Coleção pessoal de samuelfortes

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Entendo
As crianças

Porque

Eu tenho a mesma
Idade mental que elas

E comemos
Como

Se não sentíssemos
Fome

⁠Entre a dúvida e a incerteza, mais seguro trabalhar com a incerteza. A primeira, depende de conhecimento, nem sempre disponível, a segunda de probabilidades. A escolha, entretanto, é de cada um.

⁠O Canto de Cantaria

Em cada canto
O encanto

Do canto
Da cantaria

No casulo da pedraria
Viva todos

Que

Ainda cantam
E
Encantam



Se o tempo
Lhe
Parece pouco

Eternize

Não, estou bem
Porém
Eu fico mal

Se
Me caso

Tirar a vírgula

⁠O Velho Diabo,
Que
Não existe

É temido por ser Velho
Não
Por ser Diabo

⁠Da ignorância Trazida
À tona

Por uma geração
Que

Só lamenta

Os infortúnios do dia a dia
Do umbigo da própria barriga

⁠O Espaço e o Tempo


Se o tempo
Parece pouco

Eternize
O segundo

Em
Hora incerta
De
Incerto dia

Subindo
A
Rua Direita

Na
Praça Tiradentes...

Inacreditável!

Estátuas
Descidas
Dos
Monumentos

Conversavam
Inesgotável

De que segredos soubeste
Suspenso na crista agreste
Do imenso abismo sem meta

⁠E
Quando
Perdi a cabeça


Eu

Sabia
Que
Ia ter uma longa viagem

O Dirceu de Marília


⁠Traquinas
Sapecas
Ditosas
Marílias

Ditosos
Não menos
Traquinas
Sapecas
Dirceus

Em tempo
De
Necessárias
Inevitáveis
Peraltices

Terna
Eterna
Vila Rica

Inesgotável
Ouro Preto

⁠Caminhar


De dia
Sol

De noite
Luar

Nas outras
Restantes

O azul
Pálido

Do brilho
Estelar

É vida
Que segue

É

Jeito
De
Caminhar

O Homem de Gelo


⁠Incansável
Explorador
Do
Conhecimento

Do bem
Absoluto

Das verdades
Eternas

Experimentos
De
Pensamentos

Submissão
A musas

Grande
Êxtase

No virtual
Seu real

Metáforas
Compartilhadas

Hidropônicos
Emocionais...

Turbulência
Existencial

⁠Bons tempos em que estamos ávidos para aprender tudo e não temos ideia da dimensão de nossa ignorância. Não existe nada de completamente errado no mundo, até mesmo um simples e velho relógio parado ou jogado ao léu, consegue estar certo duas vezes por dia, menos eu.

Dois no Gol quatro na Linha

Viajou
No tempo

Tempo
É bão
De viajá

Viajou
Até Ouro Preto

Tempo
Que
Morava lá

Campim
De ranca
Do
Quebra-côco

Tava
Todo mundo

⁠Dinheiro

Compra conforto
Felicidade
A gente constrói

Tem dias

Que
O coração

Prende
O
Dedo na porta.



Para
Se ir

De onde
Se está
Impõe-se

Direção
Sentido

Imobilismo
É
Insuportavel

O amor não dá pé

O Empinar de Pipas

Despiu-se
De si

Viés
De fuga

Fantasiou
Coisas

Estranhezas
Que só

Bipolaridade

Distúrbios
De identidade

Esquisitices
De
Modernidades

Equilibrista



⁠Voltou
Sequioso de espaço

Contida
Ansiedade

Reencontrar

O que
Somente
Existiu

No
Seu modo
De ser
Sonhar

⁠A Febre do Corpo

Na

Simplicidade
Do caminhar
A dois

Singularidades
Que
Se buscam

Grande
Aventura

Bafeja-me o rosto
Penetra-me os ossos

Caminhar
É preciso

Em noites de insônia

⁠O curioso, é que no próprio pensamento mitológico, o surgimento do Homem não é exatamente um episódio nobre .Você se lembra que o homem surge da iniciativa de Epimeteu e Prometeu, de compensar o tédio cósmico promovido por Zeus. O homem surge tanto ele como os demais mortais como uma tentativa de divertimento, não é exatamente a aparição triunfal que imaginávamos para nós, e o que é mais curioso, que em relação aos animais o homem surge à partir de um erro. O erro de ter entregue aos animais, todos os atributos, acessórios, prerrogativas e todas as armas que a natureza poderia ter para enfrentar o mundo e a eles mesmos e , ao homem nada sobrou. Talvez por isso Prometeu tenha entregue ao homem a astúcia, para que ele mesmo fabricasse o que lhe faltava, porque o homem nasceu zerado, incompetente, incapaz de sobreviver por contra própria, se entregues à si mesmo, perece. Coube ao homem aprender a viver no meio do caminho, como se fora aprender a remar, remando. Desprovido de tudo e coube ao homem desenvolver uma tecnologia de vida que a natureza pode lhe dar. Lembra-se que a tartaruguinha sai do ovo, e vem a primeira onda e já é tartaruga, um recém nascido ao lado, vem a primeira onda e já é um recém nascido afogado. Portanto, se o valor é concomitante ao surgimento do homem, o valor tem a ver com a própria condição humana e esta , não é a mais auspiciosa e a mais rica, pelo contrário, é a de carência, de escassez ,debilidade. Se o valor é uma invenção humana ,aparentemente faz parte desse aprendizado para a vida que o homem teve que se desenvolver para apetrechar os seus, que como ele ,nasceram na carência e carestia e na impossibilidade .O valor então, faz parte dessa tecnologia que o homem desenvolveu para se virar, sem os recursos que a natureza por alguma razão, lhe privou.

O Sudestino

⁠Perdi o sotaque
A forma de falar

Não sou nem daqui
Nem mais de lá

O erre nordestino
Ainda é mais forte

Sorte?

Não é Renúncia
É pronúncia do gracejo

É onde estive


Do oeste
Do agreste
Do sudeste

Sem destino