Coleção pessoal de sandylopes

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Para se dar bem na vida se balance. Pra se dar mal também. Mas parado, não chega em lugar algum.

O diário de uma interesseira

Ele: O que você sabe sobre o amor?
Ela: O suficiente.
Ele: Você não sabe nada. É uma medrosa.
Ela: Medo? Eu tenho mesmo.
Ele: Medo de mim, de você e do amor.
Ela: Eu tenho medo é de acabar minha vida numa pia lavando louça.
Ele: (Risos). Não vai acabar dessa forma, mas também não vai acabar do meu lado.
Ela: Eu posso conviver com essa informação.
Ele: Você não entende. Eu não vou poder amenizar sua queda.
Ela: Eu só quero que você amenize meu bolso.

O diário de uma apaixonada

Ele: Eu te acho tão...
Ela: Seja lá o que for, não diga.
Ele: Tão linda!
Ela: Você faz tudo errado.
Ele: É que eu não sei o que fazer.
Ela: Imaginei. Faça como sempre, vai atrás de outras.
Ele: Tá vendo, isso é chato. Você não é como as outras.
Ela: Então, eu devia ser?
Ele: Não foi isso que eu quis dizer. Tudo o que eu falo ou faço, é errado.
Ela: Não se culpe. O erro, está em mim. Eu gosto demais.

O diário de uma interesseira

Ela: Eu daria tudo, mas tudo mesmo.
Ele: Acho bem difícil você fazer isso.
Ela: Por quê?
Ele: Porque tudo foi muito caro.
Ela: Então, eu daria metade.
Ele: Também acho difícil.
Ela: Mas por quê?
Ele: Porque você precisa de tudo.
Ela: Você está certo. Eu realmente não daria nada por você.
Ele: É, eu sei. Mas eu daria, eu daria tudo.
Ela: Sério? Então dar tudo pra mim?

O diário de uma apaixonada

Sabe, ontem a rua estava que nem formigueiro de gente e eu me senti só. Sabe, ontem eu fui numa entrevista de emprego, o cara perguntou se eu tinha algum defeito, respondi que eu não sabia falar inglês. Sabe, ontem minha família disse que eu não estou nesse mundo, e na verdade, estou mas como nunca estive. Sabe, ontem após sair do banho, eu fui pra frente do espelho e desejei tanto que você me visse. Sabe, ontem eu não dormi bem como todas as outras noites.
Sabe, não, você não sabe! Porque se soubesse você não consegueria viver normalmente.

Tem gente que quer.
Tem gente que quer demais.
Tem gente que quer além.
Tem gente que não consegue viver sem.
Engraçado.
E quem tem...

Já dizia projota: Não me rendeu casamento, mas tá me redendo uns versos bom. Ops, é que no meu caso foi mais ou menos assim.

Eu posso amá-lo, mas não sou estúpida de esperar mais da tua índole que não seja condutas de um tratante. Mas, como eu gostaria que aquilo que saiu da tua boca fosse realmente parar no papel.

O erro não estava em mim, pois outras pessoas se apaixonaram por mim, o erro, estava em você.

Eu escolhi escrever pra você, porque eu tenho quase certeza que se eu escolhesse falar, você me olharia concentrado e me desconcentraria.

Eu não vou ter pena de você se você errar, analisando os fatos poderei até perdoar, mas de maneira alguma vou persistir, se por a caso você se contrariar, pedindo desculpas e depois errando novamente. Por isso repito pra ser chata mesmo, eu sou suficientemente mulher para viver feliz, sem você. Sobretudo, esquecerei você e também teu erro mas de mim você vai lembrar, olhar de longe a mulher que de nenhuma maneira voltará, para um cara pobre de coração e podre de atitudes. Eu sou rica de coração e milionária de atitudes, eu mereço escolher alguém que me merece e você merece alguém podre igual a você.

O cemitério


Lugar de tristeza e lembranças. E por fim, foi lá que eu enterrei você, a gente, e principalmente o meu honesto amor que foi guerreiro ousou de verdades, mas merecia a morte. Pulei no teu cachão, cuspi nas flores e gargalhei o passado e sorri para o recomeço. É meu amor, eu, finalmente, enterrei você.

A tolerância é zero, mas o sentimento é suficiente, logo; tolero. Tolerei os seus "não", suas queixas, sua hesitação, sua indiferença, seu desinteresse, suas escolhas, sua infidelidade, seus descuidos, sua incompreensão, tolerei; você. E não deixei de tolerar, sigo nessa recorrência. Eu abri o invólucro do meu coração por você; ainda consigo fechá-lo, porém, nunca mais será o mesmo. Eu tolero tudo, menos que grite, senão eu choro. Menos que demore a responder, senão eu surto. Menos que prometa sem cumprir, senão me decepciono, ou seja, não faça mais nada intolerável, senão eu cansarei. Hoje eu tolero muito, amanhã pouco e algum dia mais nada.

Estava aqui pensando, escrevendo e apagando. Tentando dissimular o amor, ligando conversas; histórias de amor dos meus colegas. Isto é, estava aqui depositando sentimento onde não tem. Deis do meu despertar é banal, o caminho que faço da cama até ao banheiro; nunca foi tão cansativo. Até o meu dormitar é banal, dormir é saber que nada encantador aconteceu e nem vai, porque todos os meus dias são assim. Como vou escrever a respeito de paixão, quando não estou apaixonada, como transmitir a cena de acordo com o que sinto, quando não sinto nada, como maravilhar o legente, estando vazia. Por vezes, eu senti pelo outro, porém, tornei-me tão miserável de sentimentos que é impensável pensar como o outro pensaria. Digam-me que gostam, mesmo se por ventura não gostarem, digam-me sempre que hão de amar, qualquer bosta que eu ousar em escrever, uma vez que, agora; o único sujeito que eu desejo encantar e a única história de amor que habita em mim, é o amor pelo meu leitor.

Muitas vezes, volto na pia pra conferir se de fato fechei a torneira. Eu devo ter TOC. De vez em quando, eu tranco a porta de casa dou uns três passos e volto. Mas todas as vezes volto de besta. Sobretudo, dei de duvidar se realmente não tenho mais nada com ele. Eu sempre volto, bato na porta do coração dele pra ver se realmente se fechou. Eu preciso de ajuda.

Eu sei, mereço teu respeito pelo meu amor e não pelas minhas loucuras. Mas, por amor eu fiz loucuras.

Foi muito mais pesado do que eu imaginava, mas com o tempo foi ficando leve.

Eu espero o melhor da vida, mas estou preparada para sofrer.

Existe uma vontade fantasma de levar-te pra casa que me assombra. Me conheço e me desconheço, nem sei mais quem eu sou.

Não vás! Volta! O passado irá oferecê-lo algo velho, ruim e trabalhoso. E daqui para frente há algo novo, bom e trabalhoso.