Coleção pessoal de robertoauad

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Quare
tem gente que em seus por quês
por certo porque não tem
por que queres o que não tem
e não tendo por quê
não havendo um porque, não o queres para ninguém porquê.

O Face é uma rede social, e como tal, é a inteeração entre seus amigos é que faz sentido ficar por aqui. Já tinha retirado uns 500 do meu face e agora deixei de seguir uns 2000, que nunca interagiram comigo. Não haverá nenhum dano colateral, mesmo que, quem nunca interagiu, nem irá saber. faltam alguns, mas como toda regra tem exceção, deixei umas minas bacanas, que tiram umas fotos pra lá de Bagdá, pois ainda provo para o padre Joãozinho, que é lenda este negócio de crescer pêlos nas mãos, é lenda urbana. Apesar de...

Quem sabe um dia
ao por da tarde
vou poder te olhar e sentir teu perfume
adentrando por meus poros
que sempre estarão a espera de seu doce e suave aroma.

são tempos de perdas
coléricos, ingratos de duras perdas
vulgarmente chamados solitários.

Antes que acordes, alguns destes dissonantes, pois quem sabe me deixe olhá-la,
não apenas como um viajante exausto que pousou por seu porto
e quem sabe quem...
seriam estas as nossas exclamações do dia a dia.

Desde andrômeda, até a nebulosa de Orion e intergaláticas estações de tempo
um beijo é e sempre será um arfar de emoções quimicamente indescritíveis.

Plantei pimentas, mirtilos, ameixas e ipês
uma chuva deslumbrante caia sobre a cabeça, adocicando a terra
explodindo em mil aromas de terra vermelha.
plantei o amor de orquídeas, num Flamboyant e nas minúsculas amoras
perdoei-me, ajoelhando brevemente, num canto único ao pé da pitangueira.
ficou, ao final...
aquele gosto sublime de um batom carmim/piataya
que um dia a terra levou para suas doces entranhas.

mundo...
o eterno, indivisível e inexplorado mundo feminino.

Hoje ao ouvir aquela voz acetinada, sussurrando amor, por entre o meu meato acústico interno, me vi entre todas as dúvidas que este homem pensava nunca mais pudessem existir. Eu ali e meu cérebro colocando imediatamente meu occiptal, em guarda ele era a segurança da visão, mas com o tempo foi tomando outras funções, dado a perda de partes importantes, quando aquele projétil, atingiu o frontal. Mas a voz, e eu sabia que era minha, a minha mina de voz acetinada, que diluia por todos os meus poros, lentamente, gota a gota.

O que me acalma é que me arde em chamas.

Um poema inacabado
este é minha quimera mitológica
ou
a quimera que devaneia
e
quem sabe acabe no leito derradeiro.

Anuar, estava mais uma vez só. Olhou no horizonte e ainda estavam ali as escaldantes areias, pelas quais andava parecendo milênios. No céu, ainda claro, j[a luziam as estrelas por onde sempre se guiou e a lua, majestosamente bela, enigmática, e eterna companheira. Lembrou-se das palavras de Claraluz, declamada pelo homem do leste, que esparramava por aquela vida sofrida, a luz que nos guiava em busca de especiarias, ouro, prata e felicidade, Sobrevivíamos, indo do Irão ao Afegãn, dos indochinos a Damasco, restava-nos coragem solidão, sabedoria, repetindo exaustivamente o mantra: "Se me deres a fortuna, não me tires a felicidade; se me deres a força, não me tires a sensatez; se me for dado prosperar, não permita que eu perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade".
Um ano novo maravilhoso para todos os amigos.

é um tudo adormecido, um nada ancorado na lama calvinista
é estrada breve é lamento e cores difusas
é mundo e vela é vento e cansaço
é louco, são, mortífero olhar, enviesado entre balas e cogumelos e baratos.

Olhei no espelho e ví o horizonte de minhas rugas
sai para o Bar, a tarde era modorrenta
enchi o copo, tomei o primeiro gole, outro reflexo
os dentes estavam carcomidos, eram pura nicotina, álcool e drogas
os dedos cansados, fixavam firmemente o copo
vi cansado, uma moça e outra e outra
falou de seu crepúsculo e do ocaso
bebi mais um pouco enchi-lhe o copo
comê-la, devora-la
por alguma razão, aquilo me atordoou
voltei-me para a bebida, vi no líquido
o suor ardido da pélvis, exposta gratuitamente.

Terminar a noite sem um poema, é nem tê-la começado.
Se não achar o verso certo, a inspiração derradeira,
Será um amanhã, mais turvo, menos criativo, um dia como qualquer dia.

por aqui vou

para quebrar a monotonia monossilábica da américa subsariana
desfraldando os himalais serenos
da escuridão de bocas avermelhadas e revoltas solitárias.

meu amor
mesmo que os tempos sombrios
digam que não
que intermináveis dores desta pífia vida, gritem um não
é e será
por todo o parco tempo
de um corpo que se esvai
insano e deletério o meu amor insano.

Tem umas coisas que a gente não esquece nunca. Eu não fui um aluno muito afeito as obrigações diárias e caseiras oriundas de uma sala de aula. Sempre passava ali, na taba da berada. Não é que um dos meus vai pela mesma toada.
Perguntei a ele? - e ai! passou em tudo?
- e o guri me responde com toda sua fleuma.
- Passei não! mas fui muito melhor que no ano passado.
- como assim?
- Não! é que no ano passado fiquei em recuperação em 12 matérias e passei em tudo. Este ano vai ser muito mais fácil.
- já meio irritado perguntei!? e quantas matérias vc ficou? - 11! melhorei demais.
- Ah! seu @#$%¨&*.

algumas gotas
poucas...
desabavam alucinadas do céu
me restou apenas um gesto
olhar delicadamente para cima
e
me molhar todo
com a alegria de uma criança quase perdida.

só me restaram as dores da revolta
eu mudo...
exerço a loucura, que ainda posso expressar
é um último suspiro
derradeiro gesto de uma vida.