Coleção pessoal de Rose05

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Amargo abandono

Meu amor me esqueceu! Estou sozinha
envolta num imenso mar de lama...
Procuro-o, em vão, na minha cama.
Reclamo: Quão vida enganosa e mesquinha!

É alta a madrugada e nem consigo
fechar os olhos e pegar no sono...
tudo dele ficou comigo
e está comigo neste amargo abandono.

Estou como a roseira desarmada
que ficou solitária, sem aroma,
sem dar brilho a ninguém e abandonada.

A saudade cresce em forma abrupta
e começa então a minha luta
para enfrentar o mundo sem meu amor.

Aiuruoca

Aiuruoca: Nasceu no tempo da colônia
E foi crescendo a cada dia.
Hoje: tesouro níveo, florido,
Tão rico quanto a poesia.

Aiuruoca: “Casa dos papagaios”,
Nossa intemporal guardiã,
Assim Você é aclamada pelos seus.
Sol de Minas, nossa anfitriã.

Querida morada na Serra,
De gente de força e ação
Que ama e trabalha na terra,
Com fé, suor e emoção.

Lugar de natureza soberana,
Impune e encantadora.
Do seu tapete verde emana
Verdadeira apoteose inspiradora.

Aiuruoca... De rica cultura
Emergida de teu próprio deleite.
Dádiva preciosa
Que ecoa por este mundo a fora.

Canta Aiuruoca: é teu aniversário!
Nunca irei da mente apagar
Esses momentos tão lindos
Que com Você vim festejar.

Nunca pensei

Que bom que você comigo quis se encontrar!
- Nunca pensei que pudesse merecer
Esta felicidade que veio me trazer
Quando sorrindo vi você chegar!

Ver você pela porta entrar
E nos meus brços se render!
No abraço palpitante sentir e perceber
Seu coração, com o meu coração, se enrolar.

E agora, apaixonados,
Deixamos o amor rolar... acontecer!
E a lua brilhar num novo anoitecer!

Bella

Quantas lembranças eu guardo
E carrego comigo agora,
Do seu vai e vem
Passando a toda hora.

Menina finginda quietinha
Mas serelepe que só
Não perdia nada de vista
Nem um pé de meia no meu sapato!

Saudade, doce saudade
Dos nossos momentos tão juntas
Dos passeios da manhã
Das sonecas a tarde...

Eram momentos muito bonitos
Às vezes de céu fechado
Mas seu jeito era tão fascinante
Que nada se molhava.

Por tamanho teu amor por mim
Nos meus versos você sempre estará
E dentro do meu coração
Você vai sempre morar.

Sobrevivo com
os pedaços
lá no fundo
da intimidade.

Sou a esperança
que mora dentro de mim.

É duro viver sem meta,
Sem rumo e sem carinho,
Como ilha, sozinho,
Angustiado... a sonhar, como poeta!

No fundo, como adoro um abraço palpitante!
Um abraço com todos os seus traços...
Um corpo bem apertado nos meus braços...

Abraçar, ser abraçado... e me abandonar.
Envolver, se envolvido... e me render
A um amor! - e deixar acontecer
Tudo quanto se possa imaginas!

Incógnita

Venho de caminhar por esta estrada,
Tecendo da ilusão um último alento,
Desta vida que vai acelerada,
Chegando ao fim, com um triste lamento.

Muitas sementes plantei em solo ingrato;
Amor e esperança, inatingidos...
Tudo, agora traz-me à lembrança do que fui ontem,
Não a certeza do que sou agora.

Solidão

Posso ter mil e um amigos,
Mas estou sempre sozinha
Em minhas horas de decisão.

Conflito, veneno latente
Corrói-me a alma em silêncio.

O mais glorioso encontrar-se
Floresce na solidão.

No peitoral da mais alta janela da minha casa,
Debruço-me, a sonhar...
Que importa que a noite fria chegue,
Sem cessar?

Poesia é uma oficina de trabalho para a mente, para o olhar e para o coração.

Neste dia, 4 de maio, meu aniversário. Não estou pensando em quantos anos faço, mas no quanto sou boa e posso ainda ser para o mundo. Afinal: o que adianta a minha existência se eu não deixar alguma coisa para a eternidade?

O amor pode ter expressões diferentes, mas mantém sempre a sua essência em qualquer lugar.

O amor verdadeiro é o único infante: nunca chega à velhice.

Eu não nasci para ser infeliz...
Quando as lágrimas insistem
Dos olhos sair,
Logo o riso desabrocha em minha boca.

Hoje pensei em você
Então, pus-me a sonhar de amor... Te quis
Isso porque vi por acaso
Um casal de mãos dadas, feliz.

Então, deixei que todo sentimento
Logo pudesse chegar:
Os delírios mais soltos...
Os gestos mais loucos...

Foram sentimentos que me deram a vida insana
Esta vida que se sente e não se sabe.
No abismo a esperança desengana.

O tempo que não pára e avida passa
Como se fosse as lágrimas da chuva
Que caem caladas no rio sem cessar.

A má colheita só produz espinhos.

O futuro é como uma corredeira: bate em pedras e barreiras para explodir, um dia, em luz ou trevas.

Há coisas que acontecem na vida que palavras não retratam, não. É que elas (as coisas) guardam no silêncio a sua expressão.

Vivemos tão afoitos na luta pela vida que nem percebemos quão perdida (ou adormecida) anda nossa visão.

Todo pavio curto gera inconsequência.