Coleção pessoal de samuelfortes
O Caos
Coisa boa
De
Se fazê
Sentá
Na cadeira
De bom
Parecê
Oiano
Pra onti
Que já
Foi coisa
Bastano
Presente
Que
Agora
Bem é
Manhã
Sempre vem
Que seja
Do jeito
Que
Deus quisé
Livre Pensar
Preguiça
Da boa
É dádiva
Sem essa
De pecado
Capital
Preguiça
Alongamento
Do espírito
Preguiça
Saúde
Mental
Que Ela Regresse
Andar
caminhar
Sair
Por aí
Sentir
O pulso
Da vida
ir
Ao Encontro
De
Um tempo
Em que
Culpa
Era
Desperdício
De emoções
Soneto de Uma Tarde
Esse sol já não é mais claro
Nasce o Sol
E não dura mais que um dia
Por que é que o sol nasce de dia?
Quando não devias ser
Pois se de dia é tudo tão claro
O que sol vem aqui fazer?
Já que de noite anda tão escuro
Toda viela
É um mar sem fim
Depois da Luz vem
A noite escura
É que me deito e me penso à noite
É que ele deveria nascer
Remediação
Assentado
Na pedra
De assuntá
Observando
O que há
Pra observá
Com prazo
De validade
Vencido
Ainda
Na prateleira
Por descuido
Quem está Remediado
Remediado está
Flambagem
Há fronteiras nos jardins da razão
Há uma batalha vencida nas coisas
Que
Escolhemos não repetir
Eu quero idolatrar a dúvida
Quando eu pronuncio a palavra futuro
A primeira sílaba já pertence ao passado
Quando pronuncio a palavra silêncio
Destruo o silêncio
Quando pronuncio a palavra nada
Crio algo que nao cabe no que ainda nao existe
Ao contrário do que muita gente imagina
A gente não nasce pronto e vai se gastando
A gente nasce não pronto e vai se refazendo
Nada é mais perigoso do que a certeza de ter razão
Meu fado
É o de não saber
quase tudo
Sobre o nada
Tenho profundidades.
Não tenho conexões
Com arealidade
Poderoso para mim
Não é aquele que descobre ouro
Livre Pensar
O que
Desenho
É cópia
Do que
Idealizo
Abstração
Alma
Do que
Me vai
No espírito
Saber
Do conhecimento
A tradicional
Nostálgico
Feito
De matéria
Dos sonhos
Inatos
Humilhação e Habitar
Eu queria me acabar
Quando
O desespero virar
Lugar comum
Ora direis
Ouvir
Estrelas
Sequer
Pra lá
Olhar
Dizia
O pobre
Diabo
Garrado
No
Celular
O Machismo é o medo dos homens das mulheres sem medo. Não há machista convicto, se no fundo, machismo é falta de convicção
Aquele que não transmite luz, cria sua própria escuridão.
Leu de tudo
Sobre tudo
Um erudito
Não um sábio
Livre Pensar
A estupidez
Tem origem
No estudo
Sistemático
Dos métodos
Sofisticados
De como
Se destruir
A insensatez
Na intolerância
Incapacidade
De convivência
Sapiens
Toma tento
Desse jeito
Seu destino
Num orna
Vaga-lume
Vagando
Pelos reinos
Do pensamento
E da mente
Abstratos
Povoam
Seu universo
Permeando
Tudo
Dos céus
À ética
Humana
Inato
Desejo
De entender
Chegar
Ao fundo
Princípio
Fonte
Raiz
De todas
As coisas
Fez
Da fantasia
Seu real
Mônica
Felizes são os pássaros
Que chegam mais cedo
Onde a primavera é eterna
E dos velhos frutos caídos
Surgem árvores estranhamente calmas
Tarde
De sol
Morteiro
Tarde
De
Domingo passante
Marasmo
De
Segunda sem lei
Rua
Sem
Movimento
Vazio
Cheio
De alguém
Num rádio
Ruído e frequência
Pensamento longe
Abismo de um ser
Frustrado por assim dizer
Distantes são os caminhos
Que vão para o templo
E no meu ser
Todas agitações se anulam
Como na mente de um ser que sente
Nas ruas noturnas
A alma passeia, desolada
E só, em busca de Deus
E de repente, não sei
Me vi acorrentado no descampado
Eu sou como o velho barco
Que guarda no seu bojo
O eterno ruído do aiar batendo
Longe está o espaço
Onde existem os grandes vôos
E na cidade deserta
É o espaço onde o poeta
Sonha os grandes vôos solitários
No chão vejo rastros
Pegadas enlaçadas
De onde a poesia fugiu como o perfume da flor morta.
Fico imóvel e no escuro tu vieste
A chuva batia nas vidraças e escorria nas calhas, vinhas andando e eu te via
Eu me levantei e comecei a chegar, me parecia vir de longe
E não havia mais nada
Havia você na minha frente.
Arrebatamento
Viajar
No tempo
Descobrir
O charme
De novidades
Antigas
O inesperado
Do simples
Do complexo
Suprema
Motivação
Que
Nos encanta
Além
Da
Imaginação
BABEL!
Na trilha
Em que
Trilha
Na pedra
De
Assuntá
Contemplando
O que há
Pra contemplá
Há
O que
Orna
O que
Não
Quem vivê
Vai vê
No quê
Vai dá
Vitalidade
Simetria
Formal
Bem
Calculada
Suavidade
De jardins
Sob chuva
Amor
Apaixonado
Pelo
Que possa
Existir
De
Mais Belo
Razão
Das
Razões
Inovações
Harmônicas
Ritmo
Falam
Por si
No banco parado
Sentado à assuntá
Mandalas & Tapetes Burgueses
Melancolia
De fado
Português
Regado à vinho
E
Dissolução do fermentado
Pagando os pecados
Com o suor do cansaço
Metabolizados
No calor do fígado
Tristeza
De nobreza
Sem causa
Escutar
De coisas
Não ditas
"Minha casa minha vida
Sua casa é meu problema"
De certeza
Somente
A presença
De sua
Ausência
Passeando
Meus
Anseios
Desajeitados
Nas ladeiras em ruas
De muita pedra
Nos vales profanos
Da dissonância
Esculpidos em vales
Da tradição
A ambição do pecado
Fermentado em vinho
E a solução
É dissolução
Sem solução
Em ruas
De Tradição