amar.
Escrevo-te inventando gestos e carinhos,
para que sejas real nos sonhos
da noite que não consegui dormir, e,
escrevo-te, mesmo sabendo que já não me sentes,
ainda assim te escrevo,
com todas as fantasias que conheço,
buscando em cada palavra pedir perdão,
perdão pelas minhas ausências,
pelas minhas ansiedades,
por não ter sabido demonstrar o amor que sempre tive.
Fazer amor é andar por
Caminhos da alma
Com o toque de um beijo
Sem pressa...
Sentir o roçar da mão no ombro
Daquele que caminha ao lado,
Acordar sempre com um
Eu te amo,
Renovado e sincero...
Ver juntos o por do sol,
Em silencio ler um livro
Numa velha poltrona..
Fazer amor é pisar na eternidade,
Fazer estrelas e sentir
O perfume das manhãs,
Sorrisos de sol,
Olhos de mar...
Fazer amor é realizar sonhos,
Viver na consistência do céu...
Deixaste minha alma livre
Para voar com o vento por
Sobre montanhas e mares...
Minhas alma livre e solta
Percorreu caminhos
E veredas distantes...
Vagou entre as estrelas
Visitou a lua cheia...
Povoada de sonhos era
Tecida de esperanças e luz...
Quis ganhar o mundo
Vencer amores e dissabores...
A mesma alma hoje volta
Desta longa jornada,
Não mais inveja o infinito
E se entrega a poesia
Como o verbo que voa livre
Porque livre não e minha alma
Mas os versos que faço....
Eu queria ter feito um poema diferente...
Diferente de todos que já li.
Queria ser poeta não para dizer o que já vivi,
Mas para falar de sonhos sem pressa,
Fazer um retrato da alma,
De uma alma que não pertence a um dono
Mas integra-se na natureza,
Dilui-se no mar...
Queria cantar sentimentos
Que me brotassem na alma e
Trouxessem a calma perdida...
Queria ter escrito um poema
Mas fiz rabiscos sem rimas,
Brinquei com as palavras,
Depois fiquei tão cansada
Que adormeci sonhando contigo.
Descobri fechando os olhos que
A poesia não estava na letra morta
Mas no cheiro do teu corpo ao meu lado...
Esquecer é duvidar da existência de sonhos,
é como sentar e escutar o mar, na solidão e
pensar que se pode apagar a beleza
apenas com um fechar de olhos...
pensar que a vida é tão somente correr
sem olhar para trás...
Onde ficam então aquelas palavras de ternura
Que se escreve no fundo do coração...
Não sou mais um local deserto esquecido
Pois fica a felicidade que sentimos ao saudar
os parceiros desta longa caminhada...
Estranhas amizades que temos
Hoje soltas como suspiros ao vento
Lembranças que partem a alma
Pela consciência do impossível...
Da janela vem um sopro morno
que muito bem pode ser choro
ou qualquer coisa que venha de dentro
como se no mundo vivesse fora...
da mesma janela aberta chega
uma luz de fim de tarde,
um ruído de crianças brincando,
um cheiro de café recém passado,
uma queixa sem convicção e
pássaros que voam nostálgicos...
Coração bate baixinho, quase nem se percebe,
Recordações se perdem em pensamentos,
Entra o vento pela janela aberta,
O espírito eleva-se ao inconsciente
Para que as almas possam se encontrar...
Estas lindas noites de verão deixam perfumes no ar, aqueles que ficaram gravados dentro da gente. No calor destas noites viajo no tempo, lembrando de outras noites quentes e mágicas impressas na alma....
O perfume da dama da noite se espalha no ar, desligo as luzes e vou sentar-me à janela, ouvindo esta musica ao longe... Fecho os olhos e posso sentir toda aquela energia, fico a sonhar ate que uma lágrima liberta cai no meu colo e um sorriso de saudades se esboça no meu rosto.
Sonho...essa porta dissimulada da alma, que se abre diante dos cheiros de uma noite de verão, da magia do luar, iluminando a cálida noite, traçando linhas no tempo....
Ah, essas noites quentes, estreladas e mágicas de verão...