Tu não representas as 24 horas de um dia.
Tu és a antecipação do último filme que assistirei.
Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas.
E solidão é não precisar. Não precisar deixa um homem muito só, todo só.
Para falar a verdade, nunca estive tão bem. Por quê? Não quero saber por quê.
Esquenta-me com a tua adivinhação de mim, compreende-me porque eu não estou me compreendendo. Estou somente amando a barata. E é um amor infernal.
Eu sou o antes, eu sou o quase, eu sou o nunca. E tudo isso ganhei ao deixar de te amar.
Nada do que eu já fiz me agrada. E o que eu fiz com amor estraçalhou-se. Nem amar eu sabia, nem amar eu sabia.
Antes o sofrimento legítimo que o prazer forçado.
Penso que agora terei que pedir licença para morrer um pouco. Com licença – sim? Não demoro. Obrigada.
Eu sou uma atriz para mim. Eu finjo que sou uma determinada pessoa mas na realidade não sou nada.
Sou tão misteriosa que não me entendo.
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Simplesmente eu sou eu. e você é você. É vasto, vai durar. (...) Olha para mim e me ama. Não: tu olhas para ti e te amas. É o que está certo.
No fundo ela não passara de uma caixinha de música meio desafinada.
(...) quanto a mim mesma, sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.
E ela não passava de uma mulher... inconstante e borboleta.
Por enquanto estou inventando a tua presença.
Sinto-me derrotada pela minha própria corruptibilidade. E vejo que sou intrinsecamente má.
Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.
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O que eu sinto eu não ajo. O que ajo não penso. O que penso não sinto. Do que sei sou ignorante. Do que sinto não ignoro. Não me entendo e ajo como se me entendesse.
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