Coleção pessoal de rosealexia
Pessoas do “façam por mim” são as que fariam menos ou nada por você.
Pessoas do “preciso que me compreenda” são as que fracassarão no ato de te compreender.
Um relacionamento só acaba quando uma mente imatura fecha-se em seu mundinho e não segue os caminhos da maturidade que a outra mente lhe indica.
Esvaziar o baú do passado, tirar o pó do que restou.
Livrar-me das bagagens com o peso de um nada.
Remontar tudo.
Recomeçar!!!
Partir do zero rumo a uma nova e infinita jornada...
Sou como uma vitrine:
Alguns param, observam e nada levam.
Alguns nem sequer olham e seguem. Há aqueles que até levam algo.
E como toda vitrine, eu exponho o que tenho de valor.
Algumas coisas não agradam a muitos, outras sim.
E não se pode pagar por tudo que há em mim...
Imagino que seja por não haver nada que pague pela grandeza que há por trás
desta minha transparência.
Na ausência de um rio, faço de ti meu oceano.
Na ausência de um verso, faço de ti o meu poema.
Na ausência de uma nota, faço de ti minha canção.
Não havendo oceano, poema ou canção eu mergulho em ti, decoro-te e posso te entoar.
Ou mesmo só havendo uma gota, uma palavra ou uma letra, o resto eu crio. Pois sua simples respiração me faz juntar tudo o que parece ser nada e recriar, te recriar, me recriar.
Cuido de tudo o que tenho em mãos:
A lealdade é meu maior tesouro;
A fidelidade é minha maior herança;
O amor é minha maior riqueza.
A lealdade me faz crescer.
A fidelidade me amadurece ;
O amor me inocenta o coração.
O que fazer com tudo isso???
Deixe-me juntar tudo á você? E os manterei em mim, pois todos me completam.
E permanecerão, ainda que um dia me restem apenas esses atributos
e seus efeitos.
Pensei que a vida estava de ponta-cabeça, então eu me virei...
Pensei que havia se desafinado, então entrei no seu ritmo...
Pensei que havia errado o passo, então entrei em sua dança...
Pensei que havia se calado, então abri os meus ouvidos.
E quando o fiz, ela me disse:
- menina, tudo só dependia de você!
Sou chamada "démodé".
Ainda sou do tipo que abre a porta e recebe com beijinhos.
Abro mão do mundo moderno e escrevo cartas em papel.
Desligo-me de quase tudo pra fazer um cafuné ou massagear os pés.
Quero sair de mãos dadas. Rir a toa.
Ainda sou do tipo de gosta de ver um filme sob um edredom mesmo depois de um dia cansativo.
Sou de dar beijinhos na testa e na mão e aprecio a beleza dos olhos e dos lábios.
Ainda sou do tipo que leva café na cama, que acorda alguém com um beijo.
Respeito o cansaço físico e aprecio o ato de dormir abraçadinha e a troca de palavras de carinho.
Ainda sou do tipo que valoriza mais quem está por perto.
Sou sim, chamada "démodé".
Ainda sou do tipo que ama.
Sou menina pequena, mas não pequena e insegura.
Sou segura dos meus atos.
Sou segura dos meus amores.
Sou segura dos meus sonhos.
Sou segura em minhas palavras.
Sou segura do que escrevo e até do que apago.
Mas, me pego insegura quando trata-se de segurança, pois o que fazia de mim um ser seguro era o tempo em que seguramente eu me perdia na segurança dos seus fortes braços.
Pare de dizer que não é bonita, menina.
Sua beleza está além do que reflete no espelho.
Está na hora de parar de dizer que não é feliz.
Sua felicidade não é seu estado de espírito.
Basta de dizer que não tem charme.
Seu charme está naquilo que me provoca mordidinha nos lábios.
E não me diga mais que é uma garota tímida.
Timidez é algo que se evapora no calor provocado entre quatro paredes.
No vai e vem.
No entra e sai.
No tira e põe.
Nos arranhões.
Nas chicotadas.
É assim que gememos.
É assim que gozamos a vida!
Bom seria se tudo fosse como no tempo em que éramos crianças, tempo em que o choro cessava com um simples "engole esse choro, menina".
Ah, quem me dera isso agora!
Era tão mais fácil quando um simples "chora não, vem brincar" interrompia o soluço...
Mas, a vida não é bem assim.
O tempo passa... a gente cresce. Tudo se modifica! Tudo se solidifica.Tudo se desfaz!
E hoje, tudo que quero é poder dizer à mim mesma : "não sonhe essa noite" e não sonhar... e sentir nisso pelo menos o sabor do "engole esse choro, menina" e
acordar com a sensação de soluço interrompido.
Porque aqui dentro, como adulta eu me devoro, e como inocente busco pela paz que outrora naquele colo encontrei...
calmaria
Não sou mesmo aquele poço de calmaria.
Posso ser brisa de vez em quando.
Não sou um vento fraco, mas também não levo tudo por onde passo.
Sou meramente eu, agitada, frenética, sorriso grande e exagerado, pensamento ilimitado, voz alta, esperanças grandes, tímida até alguém agir.
Não quero pouco da vida.
Sou exigente sim...
Quero é muito ou talvez, TUDO e quero agora.
Ter calma?
Pra quê?
Aprendi com a vida que "águas calmas escondem algo no fundo".
Porque sou o que sou...
Todos os dias sou a mesma.
Não sofro mutação repentina.
Minha integridade não se dissolve com o calor da maldade humana.
Minha índole não sofre alterações de estado.
Meu caráter não muda da noite para o dia. Aliás, ele não muda!
Minha essência não se perde devido às errôneas atitudes alheias.
Não amei ontem a noite pra dizer que não amo mais hoje pela manhã.
Não amo hoje pra amanhã não amar mais.
Não digo "sim" hoje pra dizer "não" amanhã.
Não quis há uns dias pra hoje não querer mais...
Sou firme.
Sou concreta!
Sou constante!
Não... Não sofro mutações.
Simplesmente estou em constante metamorfose.
Sou o que sou!!!
Ponteiros
Há pessoas que tiram de nós a preciosidade do nosso tempo.
Com alguns, o tempo parece se solidificar.
Com outros, o tempo parece ter asas...
Alguns conseguem fazer eternizar umas simples quantidade de segundos.
Outras, conseguem fazer qualquer tempo se perder e criam ponteiros ilusórios que rodam inutilmente.
O tempo nos traz pessoas que fazem nosso tempo ter mais sentido.
Mas também leva quem não o torna promissor.
O tempo é aquilo que fazemos dele.
Se pensarmos que ele é pequeno, nada faremos em uma infinidade de horas.
Se pensarmos que ele é longo, faremos em minutos coisas inenarráveis e inesquecíveis.
O tempo é isso ou aquilo!
O tempo faz isso ou aquilo!
O tempo só cura feridas quando nós permitimos, caso contrário, tomamos dele os artefatos de cura.
O tempo é aquilo que vivemos!
O tempo solidifica atos mas também derrete ausências.
O tempo que fora bem aproveitado mantém pessoas que fizeram cada milésimo valer a pena.
Queria eu, poder medir o teor da verdade contida nas palavras de outrem.
Queria eu, saber o grau de carinho em uma expressão que o reflete.
Queria eu, poder mensurar a sinceridade contida na gratidão de um ser.
Queria eu, poder saber o tamanho de uma franqueza exibida em palavras...
Mas, enquanto não tenho poder para tais, faço de tudo
Talvez eu goste sim de ser aplaudida.
Então...
Me aplauda interiormente quando meu toque te estremecer...
Me aplauda mentalmente quando eu conseguir mexer com sua cabeça.
Me aplauda bem devasso quando meus gemidos arrepiarem seu corpo.
Me aplauda com o olhar quando a ternura dos meus olhos penetrarem os seus.
Me aplauda com os lábios quando os meus sussurrarem aos teus ouvidos.
Me aplauda com as mãos quando minhas mãos te levarem à loucura!
Me aplauda com o coração quando o que sair do meu tiver o poder de tocar o seu!!!