Coleção pessoal de romuloalbuquerque

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Não há nada mais difícil do que fazer alguém tomar consciência da sua inconsciência progressiva.

Só no plano do indivíduo autoconsciente é que o conhecimento pode adquirir validade: só na consciência individual vivente se realiza a prova apodíctica, só o indivíduo tem acesso efetivo às verdades universais, enquanto a coletividade deve se contentar com fórmulas mais ou menos convencionais — ou consensuais — de uma verdade meramente potencial.

O homem, o indivíduo humano, é o portador do conhecimento efetivo. O conhecimento enquanto bem social é apenas conhecimento potencial, é coleção de registros e convenções que, para tornar-se conhecimento efetivo, deve ser efetivado, atualizado na consciência do indivíduo vivente.

Burrice e maldade jamais foram termos antagônicos.

O talento se aprimora na solidão, o caráter na agitação do mundo.

O talento molda-se na solidão; o caráter, na convivência.

A humildade é a legítima mediadora entre a consciência e a ⁠realidade.

⁠Você ter a certeza que não sabe é um ato de inteligência muito superior do que você achar que sabe.

O tempo que você tem direito para falar sobre algo é diretamente proporcional ao tempo em que você passou estudando e meditando a respeito desse algo.

Sem missão não há homem.

Contrariamente ao que crêem os chorões, todo o erro é uma propriedade que acresce o nosso haver. Em vez de chorar sobre ele, convém apressar-se em aproveitá-lo.

O exagero é sempre a exageração de algo que não o é.

Muitos homens, como as crianças, querem uma coisa, mas não as suas consequências.

Em vez de pintar coisas puseram-se a pintar ideias.

Se ensinares, ensina ao mesmo tempo a duvidar daquilo que estás a ensinar.

Podemos pretender ser quanto queiramos; mas não é lícito fingir que somos o que não somos.

A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem.

O jovem não precisa de razões para viver; precisa só de pretextos.

Civilização é, antes de mais nada, vontade de convivência.

O importante é a lembrança dos erros, que nos permite não cometer sempre os mesmos. O verdadeiro tesouro do homem é o tesouro dos seus erros, a larga experiência vital decantada por milênios, gota a gota.