Coleção pessoal de salomao8

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⁠⁠Quando o coração apanha
Também se fortalece
Passa a ver de forma estranha
Aquilo que lhe aborrece

⁠Que o doce da mel da ilusão
Não me falte em momentos medonhos
Que venha com sedução
Para alimentar meus sonhos

⁠Na vida a gente aprende
Muitas vezes pela dor
Nem sempre a dor atende
Requisitos do amor

⁠⁠Que o tempo me dite a direção
A distancia não pode ser alento
Doque vale o bater do coração
Se o mesmo não lê um pensamento

⁠Ao ouvir um pensamento seguro
Aprovado pelo coração cansado
Faz vibrar as retas do futuro
Esquecendo as curvas do passado

⁠Quem pudesse ouvir oque grita meu silêncio
Com a força que reprime um sentimento
Como passarro que tem asas e não voa
Como sombra que dessipa a luz acesa
Como veu que cobre e não esconde
Um tesouro de raríssima beleza
Colocando as cartas sobre a mesa
Onde o medo consumindo pela duvida
A armadilha pegou pela certeza
Trancafiando o peito em armadura
Que breve seja a passagem
Pelos campos da cruel incerteza
Que ao cruzar a ponte do desprezo
Que renasça os campos de beleza

⁠As vezes o caminho
Se torna muito estreito
Carregado de espinhos
E vai perfurando o peito
Não há caminho sem fim
E nem fim sem recomeço
Mesmo tendo um dia ruin
A noite sempre agradeço

⁠Olhando flor que brota
Nas rachaduras do chão
Espero o mundo dar voltas
Nas fendas do coração

⁠Por vezes a distância e nessesaria
Pra moldar a certeza do carinho
Só quem ama a distancia solitária
Que entende a riqueza do caminho

⁠Em fios se tece a vida
Em tramas emaranhadas
Nem sempre a beleza é vista
Com a vista toda embaçada

⁠A força do meu querer
Nada tem de valia
Se dentro do meu saber
Não tiver sabedoria

⁠Assim como algumas flores
Que nascem em meio ao esterco
Existe também amores
Que surgem em qualquer beco

⁠Um pouco de barulho
Não faz mau a ninguém
É no meio do entulho
Que me encontro também

⁠A força que o vento tem
Pode me chocar também
Em direção ao rochedo
Mas eu não tenho medo
O vento me reajusta
Quem se ajusta ao rochedo
O vento não lhe assusta

⁠A vida tem seus espinhos
Por vezes bem dolorosos
Eu olho pros meus caminhos
Tem espinhos bem preciosos

⁠Até quando ficarei esperando a onda do mar?
Não sei o quanto vai demorar
E nem sei se vai chegar
Só sei que vou esperar
E quando ela chegar
Vou abrir os braços e deixar que ela me abrace
Me envolva em suas águas
Só não queira me afogar
E se ela não chegar
Só me resta esperar
Esperar com meus pés na água
Esperando a onda chegar
E vendo o dia acabar
E o sal das lágrimas se misturam ao sal do mar
E se a onda chegar?
E o sal das lágrimas se misturam ao sal do mar

⁠Eu também fico esperando
Esperança não me falta
Sinto que estou voando
Ao lindo som de uma flauta

⁠Queria fazer-lhe um verso
Mas palavras não encontro
Embriaga meu universo
Me deixa um pouco mais tonto

⁠A rosa do deserto é bela
Do caldex até a flor
Como um linda donzela
Em busca do seu amor

⁠Pra vida ficar melhor
Que seja até mesmo na rua
Cante uma música pro Sol
Ou recite um poema pra lua