Coleção pessoal de RosangelaCalza
Todo mundo tem o direito de ficar de bem com a vida
Deixe ir o que lhe incomoda; não se acomode; lute com fé, otimismo e determinação
Precisamos correr atrás de nossos sonhos... eles não se realizam com o toque de uma varinha de condão...
... mas nem por isso vamos sair matando como se para alcançá-los fosse essa a única solução.
Há o momento de plantar... e o momento de colher o que deseja seu coração.
a) Ou você fica de mal com a vida... mata um leão por dia... planta abrolhos.
Chora, sofre, padece... odeia, mata, se entristece. Acumula dores, dissabores, rancores... num mau cheiro insuportável permanece.
Quebra-se, arranha-se... na sua vida só espinhos... o colorido das flores nela nunca acontece.
b) Ou você fica de bem com a vida... deixa ir o que lhe incomoda... não se acomoda... luta com fé, otimismo e determinação.
Planta sementes de amor, cultiva esperança, agradece quando alcança... adapta-se quando exige a situação.
É ou, ou ou... ou não? Na vida você pode escolher qualquer uma opção.
“Enquanto uns matam um leão por dia... solte um por dia”... um excelente conselho pra ser seguido todo dia.
Tenha paciência, pelo amor de Deus!!!
Qual o limite da sua paciência? Você tem autocontrole emocional? Você suporta, na boa, situações desagradáveis?
Paciência, qualidade daquele que é paciente.
Paciente, que tem paciência...
Haja paciência.... quando procuro uma definição de palavra no dicionário e encontro coisas do tipo aí.
Mas sempre me disseram pra ter paciência e esperar... ou, no caso aqui, procurar um pouco mais que a resposta vem... um lucro sempre tem.
...
Um ano depois... brincadeirinha.
Paciência “é uma virtude do ser humano baseada no autocontrole emocional, ou seja, quando um indivíduo suporta situações desagradáveis, injúrias e o incômodo de terceiros sem perder a calma e a concentração”.
Paciente: “Resignado, conformado. Que espera serenamente um resultado; tranquilo".
Agora sim... já estava no limite da minha paciência... brincadeirinha de novo.
Qual o limite da sua paciência?
Você tem autocontrole emocional?
Você suporta, na boa, situações desagradáveis?
Veja bem: “na boa”... porque, às vezes, a gente suporta só porque não há outro jeito... sem serenidade nenhuma.
Foi sincero nas suas respostas?
Descobriu que é uma pessoa superhipermegapaciente?
Constatou que vive num mar de tranquilidade?
Clap... clap... clap...
Ou... descobriu que o limite de sua paciência é limitadíssimo, ou seja, não há limite? (sim, sim... percebi a ambiguidade).
Li outro dia que a gente pode treinar nossa paciência... se você pesquisar na internet vai encontrar diversas receitinhas que irão lhe ajudar a ser mestre em paciência.
Ah! Você achou que eu iria facilitar pra você? Sorry!
Na verdade, quando comecei a escrever o texto não tinha em mente testar sua paciência... eu queria mesmo era falar sobre esta frase do compositor alemão Beethoven: “Tenho paciência e penso: todo o mal traz consigo algum bem”.
Paciência! Vai ficar pra outra hora...
Gosto de Shakespeare...
Autoajude-se, diz ele; não fique sentado esperando que lhe tragam o que seu coração deseja.
Se gosto de Shakespeare porque batemos longos papos? E ele sempre me ajuda a resolver meus problemas? É aquele amigo com quem posso contar o tempo todo?
Não, não o conheci pessoalmente... conheço alguns de seus textos... como o que acabei de citar, por exemplo.
Vejam que interessante: autoajude-se, diz ele... não fique sentado esperandoque lhe tragam o que seu coração deseja - nada contra em receber uns agradinhos de quando em quando... mas não faça disso sua rotina.
Ah! Pensamento doce: “Não é digno de saborear o mel, aquele que se afasta da colmeia com medo das picadas das abelhas”... diz nosso respeitado escritor.
O medo paralisa? Sim... e ainda bem... em certas situações - se não, haveria centenas de pessoas se jogando precipício abaixo unicamente em busca de adrenalina.
Mas que não seja o medo a impedir você de viver as doçuras que a vida oferece... saboreie, lambuze-se e viva!!! Viva a doce vida, dear friend!
Mas, pra mim, o suprassumo de Shakespeare é: “Seja como for o que penses, creio que é melhor dizê-lo com boas palavras”.
Autoajude-se, car@ amig@... Tome cuidado consigo mesmo... mas, lembre-se: são pessoinhas com coração as que ao seu lado estão.
Então:
a) Preste atenção.
b) Fale com o coração.
c) Cuidado com o tom.
d) E... por fim... se souber que suas palavras podem magoar - um tiquinho que seja -, ponha na sua boca sua própria mão... e não fale nada, não.
Olá, dia comum
Com você o Sol chegou... ou foi você que com o Sol chegou?
Abro a janela... tudo tão igual a ontem, a anteontem... a trasanteontem...
Esvoaça a cortina... o perfume das rosas do jardim... o canto dos pássaros... tudo tão ordinário... tão banal... tão usual.
O passante solitário...
O barulho da água do chuveiro... do café o cheiro.
A porta que se abre... o rangido do portão... a multidão. O corre-corre diário... as batidas... tum-tum... tum-tum... do coração.
Dia comum: o Sol nasce e se põe quase sempre no mesmo horário... uma rotina tão rotineira...
... diariamente, dia comum, você acontece: aparece e desaparece... sempre da mesma maneira.
Tudo tão trivial... nada de especial... só mais um dia no meio de tantos outros dias... nada fora do comum... nada incomum... nada insólito... tudo tão corriqueiro... tudo tão normal... natural.
Viver sua chegada... viver sua saída: eterna lida.
“Dia comum, deixe-me perceber o tesouro que você é. Deixe-me aprender com você, amá-lo, abençoá-lo, antes da sua partida.” (Mary Jean Iron)
Dia comum, deixe-me perceber que você é excepcional.
Talvez você só precise disto:
Não é uma prática colocar dois-pontos em título... mas, vamos lá... de vez em quando fazer algo diferente do que prega a gramática tradicional não vai fazer mal nenhum... não é?
a) Respire profundamente... deixe o ar penetrar e massagear suas entranhas... e deixe-o sair e, com ele, levar tudo o que não faz bem.
b) Olhe para as suas mãos... pode ser para os seus pés... ou para qualquer outra parte de você... mas olhe com toda a atenção do mundo... esteja inteiro olhando para você (você pode olhar para você inteiro... ou só para um pedacinho seu... talvez você opte para o pedacinho machucado, dolorido, inflamado... doído... sofrido...
Olhou?
c) Pense: o que posso fazer por mim... agora?
d) E faça... faça algo por você... pode ser aquele chocolate – eu iria querer da Lindt..., com certeza – ou pode ser um enorme hambúrguer com fritas... ou aquela taça com aquele vinho...
... se faça um carinho, my friend.
Aproveite a noite... você não vai levá-la com você... aproveite o fim de semana...
... não preciso repetir mais nada aqui, né?
Você é esperto... já entendeu... porque talvez você só precisasse disso.
"Aproveite a tarde... você não vai levá-la com você." (Annie Dillard)
Farrapos do tempo
O tempo... ah!!! O tempo.
Se parasse por um momento.
Eu juntaria os farrapos...
Teria tempo pra olhar pro lado...
Degustar com meu olhar as flores que estão no meu caminhar...
Sentir das borboletas o leve flutuar...
Ouvir dos pássaros o alegre cantar.
Olhar pra cima... pro céu que me cobre com suas nuvens escuras, pesadas...
Pro céu azul... puro anil.
Pras estrelas... nas noites de céu estrelado
Noites em que a chuva foi chover em outro lugar.
Se o tempo fosse um pouquinho mais gentil...
Teria tempo pra me aprimorar como ouro no cadinho.
Mas o tempo... corre apressado.
Com meu aperfeiçoamento não está preocupado.
Preocupa-se apenas em seguir seu próprio caminho.
Farrapos de tempo.
É o que tenho visto pra todo lado.
Devaneios
Tanto tempo passado.
Você tão ao meu lado.
Tudo parecia tão conectado.
Como estava enganado.
Tanto verbo empregado.
Tanto diálogo só de um lado.
Minha vida... falida.
E agora você está de partida.
Não vi os sinais?
Foi tudo puro devaneio?
Eu me pergunto...
Tento e tento...
Exatamente a que você veio?
Vida
Percurso sinuoso.
Caminho labiríntico.
Equilibrando-se em corda bamba...
Na geometria da vida...
Um ponto inicial.
Um ponto final...
No meio, uma reta nem tão reta...
Há curvas...
Há subidas...
Há descidas...
Um descuido...
Joelhos ralados.
Coração estilhaçado.
Pedaços de mim pra todo lado.
Cuidado.
Nas travessas da vida...
Muita coisa pode dar errado.
Mas...
Um dia tem fim.
Um ponto no começo.
Um meio....
Um ponto no fim.
Meu verdadeiro eu: um monstro
Desistiu... desistiu de mim.
Seus olhos negros como a noite transmitem um desespero sem fim.
Não consegue ver nem um pingo de bondade.
Não há lealdade.
Sou um fracassado.
Um caminhar malogrado.
Creio que ele se sente logrado...
Esperava mais de mim.
Não me queria assombrando seus pensamentos.
É... mas ele tirou dos olhos a venda.
E hoje o que vê é uma tremenda fenda...
uma frincha... uma abertura... uma fresta bem escura.
Uma tragédia. Ele não esperava por isso... nem eu.
Mas foi o que aconteceu: tirou a venda dos olhos e viu meu verdadeiro eu.
Há uma razão nessa escuridão.
Há uma razão... e isso entristece demais os corações... o dele e o meu.
É sobre mim
Na parede da sala...
Tic-tac... tic-tac... tic-tac...
O tempo passa devagar.
Lerdo na ansiedade.
Nem disfarça;
Minha vida uma eterna farsa.
Uma dor intensa que não quer passar.
Chove lá fora.
Sente um frio imenso meu coração.
Uma lágrima que insiste em não cair.
Não quer me trair.
Importa o que os outros veem?
Racionalmente sei que não...
Mas... como faço pra convencer meu coração?
Um dia a máscara cai.
Quem vai sofrer sou eu...
Em mim é que vai doer.
Não e não adiante pra bem longe correr...
Não há lugar que de mim mesma eu possa me esconder.
Estrelas do mar
Não acredito mais.
Cansei de chorar... implorar.
Fecho os olhos pra não sentir mais nenhuma emoção.
Consigo assim anestesiar meu coração.
Cansei dos que dizem que preciso me redimir.
Redimir do quê?
Tentei andar na linha...
Tentei me esforçar a caminhar na luz.
Tentei me fazer perfeito o tempo todo.
Mas... o que ouço é: ‘pare de ser quem é!”
Sim, cometo erros.
Mas não são de propósito.
Tento acertar... juro que tento.
Mas... já percebi: a todos não consigo agradar.
Minhas emoções estão à flor da pele.
Algo, que nem sei explicar o que é, me fere por dentro... me aperta no peito...
Sou mesmo um marginal?
Sigo realmente caminhos opostos ao de todos?
O que eu tenho de tão errado?
Meu sonho: entrar em um barco de estrelas do mar...
E deixar o mar pra onde bem quiser me levar.
Livre... de tudo e de todos... só quero me livrar!
Amar... planeta terra
Queria um lindo presente...
Poderia ser o mais belo pôr do sol...
Ou as luzes do arrebol.
Queria o bailar das andorinhas
Das flores coloridas em um eterno jardim...
Que tudo isso fizesse parte do meu quintal.
Queria uma onda do mar...
Pra nela ir e vir...
Navegar por tantos mares...
Conhecer os mais belos lugares...
Uma onda que brilha no amanhecer...
E se recolhe no fundo do mar quando o dia começa a morrer.
Queria um planeta bem redondinho...
Com tudo no seu lugar...
Queria (com)viver só com quem sabe tudo amar.
Da fome
Que olhar sofrido.
Que lento caminhar...
Lixeiras vejo-o vasculhar.
Um pedaço de quê?
O que espera ele encontrar?
Busca nas cinzas, nos restos um lampejo de vida.
Fecho os olhos pra não ver.
Meu coração se nega a crer...
No fundo do poço?
Quanto fez ele de esforço?
Se deixou levar pelas águas de um rio?
Foi um vento forte... um vento frio?
O que o levou e lá no fundo o amarrou?
Seus lábios amordaçou...
Por que não aproveitou e sua fome matou?
E o que mais assusta é que a humanidade segue... segue como se a fome do outro não importasse.
Vasculhar o lixo...
Isso não é coisa nem pra bicho.
Colecionador
Colecionadores...
Todos nós o somos.
São memórias bem guardadas.
São amores por nós passados.
São ilusões desiludidas.
São tantos momentos de vida bem ou mal vivida.
Tenho me tornado colecionador de desilusões.
Tenho juntado em meus dias calamidades.
Penso que talvez isso seja coisa da idade.
Lembro-me de quando minha coleção se fazia de belos sonhos e esperanças.
Faz tanto tempo....
Queria de volta minh’alma de criança.
Queria de volta aqueles dias em que tudo tinha cheiro de flor de laranjeira.
Queria que minha maior calamidade voltasse a ser dizer besteiras...
Besteiras que não magoavam ninguém.
Besteiras que todo mundo entendia que não passavam de brincadeiras.
Brincadeiras de um coração puro.
Que só queria fazer o outro rir das baboseiras que criava.
Tudo era no claro.
Não havia o submundo.
Não havia o pensamento escuro.
Não havia necessidade do escuso.
Todo mundo entendia... e só sorria... ria.
Até o fim
Nuvens plúmbeas no céu.
Gaivotas em voos rasantes.
Vem as ondas beijar a praia.
Nada mais agora é como era antes.
O sol não madruga mais.
O vento sopra ou não sopra... tanto faz.
A chuva cai alaga ruas, campos, jardins.
Ou não cai... seca tudo.
Racha-se em pedacinhos a terra seca.
Não há alma que não se esmoreça.
Tudo tanto faz... como tanto fez...
Quem foi que assim fez?
Somos só e somente só um contorno nas mãos de um escultor que os criou do pó.
O que tem de vida dentro de mim
Conseguirá respirar até o fim?
Virtual
Lá no infinito ela o encontrou...
Parecia ter encontrado o amor mais bonito.
Mais bonito do que qualquer aurora boreal.
Mas, no fim, era tudo tão irreal.
Os beijos roubados tinham gosto de sal.
Os abraços... desabraçados.
Os sonhos sonhados... num imenso pesadelo transformados.
O tocável...
O palpável...
Tudo tão e apenas virtual.
E fim
Meu porto seguro
Amo-te pela intensidade...
Quando fui precipício sua mão me segurou.
Quando fui escuridão sua luz me iluminou.
Andei por caminhos perdidos.
Você foi o Norte que me guiou.
Houve dias em que fui puro desânimo.
Tu és quem me devolveste todo o ânimo.
Quando fui medo...
Lá estavas tu a me dar coragem.
Quando de tudo quis desistir...
Fizeste uma mala...
Colocaste nela toda a esperança...
Compraste-me um bilhete de uma maravilhosa viagem.
E assim seguimos juntos.
Na loucura, és minha calma...
Tudo em ti traz paz pra minha atormentada alma.
Do pó da terra
Do pó da terra...
De pequenas partículas do solo, o corpo do homem Deus formou...
Em suas narinas o fôlego da vida, Deus lhe soprou...
E alma vivente a ser o homem passou.
Uma breve reflexão:
My friend, você pra terra com atenção já olhou?
Com que cor essa terra a seus olhos se apresentou?
Estou certa de que não foi de uma cor só não...
Então...
Não estaria equivocado aquele que acha haver uma única raça superior?
Não estaria enganado, enganando-se ao classificar uma, e outra, e mais outra, cada uma delas como raça inferior?
Qual é mesmo da terra de que o homem foi criado... a cor?
Quando Deus o pó da terra em suas mãos tomou e o homem formou...
Deus, em distinção alguma, pensou.
À Sua imagem e semelhança todo homem criou.
Somos todos iguais – animais racionais.
Nenhum homem, nenhuma raça é mais.
Cada um de nós foi pelo mesmo Deus criado.
E pra nos fazer – cada unzinho de nós – o mesmo material – pó da terra – por Deus foi usado.
E tudo o que Ele fez, Ele achou muito bom!
Ah! e o pó da terra? Dependendo da composição... tem um tom... outro tom... outro tom
Nas mãos de Deus
Conforto é coisa de alma.
É deitar e dormir.
É não precisar mentir.
nem fingir.
Conforto é não precisar de máscaras
e de que não precisa não ter vergonha de admitir.
Conforto é a paz que tudo acalma.
É andar com calma.
É ter fé...
Mesmo em meio a tempestades.
Mesmo na mais completa escuridão.
Conforto é coisa de saber nas Mãos de quem da própria vida está o timão.
Preste atenção!
... perdido,
assustado...sobressaltado,
assolado.
Em círculos andando, andante...
vagando...sempre tropeçando.
Rumo ao precipício
desde o início
...sem ter noção.
Hei! Preste atenção!
Está vendo
Deus as mãos estendendo...
mostrando a direção?