Coleção pessoal de rosealexia

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Fique a vontade pra dizer-me o que quiser, mas nem tenha vontade de ouvir o que eu quero dizer...
Contente-se com o que você é, mas não precisa compreender-me pelo que sou.
Dê somente o que tens, mas não descabele-se quando eu der até aquilo que não tenho.
Guarde pra si aquilo que deixou de sentir, mas não peça-me pra guardar aquilo que eu ainda sinto.

Te amo.

A gente cuida de um pássaro sabendo exatamente o que ele fará após a cura. Mas mesmo assim, sofremos quando ele se vai por não entendermos que ser livre já é de sua natureza.
A permanência seria somente consequência dos cuidados...
Será que um dia algum cuidado mudará a natureza das coisas???

Como estará o tempo amanhã? Voce sabe???
Se estiver frio, a gente se aquece. Se estiver quente, que nosso suor se encontre...
Mas que o arrepio nao seja de frio e que o suor nao seja do calor.
Se estiver frio além da conta, torno-me fogo.
Se estiver quente ao extremo, torno-me água fresca!!!
Apenas tente não se preocupar com a temperatura, sei que consigo fazê-la mudar!!!

Antes eu não tinha ideia das armas que eu tinha. Hoje eu não tenho armas pra executar as ideias.

Você se foi mas deixou algo aqui, sabia?
Receio que não tenha levado nada meu.
Tento me desfazer disso mas parece impossível.
Deito-me e ali está.
Rolo na cama e ali está.
Mudo minhas posições pra tentar não "presenciar " e evitar saudades, tentativas sem sucesso!
Cabeça no travesseiro.
Travesseiro na cabeça.
Cabeça na cabeceira.
Ponta-cabeça.
Sobre o edredom.
Sob o edredom.
Cruzada sobre a cama e quem sabe, até mesmo embaixo dela (essa loucura ainda não me sobreveio), e em tudo ali está...
Como me livrar?
Como não te sentir por perto?

Ah! Esse teu cheiro gostoso em tudo, esse teu perfume, menina!
Volte aqui pra buscar?
Só para buscar.
Volte?

Passei a vida sobrevivendo à base de "deixa pra lá".
Deixando de alimentar meus sonhos.
Alimentando somente as esperanças alheias.
Dando do meu alimento por eu saber que faria bem e recebendo coisas sem saber sua procedência.
Passei a vida matando a fome com o "esquece isso".
Passei a vida me esquecendo, relevando, perdoando.
Passei a vida matando a sede em lágrimas.
Alimentando-me com os frutos de um passado inglório ou até mesmo de um presente glorioso que minha mente criava.
Engolindo mágoas, atitudes errôneas, imaturidades.
No fim, percebi que nada do que me alimentei era saudável à ponto de me manter viva.
E por tantos erros que esqueci, pessoas que perdoei e atos que relevei, acho que engoli também os erros esquecidos, as pessoas perdoadas e os atos relevados.
Acho que essas coisas "não me caíram bem" e há um bom tempo não estão sendo bem digeridas e estão virando um torvelinho de insatisfação, causando-me desconforto e mal-estar.

Mas...
O que tive que engolir, já engoli.
Já tentei botar pra fora, por estar me fazendo mal mas não encontro forças.
Se é saudável ou não, o tempo é quem vai dizer. Mas sinto que é nocivo.
Enquanto isso, vou aguardando...
Doendo está, mas assim como pode me consumir por dentro, a ponto de alguns perceberem, pode me tornar mais forte, à ponto de ser notado também, e não só por pessoas que me inseriram coisas ruins goela abaixo, mas pelo mundo, que por sua vez, com nada foi capaz de me alimentar.

Meus papéis e eu

Eu só preciso escrever.
Apenas escrever.
Escrever meus desencantos, minhas ilusões.
Escrever minha dor.
Contar para os papéis minha indignação com minhas perdas.
Enchê-los com meus devaneios, rabiscá-los à lápis, não gostar e apagar.
Rabiscá- los à caneta marcando-os como se eles fossem gritar, ou sentir a dor dos fortes traçados e sangrar.
Escrever minha tortura que se chama solidão.
Escrever minhas noites em claro.
Escrever essa minha falta de sossego que chama angústia.
Só quero escrever minha guerra interior e essas bombas explodindo dentro de mim.
Eu só preciso escrever.
Escrever minha saudade sem fim.
Escrever o sangrar do coração. Escrever meus amores perdidos.
Escrever as lágrimas que já chorei e molhar os papéis com as lágrimas que ainda tenho.
Eu só preciso escrever...

Mas os papéis não têm culpa dos meus desabores.
Eles não precisam "ouvir" minhas desventuras.
Os papéis não sentem o que quero transmitir.
Eu só quero escrever.
Mas, pensando bem, escrever pra quê?
Os papéis não se desdobram pra poderem me entender.
Eles não fazem papel de ombro amigo.
Não se dobram diante do amor que lhes escrevo.
Não se amassam pra que eu fique ilesa.
Não me dão linha quando quero me abrir.
Tampouco demarcam com margens até onde posso ir.
Meus papéis?
Talvez não tenham sentimentos mesmo.
Eles estão pouco "se rasgando".

Codinome.

Hoje em dia, os nomes das coisas são substituídos por aquilo com que eles mais se identificam.
Hoje, um namoro é só "um lance".
O ato de morar sob o mesmo teto é só "um rolo".
Chorar depois da decepção recebeu o nome de "drama".
Dizer que ama foi renomeado de "chatice".
Pedir em casamento é "juntar os panos".
Cobrar presença é "pegar no pé".
Mentir é "algo pro seu bem".
Trair é "deslize".

Não pego carona nessa "canoa furada".
Pra mim, que sou romântica e sentimental ou chamada de "demodê", as coisas continuam tendo seu "nome de batismo".
Portanto:
O que é, é.
O que não é, não é.
Se amei ou amo, amei ou amo.
Se errei, errei.

Sou sensata e sem codinome para sensatez.
E não vou chamar de "experiências" os erros que cometi na vida e nem de "tempo perdido" o amor vivi.

Posso ter aprendido com os erros, mas não deixaram de ter sido erros.
Posso ter chorado por amor, mas não deixou de ser amor. Não deixei de amar.
Sem codinomes para o "Amor".

Tente não se mostrar tão frágil, ou muitos vão querer te quebrar.
Tente não se mostrar tão dura, ou será visivelmente intocável ou imutável.
Mas não deixe de ser fina como uma taça de cristal e traga em si a suprema força de uma rocha, que mesmo sabendo de sua força, permite que as águas lhe dêem formas...

Cada "pra sempre" tem seu tempo de duração.
Fazemos de cada momento uma eternidade quando damos uma eternidade de valor ao um pequeno momento.
O meu "pra sempre" pode ter durado alguns anos e poderá durar algumas horas, minutos ou fração de segundos.
O valor que damos ao tempo, é o que o eterniza.
Sim... o "para sempre" existe.
E muitos "para sempre" existiram durante o tempo em que se sonharam juntos, em que dançaram à sós em volta da fogueira... muitos "para sempre" duraram por lindas tardes de sol, por instantes em que se vê o sol nascer...
Alguns "para sempre" duram por uma gestação, por uma promoção no emprego, pelo primeiro dia na escola, pela compra de uma casa maior e até mesmo por ver os filhos se tornando doutores...
Cada "para sempre" dura o que tiver que durar.
Alguns, duram apenas por um beijo, um abraço ou por uma noite de prazer. E alguns se acabam com um simples adeus...

Faça você mesmo o seu "para sempre". Mesmo que ele dure por milésimos de segundos, o importante não é o tempo de duração e sim a importância da duração desse tempo...
Sim... o "para sempre" existe.
Sim... é você quem o faz.

Preciso de um doador compatível.
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De preferência que se doe por inteiro.

Os que te deixaram infeliz, você guarda com cuidado no lugar mais alto e seguro do sótão da sua alma.
E quem lhe teve amor, está jogado em um lugar qualquer lá embaixo, misturado às quinquilharias no porão da sua memória!

Timidez é algo que se evapora no calor provocado entre quatro paredes.

Eu sou resultado da mistura das fórmulas que extraí de mim, e que misturei comigo mesma.

Quando fecho meus olhos te vejo.
Quando mordo os lábios te desejo.
Quando respiro fundo te sinto...

Venha unir seu corpo ao meu.
Faça-me entender o que dizem essas batidas dentro do peito.

Vou te acompanhar com os olhos sem virar a cabeça.
E quando não estiver mais ao meu alcance, não se importe se eu ficar de "cabeça virada".

Pensamentos precipitados só machucam a si mesmo.
Atitudes precipitadas machucam a si e aos outros.

E eu, que me sentia pequena diante de você quando tratava-se de estatura.
Eu me sentia grande quando tão pequena em seu colo.
Me sentia um ser enorme quando sua mão encobria meu pequeno rosto e seus olhos lindos fitavam os meus e seus lábios diziam "sua linda".
Eu era imensa quando lhe abraçava a cintura com as pernas e quando com apenas um braço você me segurava.
Eu me sentia gigante quando eu ficava na pontinha dos pés pra te beijar...
Ao seu lado, nunca me senti pequena.
Você fez com que eu me sentisse uma grande mulher.
Suas palavras, seus elogios, suas declarações de amor, seu carinho, o respeito demonstrado me faziam crescer.
Assim, passei a ver as coisas sob um novo prisma.
Mas hoje, quando olho pra mim, enxergo um vazio...
Porque agora o vazio no peito excede a grandeza que você é e que eu imaginava ter!

Pediu desculpas como se tivesse esquecido de colocar o relógio pra despertar.
Ou como se tivesse deixado quebrar o copo com o último leite.
Pediu desculpas como se tivesse esquecido o ferro de passar ligado sobre a camisa preferida.
Ou como se tivesse se distraído e deixado o último ônibus da noite passar.
Pediu desculpas como se tivesse se esquecido do moletom em pleno inverno. Ou como se tivesse deixado a lasanha queimar.
Fútil...
O pedido de desculpas virou coisa fútil.
As desculpas não evitariam o atraso.
Não fariam o último copo de leite se refazer.
Não consertaria a camisa preferida.
Não faria o ônibus dar ré.
Não aqueceria por ausência do moletom.
E a lasanha? Queimou!
Mas, foi tão cara!
Pediu desculpas.
Mas nada mudou.
A mágoa ficou.
O vazio deixou...
A dor se acomodou.
E não refez o coração que você mesmo prometeu que não quebraria...

Eu queria fazer amor tanto quanto eu o escrevo.