Não adianta entender o mundo conceitualmente se não o vivermos experiencialmente.
Neste mundo, a diferenciação é a repetição.
A vida empresta-nos as formas, cabe a nós usá-las.
Morrer é contranatura quando ainda não se viveu em vida.
Morrer é necessário.
Viver é fundamental.
Morrer é necessário para se viver de facto.
Um morto é como um espelho do nosso velho-eu.
A morte é coletiva, todos morremos com o morto.
A morte é só um ajuste de vestes.
Alguma morte dentro de ti
Precisa de ser plenamente vivida
Pois só assim poderás morrer
Definitivamente
Nesta vida
O fim é sempre o começo para algo maior.
O medo que temos é proporcional ao tamanho do nosso apego.
Para quê essa urgência de pôr as coisas no seu devido lugar?
Isso chama-se controlar.
Pergunta-te:
– Gostas de morar em ti?
Se sim, encontraste
Por fim
O teu lugar.
Tudo tem seu lugar no mais ínfimo plural.
Aquele que reconhece a sua impossibilidade está mais perto de experienciar a liberdade.
A liberdade ainda não é o suficiente para eu me libertar da minha própria impossibilidade.
Que o amor à tua liberdade seja maior que o apego às tuas amarras.
Quem nasce poeta não tem escapatória. Afinal, a fuga é para dentro.
É a partir da interioridade que é erguida a fisicalidade.
De tanto habitar o teu mundo interior, que possas, na Vida, ocupar o teu Lugar.